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Loiola, Roberto e Bacelar serão ouvidos pelo Ministério Público (Montagem Pimenta).

A promotora pública Thiara Rusciolelli começa a ouvir nesta sexta-feira, 14, os envolvidos no “Loiolagate”. O primeiro a depor na sede do Ministério Público estadual em Itabuna é o ex-segundo secretário da Mesa da Câmara de Vereadores, Ricardo Bacelar (PSB), às 14h.

A reportagem do PIMENTA entrou em contato com o vereador, mas Bacelar disse ter sido orientado a não falar. A orientação partiu do advogado contratado para defendê-lo. No dia 16 de dezembro, a promotora Thiara Rusciolelli pediu o afastamento preventivo do vereador Ricardo Bacelar e dos colegas de legislatura Roberto de Souza (PR) e Clovis Loiola (PPS).

Contra Loiola pesam acusações de desvios de recursos e fraude em licitações. Souza e Bacelar são acusados, no mínimo, de omissão diante das delitos que podem ter sangrado os cofres públicos em mais de R$ 1 milhão.

O escândalo de corrupção no legislativo itabunense ficou conhecido como Loiolagate. A promotoria pública aguarda para a próxima semana a decisão da Justiça sobre o pedido de afastamento dos três vereadores e de indisponibilidade dos bens do trio, de empresas envolvidas no caso de corrupção e de três ex-assessores da Casa.

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Os vereadores Roberto de Souza (PR), Ricardo Bacelar (PSB) e Clovis Loiola (PPS) mostraram-se surpresos com o pedido de liminar do Ministério Público estadual contra os três membros da Mesa Diretora da Câmara.
O presidente da Câmara, Clovis Loiola (PPS), disse desconhecer o pedido formulado pelo MP, mas que recebeu hoje à tarde uma notificação da promotoria informando-o da ação cautelar.
“Eu acredito que esse é o primeiro passo para o depoimento. Nós ainda vamos ter conhecimento da ação”, afirmou. Questionado sobre o pedido da promotoria, Loiola acredita que se deva ao fato de ocupar a “linha de frente” da Mesa Diretora.
O presidente da Casa é apontado como principal beneficiário do esquema que desviou – ele confessa – até R$ 5 milhões dos cofres municipais. Quando o presidente fez a denúncia pela primeira vez, o rombo anunciado era de R$ 1 milhão.
O primeiro secretário da Câmara, Roberto de Souza, afirmou que não tem nada a temer, mas achou precipitado o pedido de indisponibilidade dos bens e afastamento. “Mas confio no Ministério Público e na Justiça”, disse, ressaltando que nada ainda havia sido investigado.
Roberto ressalva que, apesar de ter sido apontado como omisso, tem apenas responsabilidade administrativo-funcional. “Não é o primeiro secretário quem delibera sobre a área financeira”. Ele rechaça a acusação de que as empresas contratadas sejam fantasmas. “A licitação pode ter sido irregular, mas as empresas existem”.
Ricardo Bacelar, segundo secretário da Mesa, rebate acusação de participação nos esquemas de desvios. “Quero acreditar que [o pedido] seja pelo fato de ser membro da Mesa Diretora”. E considera o pedido obscuro em um ponto: “ele não deixa claro se o afastamento do agente político, no caso do vereador, é da Mesa ou do mandato”.
Bacelar considerou “estranho” o fato de ter sido notificado para ser ouvido em 14 de janeiro e, antes disso, já sofrer um pedido de afastamento e indisponibilidade dos bens. “Não existe nada investigado pelo MP”.
O parlamentar acrescenta que a promotoria fala numa queixa prestada à polícia e na denúncia de subtração de documentos. “Fui eu quem dei a queixa. Como eu iria à polícia para prestar queixa contra a minha pessoa?”. O vereador prometeu abrir sigilo bancário, caso necessite, para facilitar a investigação da promotoria.
O PIMENTA tentou falar com a promotora pública por quatro vezes desde o início da tarde, mas a informação é de que ela estava em atividade de rua e o contato por celular não seria possível. Quanto à dúvida de Bacelar, o pedido da promotora é pelo “afastamento dos agentes públicos”.

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Vereadores e secretária parlamentar entregam relatório à promotora Thiara Rusciolelli.

Com atraso de praticamente um mês, o relatório que apurou esquema milionário de corrupção na Câmara de Itabuna finalmente foi entregue ao Ministério Público estadual, nesta sexta-feira (10). A promotora pública Thiara Rusciolelli será a responsável pelas investigações e recebeu o relatório das mãos dos vereadores Clóvis Loiola (PPS) e Claudevane Leite (PT). Claudevane foi o relator da CEI que recomenda a cassação de Loiola.
O documento revela como foram desviados mais de R$ 1 milhão por meio de quatro empresas fantasmas nas áreas de segurança, conservação e portaria, além da área de publicidade. O documento também investigou fraude na obtenção de empréstimos consignados na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. A Caixa já solicitou à Polícia Federal que investigue a adulteração de contracheques que permitiu “rombo” de R$ 1,5 milhão.
O relatório foi aprovado pela Câmara, por unanimidade, no dia 16 de novembro, e agora é entregue após cobranças da comunidade e de veículos de comunicação. Além de recomendar a cassação de Loiola, que preside o legislativo itabunense, o documento também condena a postura omissa do primeiro-secretário, Roberto de Souza (PR), que deveria fiscalizar os atos do gestor. Thiara Rusciolelli prometeu rapidez nas investigações do MP.