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ricardo bikeRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com
 

Caso vença as eleições, Dilma terá que repensar sua política de alianças e deverá propor medidas para fortalecer as instituições, tornando-as bem menos vulneráveis à ação dos marginais que existem nos quadros de PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PCdoB, entre outros partidos.

 
Um texto publicado por Zeca Baleiro no Facebook diz muito sobre a posição de grande parte dos eleitores do PT neste momento. O artista vota em Dilma, mas salienta que a decisão não é cega, apaixonada ou desprovida de crítica.
Nas redes, tem sido comum ver ataques do tipo: quem vota no PT ou é burro ou está se beneficiando da corrupção. A primeira ideia (no caso, a burrice) foi vitaminada pela opinião preconceituosa do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que se referia particularmente aos eleitores do Nordeste. A segunda, que inclui o eleitor na aludida bandalheira, traz o preconceito de quem, muitas vezes, mede os outros com a régua que usa para aferir seus próprios vícios.
Como se trata de uma eleição extremamente polarizada e acirrada, desapareceu o espaço para o meio termo e o equilíbrio, que não se confundem com a posição de quem fica em cima do muro. É plausível, sim, votar no PT pelo reconhecimento de que os governos Lula e Dilma melhoraram os indicadores sociais, tiraram mais de 40 milhões de brasileiros da pobreza extrema, reduziram o déficit habitacional, investiram mais do que as gestões anteriores na construção e recuperação de estradas, ferrovias e portos.
O Brasil, de acordo com o Banco Mundial, foi um dos raros países que conseguiram enfrentar a última crise e, ao mesmo tempo, melhorar a renda dos mais pobres. Há queixas relacionadas ao baixo crescimento e ao recente aumento da inflação, mas é preciso reconhecer e aplaudir a opção de proteger o emprego (hoje com um dos índices mais elevados do mundo) e manter os programas sociais.
Baleiro, de maneira sincera e isenta, observa também os pontos negativos. Por exemplo, o PT, em nome de uma governabilidade de sérios danos colaterais, cultivou parcerias espúrias com representantes do que há de mais atrasado na política brasileira. Caso vença as eleições, Dilma terá que repensar sua política de alianças e deverá propor medidas para fortalecer as instituições, tornando-as bem menos vulneráveis à ação dos marginais que existem nos quadros de PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PCdoB, entre outros partidos.
Quando o assunto é corrupção, lamentavelmente, os dois lados em disputa terão balas à vontade para trocar entre si, sem que se chegue jamais à conclusão de qual poleiro é mais sujo. O debate, porém, longe de ser inócuo, é até saudável. Hoje, os eleitores com um mínimo de discernimento – independentemente da escolha que tenham feito – já perceberam que a rapinagem não será combatida de verdade se não houver reforma política e uma mudança legislativa que leve à punição exemplar dos larápios de colarinho branco.
Infelizmente, ainda há aqueles que, contagiados pelo desejo de mudança, em princípio altamente positivo, deixaram-se inocular pela ideia de que a corrupção surgiu em Brasília a partir do momento no qual o PT subiu a rampa do Planalto. Uma visão desplugada da realidade, mas sugerida e estimulada pela grande imprensa, que não esconde sua preferência pela candidatura tucana. Pena que os autores da tese de que toda safadeza tem DNA petista não manifestem o menor compromisso com uma discussão séria sobre o que realmente precisa mudar.
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.

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Petistas de alto coturno espalham pelas redes sociais uma suposta “forcinha” da Globo para o PSDB em ano de eleições presidenciais. Após os 45 anos da Vênus Platinada em 2010, desta vez o 45, denunciam, aparece subliminarmente na marca da nova novela das 19 horas, Geração Brasil. Dentre os que criticam a estratégia da Globo está o presidente estadual do PT baiano, Everaldo Anunciação, que compartilhou este material abaixo.
globo tucanato

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Gabrielli durante evento em Itabuna (Foto Marcos Souza/Pimenta).
Gabrielli em Itabuna (Foto Marcos Souza/Pimenta).

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli disse que os ataques da oposição ao período em que ele comandou a estatal do petróleo têm como foco não a disputa estadual de 2014, da qual se revela pretendente a sucessor do também petista Jaques Wagner. O alvo, para ele, é a gestão da presidente Dilma Rousseff.
– Essa é uma questão nacional que nada tem a ver com a disputa local. É nacional, em relação à Petrobras. O PSDB e a oposição ao Governo Dilma estão querendo bombardear a Petrobras, e não a minha gestão. O foco não sou eu – disse em entrevista ao PIMENTA.
Gabrieli diz que a empresa saiu de um lucro médio de R$ 1,1 bilhão com os tucanos, em 2002, para R$ 25 bilhões sob o período Lula-Dilma Rousseff. E aproveita para se capitalizar. “Os cinco maiores lucros obtidos pela Petrobras foram sob a minha direção”. Para ele, os tucanos “estão falseando a realidade” financeira da Petrobras.
O secretário é um dos nomes petistas na disputa à sucessão do governador Jaques Wagner. Gabrielli é apontado como o queridinho de Lula ante nomes como os de Walter Pinheiro e Rui Costa, este último com o apoio de Wagner.
Também de olho em 2014, o homem do Planejamento iniciou périplo pelo estado há dez dias. O pretexto é discutir problemas e soluções nos quase 30 territórios de identidade da Bahia. De quebra, aproveita para vitaminar o próprio nome, colocando-se em contato com líderes políticos e comunitários, a exemplo do que ocorreu em Itabuna, no projeto “Diálogos Territoriais”, com a companhia dos deputados Geraldo Simões e Rosemberg Pinto, que defendem o nome de Gabrielli na sucessão estadual.
Confira a entrevista.
Blog Pimenta – Como esta série de diálogos pode ser útil à sociedade e ao governo?
José Sérgio Gabrielli – Esse Diálogo permite troca de opiniões sobre o que foi feito e qual é a visão que o seu território tem dos seus principais problemas. Isso vai fazer com que nós processemos essas informações e reorientemos as ações de governo, além de observar no que essa reorientação pode implicar nas ações da gestão.
BP – O que foi identificado de deficiências na atuação do Estado no Território Litoral Sul?
JSG – Senti muito uma visão de que o governo está fazendo as obras estruturantes, que as grandes questões estão sendo tratadas pelo governo, mas há uma diferença entre os pequenos e os grandes municípios da região. O governo está precisando dar um pouco mais de atenção a essas questões internas do Litoral Sul, especialmente aos municípios menores.
gabrielli jan1 foto marcos souza www.pimenta.blog.br

PORTO SUL – Esse processo não está parado, está em andamento. Está mais lento que nós gostaríamos, mas não está parado.  [A lentidão] É resultado da legislação brasileira e da ação do Ministério Público Federal.

BP – A lentidão no andamento do projeto Porto Sul tem sido ponte de fortes críticas ao governo. A Bamin reivindica a cessão da área do terminal privativo. Por que essa cessão não ocorreu até agora?
JSG – Olha, existe um processo de licenciamento ambiental que está sendo contestado pelo Ministério Público Federal e pelos órgãos ambientais. Pontos foram defendidos, foram feitas várias audiências. A licença-prévia saiu e temos que atender uma série de condicionantes.  Esse processo não está parado, está em andamento. Está mais lento que nós gostaríamos, mas não está parado.  [A lentidão] É resultado da legislação brasileira e da ação do Ministério Público Federal.
BP – A cessão não pode ocorrer enquanto não sair o licenciamento?
JSG – Na licença-prévia, você tem uma série de condicionantes, que estão sendo encaminhadas. Eu não concordo com a ideia de que estamos parados. Gostaríamos de maior rapidez, mas temos limitações que fogem ao nosso controle.
BP – Agora, falando de processo eleitoral: o PT fez reunião para discutir 2014 e o nome do senhor está incluído.
JSG – Mais importante que os nomes, o PT reafirmou a legitimidade de ter um candidato a governador. Essa é a questão central. Vamos maturar os nomes e o processo de definição.  Acho que está muito cedo para definir quem é o nome, mas o partido reafirmou, corretamente, que tem condições políticas para dar continuidade ao governo Wagner, que é do PT, e vem conduzindo de forma magnânima a ampla a base de sustentação.
Gabrielli foto Marcos Souza jan2 www.pimenta.blog.br

 

Elegemos 92 prefeitos na Bahia, temos as maiores bancadas de deputados. Por isso, [o PT] tem toda a legitimidade e vários nomes a ofertar para ser o sucessor de Wagner.

 
 
BP – E a viabilidade?
JSG – O PT tem viabilidade eleitoral porque teve um milhão de votos a mais que o segundo partido mais votado na disputa a prefeito [em 2012] no Brasil, elegemos 92 prefeitos na Bahia, temos as maiores bancadas de deputados estaduais e federais. Por isso, [o PT] tem toda a legitimidade e tem vários nomes a ofertar para ser o sucessor de Wagner.
BP – Falando do senhor, o bombardeio contra os resultados da sua gestão na Petrobras não seriam um complicador na pretensão de ser o nome do PT?
JSG – Olha, essa é uma questão nacional que nada tem a ver com a disputa local. É nacional, em relação à Petrobras. Acho que o PSDB e a oposição ao Governo Dilma estão querendo bombardear a Petrobras, e não a minha gestão. O foco não sou eu.

Gabrielli foto Marcos Souza jan2 www.pimenta.blog.brA Petrobras não está em crise. Uma empresa que teve R$ 21 bilhões de lucro em 2012, [projeta] 236 bilhões de dólares de investimentos para os próximos anos e está produzindo 300 mil barris/dia no pré-sal não pode ser caracterizada como empresa em crise.

 
BP – Mas não refletiria no nome do senhor e nas suas pretensões?
JSG – Eu venho afirmando claramente que a Petrobras não está em crise, não está com problemas. Uma empresa que teve R$ 21 bilhões de lucro em 2012, [projeta] 236 bilhões de dólares de investimentos para os próximos anos, que está fortemente caminhando para crescer na produção e já está produzindo 300 mil barris por dia no pré-sal não pode ser caracterizada como uma empresa em crise. Essa é a questão central. Estão falseando a realidade [da Petrobras].
BP – Como se explica o fato de a empresa deixar de ser a de maior valor do Brasil?
JSG – Mas ela foi a de maior valor comigo. Os cinco maiores lucros obtidos pela Petrobras foram sob a minha direção. Eles estão comparando com 2008, quando eu era presidente. Por que não comparam com 2002, quando eles mandavam na Petrobras e o lucro era de R$ 1,1 bilhão e, agora, o lucro médio dos últimos anos é de R$ 25 bilhões?
BP – Retornando à disputa de 2014, o senhor acha que o nome a ser escolhido na base terá como vencer diante das insatisfações regionais com o governo estadual?
JSG – Olha, as eleições de prefeito demonstraram que o PT teve um milhão e 100 mil votos na Bahia. O PMDB elegeu pouco mais de 40 prefeitos, o PSDB elegeu 9. A base do governo elegeu 340 prefeitos. Então, não vejo como o eleitor está demonstrando que é contra o governo.

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O ninho tucano em Itabuna está uma bagunça, com penas pra todo lado e aves distribuindo bicadas a torto e a direito. Há alguns dias, o presidente do diretório municipal do PSDB, José Adervan, e o deputado estadual Augusto Castro trocam “amabilidades” e na terça-feira, 13, o parlamentar distribuiu nota na qual, entre outras coisas, diz que Adervan somente continua no comando local dos tucanos por deferência e gentileza dele, Augusto.
O presidente respondeu hoje, em seu jornal Agora, que não permance na presidência do PSDB em função da generosidade do deputado. “Não é verdade. Ele não teve força para tirar o diretório do meu comando. Ele se esquece que em política há uma máxima que diz que poder não se dá, se toma. Se ele tivesse força, teria tomado, sim, o controle do partido”, escreveu o dirigente tucano.
Essa briga está longe de terminar e os rumores são de que Augusto Castro está se movimentando para confirmar na prática essa tese replicada por Adervan. Ou seja, pretende mostrar que tem a força para “tomar” o comando do diretório do PSDB, um partido que, definitivamente, se tornou pequeno demais para o jornalista e o deputado.
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Esquentou a polêmica entre o presidente da executiva do PSDB de Itabuna, José Adervan, e o deputado estadual Augusto Castro, do mesmo partido. Depois de afirmar que os tucanos deverão aliar-se ao DEM na sucessão municipal e ser criticado pelo presidente, que aposta na candidatura própria, Castro emitiu nota na qual sustenta a opção pela aliança tucano-democrata e chama Adervan de afoito.
“Não podemos agir de forma afoita como José Adervan, que tenta a todo custo convencer a Executiva Estadual da candidatura de Ronald Kalid”, bicou o tucano da Assembleia Legislativa, que ontem foi acusado pelo correligionário de querer impor o nome do prefeito Capitão Azevedo, movido por “interesses pessoais”.
Para o deputado, o momento não é de antecipar candidaturas a prefeito e o PSDB até poderá encabeçar uma chapa majoritária, desde que tenha um nome viável.“ O presidente da Executiva Municipal deveria, sim, estar preocupado em conquistar novos nomes para a lista de filiados do PSDB, buscando compor uma forte chapa proporcional de candidatos a vereadores”, aconselha o parlamentar.
Em outra “bicada” no presidente da executiva municipal, o tucano deputado disse que Adervan talvez ainda não tenha percebido o fato dele ter sido eleito para a Assembleia Legislativa e “ter consolidada uma liderança natural”.

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A executiva do PSDB em Itabuna organizou jantar com a presença de lideranças estaduais do partido para esta quinta-feira, 25, quando seria anunciada a filiação do arquiteto Ronald Kalid. É desejo do presidente do diretório municipal fazer de Kalid o candidato tucano a prefeito em 2012.
Faltou, porém, combinar com outras figuras que, na prática, têm conseguido mandar mais que o presidente. O fato é que, por questões de agenda dos emplumados estaduais, o jantar foi adiado sine die.
Em Salvador, dizem que o gabinete de um deputado estadual contribuiu muito para o cancelamento do convescote.

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Atingido pela entrevista do delegado aposentado da PF Onézimo Souza à revista Veja, o jornalista e consultor Luiz Lanzetta decidiu abandonar a campanha da petista Dilma Rousseff. Lanzeta era o responsável pela contratação dos integrantes da equipe de comunicação da campanha.

O delegado diz ter sido procurado pelo jornalista, com uma solicitação para que montasse um esquema de espionagem contra os tucanos. Ao “pedir o boné”, Lanzetta disse que o ato foi voluntário e isolado. Ele também afirmou que não chegou a existir central de arapongas e dossiês, uma vez que ninguém foi contratado.

(Com informações da Folha de S. Paulo)