Tempo de leitura: 2 minutos

O cientista e fundador do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec-Ceplac), Paulo Alvim, faleceu nesta manhã de sexta-feira (18), em sua residência, no município de Ilhéus. Alvim estava aposentado, tinha 92 anos e morreu por volta das 11h. O engenheiro agrônomo era uma das maiores autoridades em cacau e café no mundo.

Nos últimos anos, o criador da Fundação Pau-Brasil enfrentava problema renal crônico, segundo Fátima Alvim, filha do cientista. A família informará, nesta tarde, onde o corpo do cientista será velado e horário e local de sepultamento. Paulo Alvim era casado com Simone Alvim, tinha seis filhos, seis netos e uma bisneta e deixa um grande legado para a ciência.

O jornalista Walmir Rosário, ex-ceplaqueano, lembra que Paulo de Tarso Alvim entrou para a Ceplac na fundação do órgão federal. “Ele trabalhava na Organização das Nações Unidas (ONU) quando veio para cá, emprestado. e já era um cientista de renome internacional”. Veio para cá e ficou.

Alvim foi responsável por arregimentar grandes pesquisadores para a Ceplac e colocar o órgão federal no circuito internacional científico. Mineiro de Ubá, Paulo Alvim também lutou pela ampliação da pesquisa e extensão na região cacaueira. Deixa ainda a Fundação Pau-Brasil, hoje presidida pelo cientista Raúl Vale.

Paulo de Tarso Alvim se formou em Agronomia na Universidade Federal de Viçosa e possuía doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade de Cornell (EUA). O cientista era aposentado da Ceplac desde 1989, e era professor honorário da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tinha o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Amazonas.

Órfão de pai já aos dois anos de idade, Alvim e os três irmãos eram sustentados com o que a mãe tirava como costuteira, lembra o site da Associação Brasileira de Ciência (ABC). Ele se formou em Agronomia em 1940 e seus estudos em mais de 70 anos de pesquisas renderam diversos títulos, honrarias e premiações pelo mundo.

As pesquisas de Alvim no período em que residiu no Peru resultaram na descoberta do fenômeno identificado como “hidroperiodismo”. Conforme a Associação Brasileira de Ciência (ABC), ele foi o inventor do primeiro porômetro portátil, batizado depois como “Porômetro de Alvim”.

Atualizado às 12h31min