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Bandidos atacaram até as bases das polícias|| Foto reprodução TV Santa Cruz

A cúpula da Secretaria da Segurança Pública (SSP) já identificou as digitais do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mega-ataque contra a sede regional da empresa de valores Prosegur em Eunápolis, na terça-feira (6). O envolvimento do PCC foi revelado por fontes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), unidade da Polícia Civil que concentra as investigações sobre o caso, informa a coluna  Satélite, do Correio deste domingo (12).

Além do modus operandi típico dos assaltos cinematográficos orquestrados pelo PCC, uma série de indícios liga a facção paulista à ação que aterrorizou a cidade do extremo-sul baiano. Em especial, o tipo de munição utilizado pelos bandidos.

BALA DE PRATA

Logo após o ataque, investigadores recolheram várias cápsulas de Lapua .338 Magnum, calibre fabricado para fuzis de precisão. Feita artesanalmente e vendida por cerca de R$ 100 cada, a munição é a preferida dos atiradores de elite do PCC. O uso de carros blindados e de carga de explosivos em pranchas de madeira, outra marca da facção, também reforçaram as suspeitas.

Embora os detalhes sobre a autoria do ataque à Prosegur sejam mantidos em sigilo pela SSP,  fontes da Draco garantem que a ação  foi ordenada por chefões do PCC e organizada por criminosos que integram o núcleo central da facção em São Paulo, sem qualquer elo com as quadrilhas do chamado Novo Cangaço.

Para investigadores da Polícia Civil com experiência em roubos a banco e a empresas de transportes de valores, é a primeira vez que o PCC comanda diretamente um assalto de grande magnitude na Bahia.  O ataque na madrugada do dia 6 deixou um vigilante morto e outros seis funcionários da empresa feridos. Ninguém foi preso até o momento. Do Correio.