Droga e demais objetos apreendidos com suspeitos em Itacaré
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A Polícia Militar prendeu dois suspeitos de tráfico de drogas, na Rua Antônio Carlos Magalhães, no bairro da Passagem, em Itacaré. Na casa onde eles foram detidos, os policiais apreenderam 28 pés de Cannabis sativa e 644 gramas de maconha pronta para consumo, além de meio quilo de crack.

Também foram apreendidos, na ação desta segunda-feira (18), um caderno que, segundo a PM, contém anotações do comércio ilegal de entorpecentes; três celulares, máquina de cartão de crédito; balança de precisão, rolo de plástico filme, motocicleta Honda Pop e R$ 110,00.

A guarnição da 72ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) apresentou a dupla e o material apreendido à Delegacia de Polícia da cidade sul-baiana.

Irmãos e amigo foram assassinados em fevereiro em Ilhéus
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A Polícia Militar prendeu, nesta quarta-feira (6), no interior de um ônibus interestadual, em Itabuna, um dos suspeitos de participação nas execuções dos irmãos Joelson Divino Moreira Júnior e João Victor Santos Moreira, e de um amigo deles, Mateus Ferreira dos Santos, em fevereiro deste ano, em Ilhéus. João Victor tinha 10 anos e o irmão, 19.

Os irmãos foram executados na madrugada do dia 20 do mês passado. De acordo com a polícia, os criminosos invadiram a casa da família das duas vítimas, no bairro Iguape. No imóvel também estavam os pais da criança e do jovem, que tiveram que assistir os filhos serem mortos. Os criminosos fugiram em um Renault Logan branco, com chassi adulterado.

A terceira vítima, Mateus Ferreira dos Santos, de 23 anos, foi morto a tiros, e corpo localizado horas depois dos assassinatos de Joelson Divino e João Victor. O corpo do jovem foi encontrado no cemitério do distrito de Aritaguá. Mateus Ferreira, segundo a polícia, foi sequestrado na rua e obrigado a indicar o local onde os amigos moravam. Depois de testemunhar o duplo assassinato, foi levado para ser morto em outro lugar.

As investigações indicam ainda que João Victor morreu porque teria tentado proteger o irmão mais velho. A polícia investiga a motivação para as execuções dos amigos Joelson Divino e Mateus. O acusado preso nesta quarta-feira deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (7).

Viatura da PF leva mulher presa em flagrante
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A Polícia Federal apreendeu 47,5 quilos de cocaína, nesta quinta-feira (22), em operação no navio de cruzeiro Costa Diadema, no Porto de Ilhéus. Uma passageira foi presa em flagrante por tráfico de drogas.

Parte da droga, 4,5 quilos, estava em embalagens presas ao corpo da mulher. Outros 42 quilos foram encontrados em uma mala, dentro da cabine da passageira. Um homem suspeito de envolvimento no crime foi identificado, mas não havia sido preso até o final da noite de ontem. A Polícia Federal aguarda decisão da Justiça para prendê-lo.

O navio iniciou a viagem em Santos (SP) e passou por Salvador, antes de atracar em Ilhéus. A Polícia Federal suspeita que a traficante tenha embarcado a droga aos poucos, a cada parada.

O cruzeiro seguiu para o Rio de Janeiro e encerrará a viagem no Porto de Santos. O alto teor de pureza da cocaína levou a Polícia a suspeitar que seu destino seria o mercado internacional. A carga pode valer mais de R$ 4 milhões no mundo do crime.

Assista, no vídeo abaixo, ao momento em que a mulher, que não teve o nome divulgado, é conduzida para a viatura da Polícia Federal e levada à Superintendência da corporação em Ilhéus.

Três revólveres apreendidos pela PM de Itabuna na mesma tarde || Fotos 15º BPM
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O 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) chegou à marca de 144kg de drogas apreendidas em 2024. Também apreendeu, de 1º de janeiro até hoje (6), 10 armas de fogo. E, nos últimos dias, intensificou as ações de combate ao crime organizado, por meio da Operação Garra de Arquimedes, com a prisão de dois suspeitos.

Equipes do BPM tiraram três armas de circulação em operações diferentes, quase no mesmo horário, na tarde desta segunda-feira (5). Na primeira apreensão, policiais foram ao Jorge Amado para verificar denúncia de que um homem estava circulando armado no bairro. Segundo a PM, quando viu a viatura, o suspeito tentou fugir, mas foi detido. Ele portava um revólver, cinco munições e cocaína fracionada em 10 pinos.

Guarnições também se deslocaram ao Daniel Gomes, na tarde desta segunda, e cercaram traficantes em uma área de matagal do bairro. Os criminosos fugiram, mas deixaram para trás dois revólveres, munição, balança, dois quilos de maconha, uma faca e um coldre.

APREENSÃO DE PESO

A Operação Garra de Arquimedes também deu prejuízo significativo ao tráfico, na sexta-feira (2), com a apreensão de 26 quilos de cocaína, no bairro Parque Boa Vista. A droga estava com um homem, que usava uma bolsa de mão para transportá-la. Os policiais o abordaram e fizeram a prisão em flagrante. Ele também estava com 60 frascos de sal amargo, quatro balanças e embalagens para a droga.

André Jatobá foi preso com armas, explosivos e drogas, segundo a polícia || Fotomontagem PIMENTA
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O juiz Murilo Luiz Staut Barreto, da Primeira Vara Criminal da Comarca de Itabuna, concedeu liberdade ao vice-prefeito de Itapé, André Jatobá, preso no dia 12 deste mês, no bairro Jardim Vitória. Ele foi flagrado com drogas, armas de fogo e explosivos, segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). O magistrado determinou o pagamento de fiança no valor de R$ 15 mil para a soltura do político.

Murilo Staut Barreto também estabeleceu outras condicionantes para conceder liberdade a André Jatobá. O vice-prefeito de Itapé não pode ausentar-se por um período superior a oito dias sem avisar à justiça; deve manter o endereço e o telefone atualizados, além de manter-se distante da ex-companheira. A mulher acusa o político de agressão.

As acusações de agressão contra a mulher, inclusive, motivaram o cumprimento do mandado de prisão. Durante a ordem judicial, a Polícia Civil teria encontrado armas, munições, explosivos e drogas com o vice-prefeito de Itapé, o que agravou a sua situação.

De acordo com a polícia, em um imóvel de André Jatobá, os policiais apreenderam três pistolas, duas réplicas de arma de fogo, três bananas de dinamite, 20 cartuchos deflagrados, 769 munições, oito carregadores, um porta carregador, dois coldres e explosivo artesanal. Também localizaram haxixe, maconha, ecstasy e MDMA.

Vice-prefeito de Itapé é preso em Itabuna || Foto Redes Sociais
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A Polícia Civil cumprir, na sexta-feira (12), mandados de busca e apreensão, referentes a crimes no âmbito da Lei Maria da Penha, em dois endereços do vice-prefeito de Itapé, André Jatobá (UB), no município de Itabuna. O político foi detido sob suspeita de porte ilegal de armas de fogo e tráfico de drogas. O PIMENTA não localizou a defesa de Jatobá. O espaço está aberto para versão dele sobre as acusações.

Durante o cumprimento das medidas judiciais, os policiais encontraram armas de fogo, munições e explosivos, além de entorpecentes, segundo informações da polícia.Foram apreendidas três pistolas, duas réplicas de arma de fogo, oito carregadores, 769 munições, 20 cartuchos deflagrados, três bananas de dinamites, um explosivo artesanal, carregadores, um porta carregador e dois coldres.

Segundo a polícia, também foram apreendidos 161 comprimidos de ecstasy, 30 porções de MDMA, uma pedra e um saco com uma porção da mesma droga sintética, dois vasilhames com resíduo de ecstasy, uma pedra de haxixe, um papelote de cocaína, três cigarros e cinco vasilhames contendo maconha, uma porção de skank, três recipientes com anabolizantes e 14 frascos vazios de lança perfume, além de celulares, notebooks, tablet, DVRs, pendrives, HD externo, CD e cartões de memória.

O material foi encaminhado para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O suspeito André Jatobá passou por exames de lesões corporais e seguirá presos à disposição do Poder Judiciário. Ele foi detido na “Operação Revenge”. A ação policial contou participação das equipes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brotas (Deam/Jequié), com apoio da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié) e da 6ª Coorpin/Itabuna. Com informações da OZI TV.

Daniel voltou para o Conjunto Penal de Itabuna
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A Polícia Militar cumpriu, nesta quinta-feira (11), mandado de prisão contra Daniel Palma Santos, apontado como líder de uma facção criminosa do sul da Bahia. Equipe do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) chegou ao alvo após denúncia anônima. Daniel Cinzento, como é conhecido, foi preso no bairro Urbis IV, em Itabuna.

De acordo com a PM, ele é acusado de tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e outros crimes. Já havia sido preso em 2017 e 2019, quando conseguiu fugir do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, onde estava custodiado. Agora, Daniel voltou para o Conjunto Penal de Itabuna.

Estrangeiro foi localizado na Praia da Concha
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Policiais civis e federais prenderam um francês acusado de tráfico de drogas, nesta terça-feira (9), na Praia da Concha, em Itacaré. Ele foi identificado pelas iniciais C.G.F. A prisão cumpriu ordem do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, a pedido do escritório da Interpol no Brasil.

O homem, foragido da justiça francesa, foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal em Ilhéus, onde será submetido a uma audiência de custódia. Supostamente envolvido com um grande esquema de tráfico de entorpecentes ilícitos, ele poderá ser extraditado para o país de origem.

Polícia Rodoviária Federal apreende carga de cocaína na Bahia || Foto Divulgação
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Um criminoso foi preso em flagrante, na manhã deste domingo (19), transportando 247 quilos de cocaína. A prisão do traficante ocorreu depois de uma perseguição iniciada por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na altura do quilômetro 194 da BR 101, em trecho de Conceição da Feira, na região de Feira de Santana.

Os policiais rodoviários federais flagraram o traficante durante patrulhamento de rotina na BR-101. A suspeita surgiu porque, ao ser avistado, o motorista do carro, uma GM/SPIN, fez uma manobra brusca para iniciar a fuga. Foram feitas várias tentativas de parada, com o uso dos dispositivos sonoros e de iluminação de emergência (giroflex), porém a ordem foi desrespeitada pelo condutor, razão pela qual os agentes iniciaram um acompanhamento tático e logo em seguida o veículo foi interceptado.

Ao descer do veículo, o condutor avisou que dentro do carro havia droga. Foi feita uma vistoria no interior do veículo e foram encontradas caixas de papelão contendo dezenas de tabletes de cocaína, que totalizaram 247 quilos. De acordo com a PRF, a carga de droga renderia cerca de R$ 45 milhões ao tráfico.

Preso em flagrante, o motorista foi encaminhado, junto com o veículo e a droga, para a Delegacia da Polícia Civil de Feira de Santana. Ele pode ser condenado até 15 anos de prisão. Essa foi uma das maiores apreensões de droga em rodovias que cortam a Bahia neste ano.

Diego Cabeludo foi executado no interior capixaba
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O líder de uma facção criminosa que atua em Itabuna e outras cidades do sul da Bahia foi executado, neste domingo (15), em Ibiraçu, pequena cidade do Espírito Santo. Diego Silva Souza, o Cabeludo, foi morto a tiros, por quatro homens, na casa onde morava. No imóvel, a Polícia Militar  apreendeu pedaços de maconha, munições de arma de fogo, um celular e uma balança de precisão.

Esse não foi o primeiro atentado contra Diego Cabeludo. Em 2018, ele foi alvo de uma tentativa de homicídio no bairro Daniel Gomes, em Itabuna, onde foi atingido por um tiro na perna. No mesmo ano, chegou a ser preso de forma preventiva, mas deixou a cadeia logo depois.

Na cidade sul-baiana, Diego comandou o tráfico de drogas no Fátima, Califórnia, João Soares e Parque Verde. Ainda envolvido com o crime no Espírito Santo, a suspeita é de que ele tenha sido vítima de acerto de contas entre grupos rivais.

HOMICÍDIO EM ILHÉUS

O final de semana também foi violento em Ilhéus. No Acuípe de Baixo, zona rural do município, um jovem identificado apenas como Adriano foi morto a tiros, por um homem, em plena luz do dia, na praça do povoado. O motivo do crime, cometido no sábado (14), teria sido uma dívida da vítima com traficantes da comunidade. Com informações do Verdinho.

Ministro Alexandre de Moraes vota a favor da descriminalização do porte de maconha || Foto Agência Brasil
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O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (2), o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio. A Corte aprecia o Recurso Extraordinário 635659, com repercussão geral. Último dos quatro ministros que já votaram, Alexandre de Moraes propôs a fixação de critério nacional, exclusivamente em relação à maconha, para diferenciar usuários de traficantes.

Segundo o ministro, o artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) deixou de punir com prisão o porte de drogas “para consumo próprio”, mas não definiu critérios objetivos para diferenciar consumo próprio de tráfico. Essa definição fica a cargo do sistema de persecução penal (Polícia, Ministério Público e Judiciário), que interpreta a norma de formas diversas.

O porte de pequena quantidade de entorpecentes passou, em muitos casos, a ser qualificado como tráfico, tornando a punição mais dura e aumentando significativamente o número de presos por esse crime. Além disso, pessoas presas com a mesma quantidade de droga e em circunstâncias semelhantes podem ser consideradas usuárias ou traficantes, dependendo da etnia, de nível de instrução, renda, idade ou de onde ocorrer o fato.

Para o ministro, essa distorção decorre do excesso de discricionariedade para diferenciar usuários de traficantes. Em respeito ao princípio da isonomia, ele sustentou a necessidade de que os flagrantes de drogas sejam tratados de forma idêntica em todo o país. “O STF tem o dever de exigir que a lei seja aplicada identicamente a todos, independentemente de etnia, classe social, renda ou idade”, afirmou.

PARÂMETROS OBJETIVOS

Ele propôs que sejam presumidas como usuárias as pessoas flagradas com 25g a 60g de maconha ou que tenham seis plantas fêmeas. O ministro chegou a esses números a partir de levantamento sobre o volume médio de apreensão de drogas no Estado de São Paulo, entre 2006 e 2017. O próprio Alexandre de Moraes conduziu o estudo em conjunto com a Associação Brasileira de Jurimetria. A pesquisa abrangeu mais de 1,2 milhão de ocorrências com drogas.

De acordo com o ministro, a autoridade policial não ficaria impedida de efetivar a prisão em flagrante por tráfico quando a quantidade de maconha for inferior ao limite. Entretanto, é necessário comprovar a presença de outros critérios caracterizadores do tráfico, como a forma de acondicionamento da droga, a diversidade de entorpecentes e a apreensão de instrumentos e celulares com contatos, por exemplo. Da mesma forma, nas prisões em flagrante por quantidades superiores, o juiz, na audiência de custódia, deverá dar ao preso a possibilidade de comprovar que é usuário.

NOVO ADIAMENTO

Após o voto, o relator do recurso, ministro Gilmar Mendes, pediu o adiamento do julgamento para construir uma solução consensual, diante dos novos argumentos e da mudança das circunstâncias desde 2015, quando apresentou seu voto, como a implementação das audiências de custódia. Inicialmente ele votou para descriminalizar todas as drogas para uso próprio.

Nos outros dois votos apresentados anteriormente, o ministro Luís Roberto Barroso propôs a descriminalização, exclusivamente em relação à maconha, do porte de até 25 gramas ou a plantação de até seis plantas fêmeas para diferenciar consumo de tráfico, até que o Congresso edite lei sobre o tema. Já o ministro Edson Fachin considera a regra inconstitucional exclusivamente em relação à maconha, mas entende que os parâmetros para diferenciar traficantes de usuários devem ser fixados pelo Congresso Nacional.

Homem foi detido com drogas, munições e balança || Foto 15º BPM
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Um homem foi preso no bairro Parque São João, em Itabuna, por suspeita de tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Militar, uma denúncia levou equipes do 15º BPM até o suspeito, que foi localizado na Rua L, nesta quinta-feira (1º).

No momento da abordagem, o homem estava em uma motocicleta cuja placa havia sido informada na denúncia. Na revista, segundo a PM, policiais do Ceto encontraram uma sacola com um tablete e pedaços de maconha, além de munições. Também foram apreendidos R$ 15,00, embalagens, balança de precisão e papel com anotações. O suspeito foi apresentado à Polícia Civil.

Operação prendeu quatro membros da Polícia Civil baiana em 2021 || Foto PC-BA
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Delegado da Polícia Civil da Bahia, Marcus Alessandro de Araújo foi condenado a 28 anos e quatro meses de prisão após ser acusado de integrar organização criminosa em Seabra e tornar-se principal investigado da Operação Casmurro, deflagrada pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) em 2021 (relembre aqui). O Tribunal também condenou 3 investigadores e o empresário Cristiano Maciel Rocha, que deverá cumprir pena de 23 anos e dois meses de prisão.

Contra o delegado e os investigadores da Polícia Civil Edivan Ferreira do Rosário, Alcione de Oliveira Marques e Roberval Ferreira Leite pesam os crimes de tráfico de drogas, obstrução da Justiça, associação ao tráfico, concussão e peculato. A sentença contra o delegado foi estabelecida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), nesta segunda-feira (10), informa a SSP-BA.

No documento, expedido pelo Juízo de Direito da Vara Crime, Júri, Execuções Penais, Infância e Juventude da Comarca de Seabra, investigadores da 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Seabra, apontados como comparsas do delegado, também foram condenados a 11 e 14 anos, após as investigações apontarem as suas participações.

Com a decisão judicial, os servidores – exceto um dos investigadores da PC que foi penalizado com 11 anos de prisão – deverão cumprir, inicialmente, a pena em regime fechado.

ENTENDA O CASO

A suspeita de envolvimento do delegado e dos investigadores com os casos, reforça a SSP-BA, foi levantada no ano de 2020, após investigações apontarem o nome dos envolvidos em um esquema de propina com o empresário durante a descoberta de um plantio de maconha no Povoado de Baixio da Aguada, zona rural de Seabra.

Segundo revelou o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a propina chegou a R$ 220 mil e a droga apreendida não foi totalmente incinerada. Parte das três toneladas de maconha foi transportada em viaturas da polícia para propriedade do empresário.

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Política de repressão a drogas atinge mais jovens negros, segundo pesquisadora || Foto Agência Brasil
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Daniel Mello || Agência Brasil

Mulheres presas acusadas de tráfico de drogas são na maioria negras e com poucas oportunidades de estudar, diz a pesquisadora Dina Alves que analisa as condições de mulheres encarceradas.

“A política de drogas é instrumento de extermínio da juventude negra. Porque são jovens e são negras. São mulheres que nem sequer tiveram a oportunidade de acessar a universidade”, enfatiza.

Para a pesquisadora, a forma como está estabelecido o combate aos mercados ilícitos de drogas é uma maneira de perseguir populações sem oportunidades. “Se as mulheres negras que estão encarceradas compõem o mesmo perfil de mulheres negras fora do sistema prisional que estão desempregadas, que são mães com mais de um, dois ou três filhos, que exercem função muitas vezes de subemprego – de empregada doméstica, de babá, de faxineira ou de vendedoras ambulantes – elas já estão em um lugar de vulnerabilidade”, aponta.

PERSEGUIÇÃO A NEGRAS E PERIFÉRICAS

Essas mulheres são atingidas ainda, segundo Dina, pela forma como as ações que têm como pretexto o enfrentamento ao tráfico de drogas são direcionadas a determinadas comunidades.

“As mulheres que são acusadas de tráfico com penas muito severas sobre os seus corpos, não exerciam nenhuma função de gerência no microtráfico de drogas. Muitas estavam no varejo ou exerciam um lugar de aproximação ao que se chama de tráfico. Porque elas já moram em comunidades criminalizadas como lugar de produção do tráfico”, acrescenta.

Como marco nesse processo, a pesquisadora destaca a promulgação da lei de drogas de 2006, que estabeleceu penas mais duras às pessoas acusadas de tráfico. Essa mudança, na visão de Dina, faz parte de um recrudescimento da repressão a nível global que aconteceu a partir da década de 1990.

“Desde que a lei foi promulgada, a gente vê um alarmante crescimento de mulheres encarceradas sob a justificativa que são perigosas traficantes de drogas”, diz. “De 2000 a 2016, se a gente for fazer esse recorte, foi um crescimento de 525% – encarceramento de mulheres.”, acrescenta.

O fato dessas prisões atingirem, na grande maioria, pessoas negras, é, na avaliação da pesquisadora, um reflexo do racismo que descende do regime escravocrata brasileiro, que vigorou legalmente até 1888. “Se existe uma perseguição histórica contra negros e indígenas no Brasil, a gente tem que enxergar e compreender o sistema de justiça criminal como um dos braços mais expressivos do Estado de extermínio dessa população.”

SEM CONDENAÇÃO E SEM ESTUDO

Dados do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Sisdepen) apontam que, em junho de 2022, estavam nas prisões brasileiras 45,5 mil mulheres. Dessas, pelo menos 29%, cerca de 13,2 mil, não tinham condenação.

As informações relativas ao perfil racial e a escolaridade só abrangem 33,3 mil das encarceradas. Nessa amostragem, o número de analfabetas, que totalizam 675, supera daquelas que tem curso superior (661). Há ainda 1,5 mil que são alfabetizadas, mas não frequentaram o ensino regular e 13,8 mil que não concluíram o ensino fundamental.

Dina alerta que é preciso ter cuidado ao fazer análises a partir das informações fornecidos pelo Poder Público, que tem sido, segundo ela, um dos principais violadores de direitos dessas populações. “A gente não pode confiar nos dados que o Estado produz sobre as suas próprias violações”, afirma.

Por isso, em seus trabalhos, ela tem optado por ouvir diretamente as pessoas afetadas. “Existem outros dados que devem também ser considerados que são as narrativas que se produzem dentro do sistema prisional, a narrativa das mulheres”, ressalta. Essas escutas embasaram o espetáculo de Dança Rés, montado pela Corpórea Companhia de Corpos em 2017.

INDULTO E DESENCARCERAMENTO

A socióloga e cofundadora da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Nathália Oliveira, defende que seja feita uma inflexão na forma como o Estado brasileiro lida com a questão das drogas.

“A gente pode ter neste ano um bom indulto de mulheres. Muitas dessas mulheres são presas por baixas quantidades, são vítimas do tráfico de drogas, não necessariamente apenas agentes de violência, como é colocado pela mídia”, diz ao defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promova uma anistia a mulheres presas por acusações de tráfico a partir do indulto presidencial. É costume que na época de Natal o presidente conceda perdão a grupos de pessoas condenadas.

Esse gesto poderia, na opinião de Nathália, ser um indicativo de mudança na atual política de drogas. “Nós precisamos desenvolver uma relação pacífica com a indústria que envolve a produção, circulação e consumo de substâncias em geral. Uma relação racional do ponto de vista da nossa sociedade. Isso é fundamental. Não faz sentido a gente ficar investindo o nosso orçamento público em uma agenda de morte em vez de investir em uma agenda de garantia de direitos”, ressalta.

A secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Martha Machado, diz que o Ministério da Justiça não deve atuar pela mudança na atual legislação sobre o tema. “Essas decisões devem ser resolvidas ou pelo STF [Supremo Tribunal Federal] ou pelo legislativo”, diz. O ministério promoveu em março um seminário sobre os impactos da política de drogas na população feminina e lançou um edital, com inscrições até 21 de abril, para apoiar grupos que trabalham com essas pessoas.

Segundo Marta, a secretaria tem feito ações para reduzir o número de mulheres presas acusadas de tráfico. “A gente já tem uma lei que não penaliza o usuário. A gente entende que tem muito o que fazer para evitar os vieses de aplicação dessa lei. Trabalhar junto às audiências de custódia. Existe uma experiência exitosa no CNJ [Conselho Nacional de Justiça] de fomentar as audiências de custódia, de melhorar a qualidade, de trabalhar na porta de entrada do sistema de justiça criminal, auxiliando o juiz”, diz.

As audiências de custódia são o momento em que as pessoas presas em flagrante são ouvidas por um juiz para averiguar a legalidade ou necessidade daquela pessoa ser mantida privada de liberdade. Nessa ocasião, o magistrado pode optar por liberar o acusado ou determinar medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, em substituição à prisão.

“Então, a gente tem como modelo de ter uma rede psicossocial de profissionais – psicólogos, assistentes sociais, pessoas ligadas ao sistema de saúde que, por exemplo, atendem essa pessoa antes do encaminhamento ao juiz e conseguem fazer um laudo que ajude o juiz. O laudo pode mostrar mais claramente se a pessoa é usuária ou traficante. Nessa separação a gente acha que isso é muito importante”, acrescenta a secretaria.

Dina Alves defende a adoção de uma agenda ampla de desencarceramento e de reconhecimento dos erros cometidos pela política instituída até aqui. “Um dos primeiros passos é reconhecer essa memória escravocrata, que é póstuma na memória e na existência das instituições. Reconhecer a formação política, com perspectiva racial para a sociedade. Mas, principalmente, eu acho que o cárcere precisa ser aberto na sociedade. A gente precisa falar sobre a desmilitarização da polícia como agenda urgente. E também políticas de desencareramento. Que as políticas de desencarceramento sejam efetivas.”

Policiais apreenderam mais de 2,8 kg de maconha em uma das casas revistadas || Foto PC
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Equipes da Polícia Civil cumpriram, nesta quinta-feira (26), sete mandados de busca e apreensão em imóveis nos bairros Lomanto e Novo Lomanto, em Itabuna, no âmbito de investigação de tráfico de drogas. As medidas foram autorizadas pela 1ª Vara Crime da Comarca de Itabuna.

Os policiais encontraram mais de 2,8 kg de maconha, inclusive em pequenos pedaços embalados para venda, em um dos imóveis revistados. Não tinha ninguém na casa, mas, segundo a Polícia, a pessoa que tem o domínio do imóvel será interrogada.

Durante a operação, uma pessoa foi detida por estar numa casa onde os investigadores apreenderam pequena quantidade de droga. Ela foi liberada após depoimento e assinatura de termo circunstanciado por posse de entorpecente.

A Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Itabuna conduz as investigações ainda em curso. O trabalho também envolve outras unidades da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e policiais de Itapé, Barro Preto e São José da Vitória.