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Paixão Barbosa (blog Política, Gente & Poder):

Já se pode prever uma batalha jurídica pela frente neste caso das vagas de suplentes, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) está dividido em relação a quem tem o direito de reivindicar o mandato do deputado ou senador que se afasta por qualquer motivo, se à coligação ou ao partido. Quando tudo parecia indicar que o STF iria definir que os mandatos pertencem aos partidos e não a esta excrescência que é a coligação partidária, o ministro Ricardo Lewandowski mostrou que a coisa não é bem assim.

Ao julgar mandado de segurança de autoria de Wagner da Silva Guimarães, que concorreu a deputado federal pelo PMDB de Goiás, ele decidiu que vaga de suplência parlamentar pertence à coligação e não ao partido. Segundo Lewandowski, a coligação é formada para um fim específico (eleições), mas seus efeitos se projetam para o futuro. Ele apontou como exemplo que uma coligação pode entrar com ações na Justiça após o período eleitoral. O ministro também rebateu os argumentos de que a regra da fidelidade partidária tem que valer também no caso de suplência por vacância de parlamentar para ocupar outro cargo.

O problema é outros ministros do STF, como Carmen Lúcia, entendem que as vagas são do partido e já decidiram deste forma em outros mandados de segurança impetrados por suplentes. Atualmente, 14 mandados de segurança questionam vagas de suplência no Supremo, sendo que cinco decisões – uma do plenário e as outras individuais dos ministros – definiram que a vaga é do partido.

Na Bahia, vários suplentes assumiram mandatos com base no entendimento da Câmara federal de que a vaga é da coligação. Portanto, deverão acompanhar atentamente, e ansiosamente, a definição que, pelo visto, envolverá ainda muito debate.

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Da Folha

Pela primeira vez, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou nesta quinta-feira a posse de um suplente da coligação e não do partido em vaga aberta na Câmara dos Deputados. O ministro Ricardo Lewandowski negou pedido de liminar do suplente Wagner Guimarães (PMDB-GO) para assumir a vaga de Thiago Peixoto (PMDB-GO), que deixou a Casa para ser secretário de Educação de Goiás.

A decisão do ministro, no entanto, não surpreende. Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Lewandowski já se posicionou publicamente a favor da substituição do suplente da coligação e não do partido como outros colegas têm determinado em análise de casos semelhantes. Segundo o ministro, não se aplica a regra de que o mandato pertence aos partidos na substituição dos deputados.

Lewandowski justifica ainda que, pelo sistema eleitoral brasileiro, a formação de listas de eleitos e suplentes é feita a partir dos candidatos mais votados e apresentados por determinada coligação.

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Do G1:

A semana do carnaval esvaziou o Congresso, e, com isso, as sessões deliberativas do Senado e da Câmara serão retomadas somente na próxima terça (15).

Nestas quinta (10) e sexta (11), as atividades previstas nas duas casas são debates e trabalho de comissões.

Na Câmara, não havia, até esta segunda-feira (7), pauta definida para votações no plenário para a semana que se inicia no dia 14.

O Senado inicia na próxima terça (15) a discussão dos temas que vão integrar o futuro projeto de reforma política. No mesmo dia, na Câmara, os deputados empossam os vice-presidentes da comissão que vai analisar as propostas de reforma política. Os deputados definirão ainda o roteiro de trabalho da comissão especial.

O primeiro debate da comissão de reforma política do Senado, marcado para a próxima terça (15), será sobre a suplência de senadores.

Pelas regras atuais, cada senador é eleito com dois suplentes, muitas vezes parentes do candidato e sem qualquer militância política. Atualmente, 10 das 81 vagas do Senado são ocupadas por suplentes.

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Do site Congresso em Foco:

Quase metade dos suplentes que já assumiram mandato na Câmara dos Deputados correm o risco de perder o cargo na Justiça. Levantamento feito pelo Congresso em Foco, com base em informações da Casa, mostra que, por conta da ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para tomarem posse os substitutos dos partidos, e não das coligações, 22 dos 46 novos parlamentares podem ser obrigados a voltar à suplência.

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A discussão da posse já chega ao campo da composição política; PCdoB entrou em peso na parada
A discussão da posse já chega ao campo da composição política; PCdoB entrou em peso na parada

Os suplentes de vereador que buscam um lugar ao sol tiveram uma terça-feira pra lá de agitada. Uns, até mais que outros. Foi o caso de Ricardo Xavier (PMDB) e Dilma do INSS (PTN). Esses tiveram que apresentar requerimento na Justiça Eleitoral com pedido de diplomação e posse.

Quem entrou com pedidos diretos, na secretaria parlamentar da Câmara, foram Rosivaldo Pinheiro e Antônio Félix (Piçarra). Mas o que chama a atenção é o nível dos debates em torno da posse dos ‘filhos da PEC’. Rosivaldo até já virou uma espécie de embaixador do grupo e as discussões já visam à futura composição política da Câmara.

“A oposição não tem a maioria política em Itabuna. Esse é um argumento que os membros da Mesa que se opõem à nossa posse devem atentar. Sabemos que temos direito de entrar. Então, que seja pela via mais amigável e mais racional, do ponto de vista político”, afirma Rosivaldo Pinheiro (PCdoB).

Já Ricardo Xavier prefere apelar para o ponto que, acredita, precisa ser melhor esclarecido para a população. “O maior número de vereadores não aumenta as despesas, pelo contrário. A Emenda 58 garante que os repasses ao Legislativos serão menores. O que vai aumentar é a representatividade, ou seja, serão mais vereadores para lutar pelo povo”.

No final da tarde, Nadson Monteiro (PPS), Glaby Carvalho, o Glebão (PV), Josué Júnior (PR) e Aldeck Gally, o Del Gally (PTdoB), também procuraram a Câmara. Esses completariam o número de vereadores a que Itabuna teria direito (21), pelo entendimento dos interessados. Claro que a questão logo estará nas barras dos tribunais.

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Depois de muita pressão – até hoje tem suplente fazendo greve de fome – foi aprovada, agora à noite, pela Câmara, o substitutivo à Proposta de Emenda Constitucional 336/09 e à 379/09, ambas do Senado.

A PEC aumenta o número de vereadores no Brasil de 51.748 para 59.791, mas reduz os gastos das câmaras municipais. O placar foi folgado – 370 votos a 32 e 2 abstenções – o que coloca os suplentes a um passo do paraíso.

Falta apenas a aprovação em segundo turno para que seja promulgada pelo Congresso Nacional. Promulgada, a emenda entra em vigor ainda nesta legislatura. Assim, Itabuna, que hoje tem 13 vereadores, poderá ter até 21.

Há uma discussão na Câmara dos Deputados sobre a legalidade da medida entrar em vigor já em 2010. O temor é de questionamentos jurídicos.

Atualizada às 13h44min