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Do Comunique-se

Com reportagem intitulada “A estranha sobrevivência da tinta”, a respeitada The Economist destaca que os jornais impressos sobreviveram às previsões catastróficas que o cenário em 2009 traçava para o mercado. De acordo com a revista, a recuperação dos títulos americanos, lucros recordes na Alemanha e o crescimento da circulação no Brasil demonstram a força do modelo de negócio.

“O impresso vai viver mais que as pessoas imaginam”, afirmou o diretor-executivo do grupo alemão Axel Springer, Mathias Döpfner.

Em 2009, muitos analistas previam que o impresso seria extinto em breve. Gigantes do setor norte americano, como os grupos The New York Times e Tribune Co., enfrentaram dificuldades financeiras. As receitas publicitárias despencaram; a circulação caiu. Como resultado, cortes nas redações e aumento dos preços de capa. Porém, poucas publicações fecharam.

Fora dos EUA, o cenário é diferente. Na Alemanha, o grupo Axel Springer possui margem de lucro de 27%. No Brasil, destaca a revista, nos últimos dez anos a circulação cresceu em um milhão de exemplares, atingindo 8,2 milhões. Principalmente os tablóides populares, que possui atualmente cinco títulos entre os dez mais vendidos.

“A crescente classe média do Brasil gosta dos jornais baratos, que exploram os assassinatos e os biquínis”, diz a revista.

Apesar dos sinais de melhora no mercado, “a sobrevivência dos jornais não é garantida”. “Eles ainda enfrentam grandes obstáculos estruturais: continua incerto, por exemplo, se os jovens irão pagar pelas notícias”.