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O que vivenciei faço questão de repassar, para que não caia no esquecimento por não ter registro digital, já que no papel está suscetível a todos os tipos de intempéries, ataques de traças e de humanos. E o arquivo do jornal Agora corre esse sério risco.

Walmir Rosário

A criação da redes sociais foi um passo definitivo para democratizar a informação e disso ninguém mais duvida. O problema da comunicação não está na história presente nem na do futuro, que será bem mais moderna do que se imagina. Nosso calcanhar de Aquiles está na comunicação do passado, na qual se gastou muito papel, tinta, fitas magnéticas de áudio e vídeo e outros meios de gravação que vão se perdendo no tempo.

Em Itabuna, Ilhéus e região não é diferente e muitas dessas memórias foram parar na lata do lixo, após ter servido para embrulhar peixes e outras mercadorias nas feiras livres, sem que nos déssemos conta que jogávamos – e ainda jogamos – fora a nossa história. Os livros – por si sós –, podem ser parâmetros de um tempo, mas não mostrarão os acontecimentos diários de uma sociedade.

É de conhecimento público e notório minha preocupação com o passado. O que vivenciei faço questão de repassar, para que não caia no esquecimento por não ter registro digital, já que no papel está suscetível a todos os tipos de intempéries, ataques de traças e de humanos. E o arquivo do jornal Agora corre esse sério risco, conforme nos lembrou o escritor Clóvis Silveira Góis Júnior, no artigo “O acervo do jornal Agora”.

É muito comum ouvirmos e falarmos que somos um povo sem história, embora pouco façamos para reverter esse pecado comportamental. Merece registro e louvor o jornalista Ramiro Aquino ao publicar “De Tabocas a Itabuna: 100 anos de imprensa”, trabalho de pesquisa responsável pelo resgate da comunicação desde os seus primórdios. Hoje merecem destaques as publicações “História de Itabuna” e História Grapiúna”, digitais, dentre outras.

Uma das preocupações de José Adervan – que fundou em 1981 o Agora com Ramiro Aquino – era a recheada edição anual do Agora a cada 28 de julho, data da emancipação político-administrativa de Itabuna. Um planejamento minucioso envolvendo jornalistas, historiadores e memorialistas nas pesquisas e grandes reportagens, esperadas ansiosamente pelos estudantes e a população como um todo.

Nos orgulhávamos das edições com cerca de uma centena de páginas apresentadas aos leitores, contendo reportagens e opiniões sobre Itabuna – desde que era Tabocas –, abordando os aspectos econômicos, políticos, históricos, sociológicos, geográficos, esportivos, antropológicos e religiosos. A cada edição, novas descobertas eram apresentadas aos ávidos leitores itabunenses.

E o leitor me pergunta: por que, então, as próprias empresas não dispõem esses arquivos nos modernos meios de comunicação digitais hoje existentes? Simples: muitas das empresas de comunicação, a exemplo do jornal Agora, não mais existem, e as que ainda sobrevivem não têm condições de tocar um projeto dessa envergadura por falta de recursos financeiros.

Os grandes conglomerados de comunicação até que disponibilizam esse serviço em troca de pagamento por assinatura, serviço que se torna inviável para pequenas empresas. Mas, a realidade é que muitas delas já não existem e apenas conservam o arquivo em papel, no caso dos jornais. Por se tratar de um serviço de interesse da comunidade, esse múnus deveria ser transferido a um ente público.

Geralmente, as prefeituras de maior porte contam com centros de documentação (cedocs), que poderiam assumir acervos menores. Mas esses centros não contam com orçamento disponível para tanto, ou vontade dos governantes. Em nossa região a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) tem prestado relevantes serviços nesta área e acredito que teria condições de assumir esse ônus.

Aqui já instalada temos, ainda, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), que poderia se envolver com esses relevantes projetos que beneficiariam substancialmente a educação e o conhecimento regionais. Está na hora dos responsáveis por esses acervos iniciarem uma conversação para a manutenção do acervo original, a digitalização e publicação na rede mundial de computadores.

Para encerrar, comento aqui uma indispensável indiscrição: os jornais sempre abriram seus arquivos para a pesquisa, embora não tivessem pessoal disponível para acompanhar esse trabalho. Muitas vezes, alguns desses “pesquisadores” simplesmente – e sorrateiramente – rasgavam a página do caderno, levando-a, para prejuízo da empresa e de futuras pesquisas. Trocando em miúdos: cuspiu no prato em que comeu.

O acervo do jornal Agora é a cereja do bolo da comunicação do Sul, Extremo-sul e até do Recôncavo baiano. O pensamento e o labor do saudoso José Adervan, que foi professor de economia da Fespi (antecessora da Uesc), não podem nem devem ficar relegados ao esquecimento. Hoje esse acervo representa a base para para o presente e a construção do futuro e disto ninguém discorda.

Como participei da equipe do Agora, tenho consciência de que não estou chovendo no molhado!

Walmir Rosário é jornalista, radialista e advogado.

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É preciso pensarmos as potencialidades locais e fazermos um amplo programa de diversificação econômica, levando em conta, inclusive, as oportunidades geradas pelo Porto Sul e FIOL, além de incentivo a atividades tecnológicas.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

Hoje, trago à discussão algumas observações em relação ao município de Itabuna, que completará, neste mês, 112 anos de emancipação político-administrativa. Nossa cidade tem como carro-chefe da sua economia o comércio e os serviços, sendo, inclusive, polo regional de saúde e educação. O setor industrial é incipiente, mesmo tendo gás natural, poliduto e sendo cortada por duas importantes rodovias, a BR-101 e a BR-415.

Ao longo desse pouco mais de um século, por aqui também tivemos importantes iniciativas de turismo de negócios e entretenimento, mas sem continuidade. Esse registro aponta a necessidade de trabalharmos essas atividades. A cidade precisa melhor entender os impactos positivos gerados por esses segmentos sobre as demais atividades econômicas, inclusive para buscar a implantação de um centro de convenções, num modelo que melhor atenda às demandas locais – a área do Parque de Exposições pode ser uma opção –, além de reabrir o aeroporto para o pouso de aeronaves particulares de pequeno porte, serviços de saúde, serviços de valores, serviços de segurança (Base do Graer) e voos comerciais em trechos alternativos para aeronaves com menor número de passageiros.

Ainda no campo do entretenimento, o último São Pedro realizado pela gestão municipal, por meio da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), é prova inequívoca da atração do público local e regional e traz de volta ao centro do debate esse importante setor econômico, colocando a cidade no calendário turístico.

É preciso pensarmos as potencialidades locais e fazermos um amplo programa de diversificação econômica, levando em conta, inclusive, as oportunidades geradas pelo Porto Sul e FIOL, além de incentivo a atividades tecnológicas a partir de parcerias com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Como podemos observar, temos um longo caminho a percorrer e grandes desafios no percurso, e só através dessa configuração faremos Itabuna melhorar os indicadores socioeconômicos. Esse desafio é da sociedade local: dos poderes públicos à iniciativa privada, passando pela academia. Só assim continuaremos avançando na qualidade de vida da nossa cidade.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento e Gestão de Cidades (Uesc) e comunicador.

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A Reitoria da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) emitiu nota de pesar pelo falecimento da professora Gleicimara Araújo Queiroz Klotz, ocorrido na manhã de hoje (10). A docente foi vítima de uma hemorragia pós-parto (veja aqui). Leia a íntegra, abaixo.

A Reitoria da UFSB lamenta profundamente o falecimento da docente Gleicimara Araújo Queiroz Klotz, ocorrido nesta sexta-feira (11). Gleicimara era graduada em psicologia pela Universidade Federal João Del Rei, Mestre em psicologia pela mesma instituição e Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo. A docente atuava no Centro de Ciências da Saúde, na área de psicologia, desde seu ingresso na UFSB, ocorrido em março deste ano.

A Reitoria e toda a comunidade acadêmica da UFSB, em especial do Campus Paulo Freire, onde a docente atuava, manifestam solidariedade à família e amigos.

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A professora Gleci Klotz, 40, faleceu nesta sexta-feira (10), em Itabuna, após dar à luz a filha em sua casa. Conforme apuração do PIMENTA, ela perdeu muito sangue no parto, ocorrido por volta da meia-noite. Socorrida pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu-192), chegou ao Hospital Manoel Novaes às 3h50min, mas não resistiu às consequências da hemorragia e morreu de manhã. A recém-nascida passa bem.

O parto ocorreu de forma repentina, logo após o início das contrações. Gleici não planejou dar à luz em casa, segundo pessoas que mantiveram contato com o site para questionar a informação de que ela havia escolhido parir em sua residência, como noticiado anteriormente.

Nascida no município de Oliveira, em Minas Gerais, Gleicimara Araújo Queiroz Klotz era psicóloga e doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Em Itabuna, onde morava desde 2014, foi professora e coordenadora do curso de Psicologia da Unime por 7 anos. No início deste ano, ingressou no corpo docente efetivo da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Além dos dois filhos, deixa o marido.

A notícia do falecimento precoce abalou muito ex-alunos e colegas da professora, sobretudo na Unime, onde era reconhecida pela competência profissional e pela atitude empática no convívio cotidiano. (Atualizado às 17h31min)

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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) marcou a retomada das aulas presenciais para o próximo dia 27, quando dará início ao segundo quadrimestre letivo de 2022. O martelo foi batido em reunião do Conselho Superior da Universidade, que levou em consideração o arrefecimento da pandemia de Covid-19.

“As sugestões de segurança sanitária que aprendemos desde o início de 2020 e que foram também registradas pelo Comitê Emergencial de Crise da UFSB devem ser observadas por todos/as. Permanecerão em vigor todas as orientações e protocolos relacionados ao retorno das atividades e de preservação da vida funcional e acadêmica de servidores(as) e discentes, na forma da lei, que se mostrarem necessários”, diz trecho do comunicado da instituição.

O Conselho Superior também autorizou a manutenção de parte das atividades acadêmicas de forma remota, conforme os requisitos previstos na Resolução n. 08/2022, publicada na semana passada (acesse aqui).

A volta ao ensino presencial também marcará a chegada dos estudantes ao Campus Jorge Amado, inaugurado em Ilhéus no último dia 6 (lembre aqui).

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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) recebe, de hoje (1º) a 30 de junho, inscrições para a quarta edição do Festival Estudantil de Audiovisual (Festa), voltado para curtas de até 20min, nas categorias ficção, documentário, experimental e animação, produzidos por estudantes do ensino médio, técnico ou superior.

Para inscrever a obra, é necessário subir o arquivo para o YouTube ou Vimeo e informar o link de acesso no formulário de inscrição disponível aqui. Confira os documentos exigidos no regulamento. A inscrição é gratuita, e o festival não tem caráter competitivo.

CRONOGRAMA

Conforme o regulamento, os filmes selecionados serão divulgados no dia 5 de agosto. Já a programação completa do festival, que correrá de 25 a 27 de novembro, será conhecida em 25 de outubro.

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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) publicou edital de chamada de professores para credenciamento no Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Biodiversidade (PPGSAB). Interessados podem se inscrever nas categorias docentes permanentes, docentes e pesquisadores visitantes e docente colaboradores.

Os selecionados vão atuar nas linhas de pesquisa Biodiversidade e Sociedade e Saúde e Ambiente. A seleção se dará nas etapas de análise da súmula curricular e de análise da proposta quadrienal de atuação no programa.

As inscrições podem ser feitas até 2 de setembro, por meio deste formulário eletrônico. A lista de documentos necessários está disponível no edital.

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Thiago Dias

O Campus Jorge Amado, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), ocupa parte da extensa propriedade da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), à margem da BR-415, em Ilhéus. Como os prédios ficam a 2,5 quilômetros da entrada da Ceplac, quando as aulas começarem, no próximo mês, estudantes e trabalhadores que não têm veículos próprios farão o percurso em ônibus a serviço da Universidade. No final do trajeto, encontra-se o conjunto arquitetônico cercado pelo verde escuro da Mata Atlântica. Foi nesse ambiente bucólico que aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) se reuniram, nesta sexta-feira (6), para a inauguração do campus.

O Campus Jorge Amado com a Mata Atlântica ao fundo

O clima era de trégua solene. Lá estavam o quinto ministro da Educação de Bolsonaro, Victor Godoy, e o deputado federal João Roma (PL), ex-ministro da Cidadania e único pré-candidato a governador na solenidade. Ao redor da dupla bolsonarista, dezenas de apoiadores do ex-presidente Lula, a exemplo do vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão (PSB), do presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus, Rodrigo Cardoso, e do pré-candidato a deputado federal Wenceslau Júnior, ambos do PCdoB.

Apesar da cordialidade, havia hesitação nos gestos, como o lapso entre o anúncio do pronunciamento de Roma, pelo cerimonial, e as palmas puxadas por alguém na mesa e acompanhadas pela plateia.

Não faltou quem protestasse, mas baixinho, respeitando o rito. Foi o caso de um jovem negro de turbante. Ao ouvir o ministro da Educação afirmar que o Brasil foi dos países que mais retardaram o retorno às aulas, ele resmungou alguma coisa sobre a demora do governo federal de comprar as vacinas contra a Covid-19. Agora, segundo o ministro, o país precisa de uma política consistente de recuperação do tempo de aprendizagem perdido pelos estudantes.

Quando João Roma terminou de dizer que teve uma conversa “frutífera” e “para além de qualquer fronteira partidária, política ou ideológica” com a reitora Joana Guimarães, ainda nos tempos do Ministério da Cidadania – dos quais conserva o uso do colete com a bandeirinha do Brasil no peito -, uma mulher na plateia retrucou que, se dependesse do presidente Jair Bolsonaro, a UFSB nem existiria.

No fim do pronunciamento, o pré-candidato arrancou aplausos de boa parte do público ao defender a recuperação da Ceplac. Segundo ele, a instituição não pode ser símbolo de atraso ou de um momento triste da história da Bahia. “Mas, sim, ter uma reparação histórica para que possamos, cada vez mais, através das nossas potencialidades e reparações históricas, representar, sim, muita superação, superação de dificuldades, mas, sobretudo, representar a autoestima do povo baiano”.

“SONHO QUE SE SONHA JUNTO É REALIDADE”

Juvenal e Joana se reencontram na inauguração do Campus Jorge Amado

O discurso da reitora Joana Angélica Guimarães foi, de longe, o mais aplaudido da tarde. Dedicou boa parte dele a agradecimentos, enfatizando a parceria que viabilizou o terreno do Campus Jorge Amado. “Não poderia esquecer o senhor Juvenal Maynart, que, como superintendente da Ceplac, com sua sensibilidade e empenho, tornou possível a cessão desse espaço em que hoje nos instalamos. Em seu nome, gostaria de agradecer a toda a comunidade da Ceplac, que tem sido parceira da UFSB desde a sua chegada”.

Para a reitora, sem a convergência das instituições e das pessoas que se mobilizaram coletivamente, a UFSB não teria saído do papel. Ilustrou seu argumento com a letra da música Prelúdio, do baiano Raul Seixas. “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Cacique Babau afirma que conquista de jovens alegra toda a comunidade da Serra do Padeiro
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Rosivaldo Ferreira da Silva, o Cacique Babau, está orgulhoso do desempenho de estudantes do Colégio Estadual Indígena Tupinambá Serra do Padeiro, em Buerarema, no sul da Bahia. Na semana passada, três jovens egressas do colégio garantiram vagas em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Segundo o cacique, a alegria é de toda a comunidade. “São jovens que nasceram e cresceram aqui e sempre estudaram na escola indígena. Isso é ótimo. Recebemos notícias de vários parentes de outros povos que também tiveram seus representantes com acesso à universidade. Isso nos enche de orgulho e alegria e é um sinal de que os nossos jovens, além da formação dos seus povos, vão se fortalecer com o conhecimento universitário, assim como trazer benefícios para suas aldeias e para a luta pela causa indígena”, disse Babau, doutor honoris causa pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Stephany e Michelle estão entre jovens tupinambás aprovadas em universidades

Aprovada em Medicina na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Sthefany Tupinambá afirma que a conquista dos estudantes indígenas ajuda e desmitificar preconceitos sobre a capacidade intelectual dos povos originários. “Estamos aqui pra mostrar que isso não é real”.

A estudante disse que lutou muito para atingir seu objetivo. “Mas, não desisti, pois meu povo sempre me deu forças. Pertenço à Nação Tupinambá, nasci dentro de uma família incrível e guerreira, que me proporcionou ensinamentos maravilhosos e ensinou a nunca desistir dos meus sonhos. Estar na universidade significa ocupar espaços com resistência, transformando o conhecimento em uma importante ferramenta de luta e descolonização do pensamento de muitos”.

JOVEM DEDICA INGRESSO NA UNIVERSIDADE À MEMÓRIA DO PAI

Michelle Nascimento tinha apenas 13 anos em 2015, quando seu pai, Adenilson Nascimento, foi morto por pistoleiros na Serra das Trempes, nos limites entre os municípios de Una e de Ilhéus. Hoje, aos 19 anos, a jovem dedica à memória do pai sua entrada no curso de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“Tenho vários sonhos e quero realizá-los, pois, com certeza, este novo ciclo vai mudar a minha vida e a da minha família. Vou retribuir ao meu povo, que sempre esteve comigo. Sou uma mulher que passou por um grande sofrimento. Perdi meu pai, vítima de um assassinato, quando voltava de uma pescaria. É difícil estar sem ele. Ver todas as suas filhas formadas era o que ele sempre sonhou e hoje este sonho começa a ser concretizado. A memória dele me dá forças e sinto que ele está feliz e sempre estará comigo”, declarou Michelle.

Além de Stephany e Michelle, o Colégio Estadual da Serra do Padeiro também formou Aratiana Silva, que conquistou vaga no Bacharelado em Humanidades da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Durante enchente, moradores da Rua da Palha buscaram abrigo no Parque de Exposições || Foto G1/Reprodução
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O Parque de Exposições Antônio Setenta foi o primeiro destino de 82 famílias obrigadas a deixar a Rua da Palha por causa da enchente do Rio Cachoeira, em pleno Natal (25). A situação calamitosa de Itabuna ganhou contorno ainda mais dramático com a notícia de que 242 pessoas estavam nas baias do parque.

Ontem (30), o prefeito Augusto Castro (PSD) foi ao local para informar aos desabrigados que a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) ofereceu salas de aula para acolhê-los.

Segundo a Prefeitura, a princípio, a mudança enfrentou resistência, mas o prefeito convenceu os reticentes. Augusto apelou para que as famílias deixassem o parque, pois a Universidade oferece melhores condições de alojamento.

Antes de seguir para a UFSB, adolescentes acima de 12 anos receberam as vacinas contra Hepatite A, Influenza (gripe), tétano e covid-19.

O prefeito acrescentou que as 82 famílias serão cadastradas no programa do aluguel social.

A empresária Luiza Helena Trajano e a reitora Joana Angélica Guimarães
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Um bate-papo virtual da reitora Joana Guimarães com a empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho Administrativo do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, marcou a abertura da Semana de Acolhimento, atividade que iniciou, nesta segunda-feira (30), o quadrimestre letivo da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

No início do diálogo, Joana Guimarães destacou a desenvoltura com que Luiza Trajano une a atividade empresarial às ações sociais que lidera. Segundo a empresária, isso se deve à compreensão de que as mudanças positivas só acontecem a partir da organização social. “Percebi, estudando e analisando, que as transformações do país nascem de uma sociedade civil organizada. Elas não nascem de nenhum líder, de nenhum salvador da pátria”, argumentou.

A empresária também explicou o projeto Unidos pela Vacina, por meio do qual empresas se uniram para dar suporte logístico e ajudar estados a distribuir as vacinas contra a covid-19 para municípios de difícil acesso.

Outro tema da conversa foi o programa de trainees da rede varejista presidida por Luiza, que destinou todas as vagas para candidatos negros e negras. Confira o bate-papo na íntegra.

UFSB obtém conceito máximo e Uesc atinge 4 no IGC
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As duas universidades públicas sul-baianas obtiveram bom desempenho no Índice Geral de Cursos (IGC) relativo ao período 2017 a 2019. O IGC é divulgado anualmente pelo Ministério da Educação, por meio do Instituto de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), fundada em 2014, obteve conceito máximo (5), enquanto a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) atingiu 4 numa escala que vai de 0 a 5.

A avaliação considera a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) a cada triênio, a distribuição de alunos entre graduação e pós-graduação e as notas dos programas de pós-graduação de cada instituição. A nota de um curso no CPC representa o valor agregado pelo processo formativo e em insumos referentes às condições de oferta – corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos.

Além da UFSB, que tem reitoria em Itabuna, apenas outras 45 instituições obtiveram esse conceito máximo, com doze universidades federais nessa lista. Além de Itabuna, a instituição possui campi em Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Para a reitora, professora Joana Angélica Guimarães da Luz, o resultado mostra o valor do trabalho desenvolvido pelas equipes em cada campus e na reitoria. Segundo a gestora, a nota máxima do IGC representa a consolidação dos cursos, incluindo os de segundo ciclo que começaram a funcionar em 2018, além da tranquilidade institucional perante a legislação.

– Isso mostra para nós, da gestão, que estamos no caminho certo, na proposição e organização administrativa e acadêmica que estamos realizando. Quando você tem fluxos mais claros, isso dá mais tranquilidade para que a comunidade obtenha resultados como este – pondera a reitora.

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Reitora Joana Angélica Guimarães: corte de verbas da UFSB vai prejudicar a região

A reitora da Universidade Federal do Sul Bahia (UFSB), Joana Angélica Guimarães, afirmou ao PIMENTA, que está muito preocupada com o anúncio de bloqueio de recursos das instituições federais de ensino superior do País pelo Ministério da Educação. Ela estará em Brasília nesta segunda-feira (6) para tentar reverter os bloqueios no orçamento da UFSB e cortes de verbas de emendas parlamentares.

Segundo a reitora, os cortes de repasses pelo governo vão causar impactos negativos não só para a UFSB, mas também para economia do sul e extremo-sul da Bahia, onde a universidade está fazendo investimentos de mais de R$ 110 milhões em obras em núcleos pedagógicos, laboratórios e infraestrutura nos seus três campi – Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

“Estou muito preocupada, pois caso ocorra a suspensão dessas obras, o prejuízo será enorme não só para a comunidade acadêmica e para administração pública, mas para toda a economia do sul e extremo-sul da Bahia, porque aumentará o número de desempregados e a crise financeira”. A seguir, trechos da entrevista com a reitora.

PIMENTA- Qual o impacto da decisão do MEC de bloquear os recursos da UFSB?

JOANA ANGÉLICA – Um impacto negativo muito grande, porque temos um orçamento sem reajuste desde 2015. Nesse período, como a universidade está expansão, precisamos aumentar as nossas despesas, principalmente de custeio. Por isso, tivemos de fazer contratações de professores, servidores técnicos e terceirizados, por exemplo.

PIMENTA- Qual o orçamento global para este ano?  

JOANA ANGÉLICA – Temos um orçamento de cerca de R$ 113 milhões, o mesmo do ano passado, que foi integralmente executado. Como somos uma instituição que começou do zero, necessitávamos e estamos fazendo investimentos de cerca de R$ 113 milhões nos três campi. Somente no Jorge Amado, em Itabuna, são R$ 64 milhões em investimentos, sendo R$ 24 milhões na construção do núcleo pedagógico e laboratórios e R$ 40 milhões em obras de infraestrutura.

PIMENTA- Qual o prazo para a conclusão do campus Jorge Amado?

JOANA ANGÉLICA – Hoje, estamos trabalhando para que o núcleo pedagógico esteja pronto no final do ano e a transferência das atividades para o início de 2020. Além disso, nossas equipes de arquitetos e engenheiros estão elaborando o projeto para reforma do prédio do antigo Fórum Ruy Barbosa, no centro de Itabuna, para que possamos transferir a sede da reitoria para lá. Com isso, vamos usar o dinheiro do aluguel em outras despesas.

PIMENTA- E as obras no extremo-sul?

JOANA ANGÉLICA – A nossa meta é que sejam concluídas entre o final de 2020 e início de 2021, se o cronograma for mantido como planejado. Estamos fazendo um investimento de R$ 49 milhões para que possamos contar com instalações adequadas para o melhor andamento das pesquisas e a realização das atividades acadêmicas diárias.

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BLOQUEIO DE RECURSOS: O prejuízo será enorme não só para a comunidade acadêmica e para administração pública, mas para toda a economia do sul e extremo-sul da Bahia, porque aumentará o número de desempregados e a crise financeira.

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PIMENTA- Será possível o andamento dessas obras com os cortes?

JOANA ANGÉLICA – Estou muito preocupada, pois caso ocorra a suspensão das obras, o prejuízo será enorme não só para a comunidade acadêmica e para administração pública, mas para toda a economia do sul e extremo-sul da Bahia, porque aumentará o número de desempregados e crise financeira. São muitos operários que correm o risco de desemprego. Menos dinheiro circulando só vai aumentar a crise financeira nessas regiões. Precisamos evitar que isso ocorra nesse momento.

PIMENTA- E o impacto para os cofres públicos?

JOANA ANGÉLICA – A depender de quanto tempo fiquem paralisadas, caso isso ocorra, o gasto para execução será muito maior. Podemos até ter de reconstruir prédios. Isso não será bom para população, que corre o risco de pagar duas vezes para a conclusão de uma obra. Entendo que ninguém quer isso.

PIMENTA – Acha que pode reverter essa situação?

JOANA ANGÉLICA – Vamos lutar muito para que possamos ter as condições mínimas de funcionamento das nossas unidades e as obras não possam sofrer atrasos. Espero não precisar desfazer contratos e, mais adiante, com os prédios deteriorados com ação do tempo, sermos obrigados a fazer um novo processo para a conclusão das obras. Estarei em Brasília na segunda-feira (6) e pretendo explicar toda a situação ao MEC [Ministério da Educação].

PIMENTA- Por que a UFSB precisa de tratamento diferente das demais instituições?

JOANA ANGÉLICA – O que posso e vou argumentar é que somos uma universidade que ainda está em processo de implantação, que começou do zero, sem imóveis e instalações adequadas para os nossos professores, estudantes e servidores técnicos. Precisamos concluir essa etapa do trabalho que está em andamento. Caso contrário, repito, toda a sociedade terá um grande prejuízo.

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REDUÇÃO DE VERBAS: Hoje, contamos com 282 professores e 251 técnicos-administrativo. Isso representa menos de um terço do que estava previsto no planejamento inicial, que foi prejudicado pela redução de verbas repassadas desde 2016.

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PIMENTA – O quadro de funcionários atende às necessidades da UFSB?

JOANA ANGÉLICA – Hoje, contamos com 282 professores e 251 técnicos-administrativo. Isso representa menos de um terço do que estava previsto no planejamento inicial, que foi prejudicado pela redução de verbas repassadas desde 2016. Precisamos contratar pessoal, mas não há autorização para novos concursos. Talvez, como existe uma pequena reserva de vagas, possamos ainda contratar professores.

PIMENTA- E a contratação de técnicos?

JOANA ANGÉLICA – Não existe previsão de quando será realizado concurso público para técnico-administrativo. A previsão inicial era de que, quando todos os campi entrassem em pleno funcionamento, contássemos com 1.300 ou 1.400 servidores, entre professores e técnico administrativo. Isso não deve mais ocorrer.

PIMENTA – A senhora não acha que há um distanciamento das universidades da população?

JOANA ANGÉLICA – Temos debatido muito esse assunto durante as reuniões da Associação Nacional dos dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifs) e já definimos uma série de ações institucionais para trazer as pessoas da sociedade para dentro dos campi. Elas precisam conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelos nossos estudantes e professores/pesquisadores.

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PESQUISA NAS UNIVERSIDADES: São nas universidades públicas brasileiras, principalmente nas federais, onde são desenvolvidas as grandes pesquisas, tratamentos para muitas doenças. As federais, com seus hospitais universitários, prestam atendimento de alta qualidade e gratuito.

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PIMENTA- A senhora diria que há muito trabalho e pouca divulgação…

JOANA ANGÉLICA – São nas universidades públicas brasileiras, principalmente nas federais, onde são desenvolvidas as grandes pesquisas, tratamentos para muitas doenças. As federais, com seus hospitais universitários, prestam atendimento de alta qualidade e gratuito. Os beneficiados são, principalmente, as pessoas carentes, que não possuem um plano de saúde e não têm condições de pagar uma consulta médica, exames etc.

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Inscrições em concurso da UFSB vão até dia 5 de maio

Com oferta de 73 vagas e até R$ R$ 10.043,67 de salário, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) abriu nesta segunda (16) o prazo de inscrições no concurso público para docentes nos campi de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.
Os interessados têm até o dia 5 de maio para inscrição. A taxa foi definida em R$ 250,00. O prazo para pedido de isenção termina nesta quarta (18), conforme o edital. A inscrição é feita somente pelo site da UFSB.
CONFIRA EDITAL DO CONCURSO 2018
O concurso abre vagas em áreas como Ciências Biológicas, Artes Cênicas, Engenharias, Medicina, Comunicação Social, Letras, Psicologia, Oceanografia/Oceanologia e Matemática, dentre outras.
O concurso terá duas etapas. A primeira consistirá em provas escrita e didática, ambas eliminatórias e classificatórias. Já a segunda, prevê Plano de Trabalho ou Memorial e a prova de títulos.
A prova escrita está prevista para 20 de maio, nos campi Jorge Amado, em Itabuna; Sosígenes Costa, em Porto Seguro; e Paulo Freire, em Teixeira de Freitas. A prova didática tem previsão de aplicação em 28 de junho.

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UFSB abre concurso com 73 vagas para docentes || Foto Gabriel Oliveira

A Universidade Federal do Sul da Bahia publicou edital de concurso público com oferta de 73 vagas para professor e até R$ 10.043,67 de remuneração. As vagas serão distribuídas pelos três campi da instituição situados em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.
As vagas são para áreas como Ciências Biológicas, Artes Cênicas, Engenharias, Medicina, Comunicação Social, Letras, Psicologia, Oceanografia/Oceanologia e Matemática, dentre outras.
CONFIRA O EDITAL DO CONCURSO
As inscrições para o concurso serão abertas na próxima segunda-feira (16) e prazo termina no dia 05 de maio. A taxa foi fixada em R$ 250,00, mas o candidato pode solicitar isenção, desde que cumpridos os requisitos. O prazo para o pedido vai de 16 a 18 de abril. A inscrição é feita somente pelo site da UFSB.
O concurso terá duas etapas, conforme edital. A primeira terá provas escrita e didática, ambas eliminatórias e classificatórias. Já a segunda etapa, prevê Plano de Trabalho ou Memorial e a prova de títulos.
As provas escritas serão realizadas na data provável de 20 de maio de 2018 nos campi Jorge Amado, em Itabuna; Sosígenes Costa, em Porto Seguro e Paulo Freire, em Teixeira de Freitas. A data prevista para a prova didática é 28 de junho, segundo o edital.