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Jovem na varanda do prédio e Thiago conversam (Reprodução Ibahia).
Jovem na varanda do prédio e Thiago conversam (Reprodução Ibahia).
Thiago evitou tragédia (Arquivo Pessoal).
Thiago evitou tragédia.

A história dá um verdadeiro enredo de filme, com direito a mocinha, herói e final feliz. Na tarde do último sábado (3), uma garota de 19 anos ameaçava se jogar da varanda do sexto andar de um apartamento do Residencial Acqua Marina, na Barra. Próximo do local, o advogado Thiago Phileto Pugliese, de 33 anos, seguia com um casal de amigos de carro ao Yatch Clube da Bahia, quando o motorista do veículo errou o caminho e enfrentou um engarrafamento na Rua Bernardo Aguiar.

A continuação das histórias une a mocinha do herói em uma situação de muita adrenalina, risco e emoção. “Estava engarrafado, eu até reclamei que ele tinha entrado na rua errada. Quando chegamos perto tinha muitas viaturas. Pedi para parar o carro e já soltei. Mas aí o que me deu um grande sentimento de revolta foi ouvir uma mulher gritar ‘se joga logo’”, conta Thiago Phileto. Chocado com a cena, o advogado decidiu subir imediatamente para tentar salvar a jovem que é estudante de medicina.

Após pedir autorização do porteiro, Thiago conta que dois guardas municipais apareceram para ajudar no resgate. Eles pretendiam arrombar a porta, mas o advogado preferiu entrar pela casa da vizinha para não assustar a jovem. “Fui até a janela, arranquei a rede de proteção e comecei a conversar com ela. Aí ela me perguntou: quem é você? E eu disse a ela: eu sou um anjo da guarda que Deus mandou para conversar com você, e ele pediu que você não fizesse isso. Pegue na minha mão, sinta minha energia. Vamos conversar nós dois”, lembrou o advogado, sobre a conversa que durou cerca de 10 minutos.

A história ainda se tornou mais dramática quando a estudante decidiu sair da varanda e entrar no apartamento. A cena de ação deixou todos que passavam pela rua angustiados olhando para o prédio. Após entrar no apartamento, Thiago abraçou a jovem para que ela não conseguisse se jogar e ela então desmaiou.

Após a adrenalina, o advogado conta a emoção do momento: “Carreguei ela no colo e conversamos um pouco. Quando saí eu aí desmoronei. Chorei muito, fiquei todo trêmulo, em estado de choque na realidade com tudo que tinha acontecido. Aí depois chegaram os familiares e me agradeceram muito”.

Do Ibahia