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Joana Guimarães e Fabiana Peixoto disputam reitoria
Joana Guimarães e Fabiana Peixoto disputam reitoria

O clima na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) esquentou ainda mais, nos últimos dias. Na segunda e terça (6 e 7), a comunidade escolhe a nova reitora da unidade de ensino superior pela primeira vez em sua história.

A votação ocorre nos três campi – Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Na disputa, uma curiosidade: duas mulheres encabeçam chapas que têm homens como vices. Fundada em 2013, a UFSB teve reitor e vice-reitor pro tempore.

São candidatas Joana Guimarães, que ascendeu ao cargo de reitora em exercício depois de o professor Naomar Almeida renunciar ao posto de reitor pro tempore há pouco mais de um mês, e a professora Fabiana de Lima Peixoto.

“PÉ NO CHÃO”

Joana participa do processo de construção da universidade desde 2013, quando foi escolhida vice-reitora pro tempore. A ela, o ex-reitor atribui parte da trama que o levou à renúncia. Joana é a cabeça da chapa “Pé no Chão”, que tem o professor Francisco José Gomes Mesquita como candidato a vice-reitor.

“Nossa proposta alicerça-se no que poderíamos denominar de reconstrução “pé no chão” da UFSB. Quem entende de reconstrução, sabe que se deve manter em pé o que é sólido, o que sustenta a estrutura, fortalecendo o que pode colocá-la em risco”, frisa Joana em documento no qual expõe compromissos para o mandato.

“DIVERSIDADE E DIÁLOGO”

Do outro lado da contenda, está Fabiana de Lima Peixoto, professora adjunta da UFSB, campus Jorge Amado (Itabuna), e assessora da reitoria para assuntos do Complexos Integrados de Educação (CIE). Fabiana defende em sua proposta uma universidade federal “pública, de qualidade, popular e plural”. A Chapa “Diversidade, Diálogo e Bem Viver pela UFSB” tem como candidato a vice-reitor Robson da Silva Magalhães.

– A despeito das dificuldades do processo de implantação, nosso Projeto anisiano inspira a paisagem educacional no país e no mundo, o que amplia nossa responsabilidade de aprofundá-lo e defendê-lo. Nosso desafio é a construção coletiva de uma Universidade, a um só tempo, popular e de excelência no sul da Bahia, consolidando o que já foi implementado, mas também fazendo avançar em novas direções – aponta em documento.
Comunidade da UFSB vai às urnas para ajudar a escolher nova reitora
Comunidade da UFSB vai às urnas para ajudar a escolher nova reitora

LISTA

O resultado da votação e a lista com os nomes dos candidatos a reitores serão encaminhados para o Ministério da Educação. A nova reitora da UFSB deverá ser conhecida até o final de novembro. A escolha fica a critério do Governo Temer.
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Felipe de PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

 

 

Não há golpe na UFSB. Há sim, a construção de um processo democrático de escolha de dirigentes, buscado com legalidade e ampla discussão da comunidade acadêmica.

 

 

Vivemos na, já conhecida, época da pós-verdade. Momento contemporâneo onde “verdades” são reconstruídas com base em diferentes percepções ideológicas e diferentes interesses envolvidos. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) se viu envolvida numa densa narrativa de “golpe” a partir da carta de exoneração lida pelo seu ex-reitor Naomar Almeida onde ele renuncia ao exercício da função e solicita sua exoneração ao Ministro da Educação.

Quase que imediatamente, surgiram notas em sites e blogs de todo o Brasil, sempre seguidos por lamentos distorcidos a respeito do tal “golpe” em curso no sul da Bahia. Muitos lamentando o “conservadorismo” dos “golpistas” ou mesmo o dano que os “golpistas” farão na instituição. O que poucos pararam pra pensar antes de reproduzir tais lamentos: que golpe é esse? Quem são os golpistas?

A UFSB vem dando trâmite aos seus processos eleitorais há cerca de um ano. Com uma gestão pro tempore, a segurança jurídica é um tanto quanto reduzida. A gestão pode, legalmente, ser substituída a qualquer tempo pelo Ministro da Educação. Diante disso, a comunidade acadêmica mobilizou esforços no sentido de reforçar a legalidade com o estabelecimento de uma representação eleita por sua comunidade. E assim foi feito, no primeiro semestre desse ano com a eleição de decanos para os Centros de Formação e os Institutos de Humanidades, Artes e Ciências.

O passo seguinte era a reitoria, com votação já agendada e aprovada pelo Conselho Superior da UFSB para o mês de novembro. Numa decisão unilateral e própria, o reitor Naomar na reunião do Conselho realizada na sexta-feira (29) comunicou através de uma videoconferência transmitida de Salvador que entregara seu cargo ao Ministério por meio de uma carta enviada há 9 dias e mantida em sigilo da comunidade por esse tempo.

Nesta carta, surgiram acusações genéricas de “ilegalidades” e de “corrupção” por parte de “membros da gestão” e consequente “golpe”, palavra que, no meu entendimento, acaba sendo utilizada de forma infeliz diante, principalmente, da conotação e simbolismo envolvido na aplicação desta nos últimos anos de nosso país. Leituras tortas, muitas agressivas, surgiram em diversos setores da academia, política e sociedade local e nacional.

O clima criado foi de extrema instabilidade, comprometendo grandemente a segurança e autonomia da instituição, uma vez que tal pós-verdade, repercutindo, pode levar ao pior dos cenários: uma intervenção do Ministério, com a nomeação de uma pessoa distante da realidade institucional e regional, comprometendo, inclusive, o desenvolvimento do projeto da Universidade.

Eventuais denúncias, reverberadas por apoiadores do ex-reitor em redes sociais, que sejam apresentadas através dos meios legais, apuradas e se constatada concretude dos fatos, os responsáveis punidos. Contudo é abjeto pensar no uso de subterfúgios discursivos para obstruir o processo democrático institucional.

Não há golpe na UFSB. Há sim, a construção de um processo democrático de escolha de dirigentes, buscado com legalidade e ampla discussão da comunidade acadêmica. O desejo que move parte significativa da comunidade acadêmica é único: que esse processo democrático se consolide. Que aconteçam eleições na UFSB.

Felipe de Paula é professor da UFSB, campus de Itabuna.

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Vice-reitora assume comando da UFSB com saída de Naomar
Joana assume UFSB após a saída de Naomar

Reitora em exercício da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), a professora Joana Guimarães emitiu comunicado oficial no qual informa que “as atividades permanecem normalmente na instituição” após a saída do reitor Naomar Almeida do cargo.

A exoneração, a pedido, foi tornada pública na última sexta (29), como noticiou o PIMENTA. Naomar já havia encaminhado carta de exoneração ao ministro da Educação, Mendonça Filho, dias antes da reunião do Conselho Universitário (Consuni) da UFSB.

Durante reunião do Consuni, na última sexta (29), Naomar citou planejamento para que a UFSB não sofresse descontinuidade com troca no comando da instituição. Ele também tornou pública uma carta na qual enumera as razões para deixar o cargo (confira em post abaixo).

Abaixo, confira o comunicado da reitora em exercício.

À comunidade da UFSB

Na última reunião extraordinária do Conselho Universitário – CONSUNI, ocorrida em 29 de setembro de 2017, fomos informados sobre o pedido de exoneração do Reitor da nossa universidade. Diante desse fato, na condição de vice-reitora no exercício do cargo de reitora, comunico a todos e todas que as atividades permanecem normalmente na instituição. Todas as decisões tomadas pelo Conselho Universitário serão devidamente encaminhadas e aquelas que ainda não foram deliberadas serão objeto de discussão nas próximas reuniões. Entre as ações urgentes destacam-se;

1) Encaminhamento do processo de colação de grau dos formandos 2017.2

2) Encaminhamento do processo de migração para o segundo ciclo

3) Encaminhamento do cronograma de escolha de dirigentes cuja resolução foi aprovada no último dia 18 de setembro, processo esse iniciado em 2016.

É importante salientar que todos os esses encaminhamentos tem como base o princípio da legalidade e legitimidade, o primeiro seguindo o que tem sido feito até aqui, onde o CONSUNI, como instância deliberativa máxima da instituição, tem legislado sobre todas as questões acadêmicas e administrativas, através de resoluções que tem regulado uma série de ações da instituição a exemplo da criação de cursos de primeiro, segundo e terceiro ciclo, estabelecimento de Políticas de Ações Afirmativas, Políticas de Sustentabilidade, só para citar algumas. O segundo a partir da constituição de um Conselho onde a ampla maioria dos seus membros foram eleitos por seus pares, seguindo a legislação vigente, passando pelo crivo da comunidade. Continuaremos a trabalhar com a inclusão através da ampliação e aprimoramento dos Colégios Universitários, da política de cotas, que deve ser ampliada e aprimorada. Por fim continuamos a seguir o caminho da universidade inclusiva e inovadora sem mudanças significativas que não passem por uma ampla discussão com a comunidade.

Itabuna, 02 de Outubro de 2017

Joana Angélica Guimarães da Luz 
Vice-Reitora no exercício do cargo de Reitora

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Naomar Almeida pede exoneração do cargo e reclama de golpes internos
Naomar Almeida pede exoneração do cargo e reclama de golpes internos

O reitor pro tempore da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Naomar Almeida, pediu exoneração do cargo. Carta foi encaminhada ao ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo Naomar afirmou durante reunião do Conselho Universitário (Consuni), a decisão se dá em caráter irrevogável.

O reitor reclamou de golpes internos. Disse ele que um grupo tentou diminuir o feito até agora, sem ter grandeza do que significa o Projeto UFSB, segundo fontes do PIMENTA.

Preocupado com os destinos da UFSB, Naomar disse que não coloca sua decisão em discussão e já definiu um pacto de governabilidade para que a universidade não sofra solução de continuidade.

SEM RANCOR

A decisão, afirmou, é tomada sem rancor ou ressentimentos. Ele se compromete a continuar colaborando pela consolidação da UFSB. As questões internas da universidade não foram expostas na missiva ao ministro da Educação.

A UFSB deverá escolher novo reitor até o final deste ano. O prazo de apresentação de chapas é 8 de novembro. Até aqui, apenas o nome de Joana Guimarães é ventilado. A votação está prevista para dezembro.

RETORNO AO CARGO

Grupos de estudantes e professores decidiram, ao final da reunião do Consuni, criar movimento pela continuidade de Naomar. Como o pedido de exoneração do cargo é irrevogável, o grupo afirmou que trabalhará para que o professor, também ex-reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), dispute a eleição, retornando ao cargo.

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…E, PARA TANTO, FOI PRECISO QUE OS ESTUDANTES CHUTASSEM A PORTA DO PALÁCIO

sandro ferreiraSandro Ferreira | sandrosf@gmail.com

Era preciso radicalizar ainda mais o caráter inclusivo da UFSB para aqueles que aqui já estavam – em sua ampla maioria cotistas – e para aqueles que aqui ainda não estavam, por conta das próprias limitações da lei, como quilombolas, indígenas aldeados e populações transgêneros.

 

Nenhum intelectual sério, nenhum pesquisador dedicado, nega o papel fundamental das Ações Afirmativas na transformação simbólica da universidade brasileira. Mas ainda temos a difícil tarefa de reconhecer o potencial (e fazer valer) deste processo, ainda em curso, para uma transformação epistemológica do nosso principal espaço de produção de conhecimento: a UNIVERSIDADE PÚBLICA.

O último ciclo de expansão do ensino superior brasileiro, entre 2012 e 2014, produziu quatro novas universidades públicas, todas no eixo histórico da exclusão política e educacional, no Norte-Nordeste. As escolhas das regiões, onde cada uma das quatro novas universidades se instalaria, guardavam consigo enorme simbolismo e potencial transformador da própria concepção de universidade.

A região do Cariri, no Ceará, com o simbolismo político e religioso de Juazeiro do Norte; a região do sul e sudeste do Pará, com a luta pela resistência ecológica dos povos de Marabá e região; a região do oeste baiano, marcado por um desenvolvimento predatório e excludente do agronegócio do entorno de Barreiras; e a região do sul da Bahia, com toda sua beleza cultural articulada a toda a sua sabedoria ancestral, fruto dos povos indígenas e quilombolas que ainda resistem entre Itabuna e Teixeira de Freitas.

Neste sentido, é preciso esperar mais das universidades, mais do que apenas a oferta de vagas e a reprodução dos modelos clássicos de ensino universitário direcionado para os setores sociais que só pensam suas vidas e trajetórias por meio do saber moderno acadêmico.

A UFSB em sua construção inicial se propôs esta tarefa. Reuniu colaborações diversas vindas dos quatro cantos do Brasil, com experiências ímpares e interessadas em construir uma universidade inclusiva e democrática, mas, sobretudo, crítica dos saberes constituídos na universidade moderna. Mas, nesta crítica, deveria caber o novo, resultante da articulação do acúmulo teórico-epistemológico da universidade moderna com os saberes pluriepistêmicos ofertados na região por meio de suas comunidades tradicionais. Alguns percalços no caminho nos fizeram desviar um pouco desta potencialidade. Precisamos radicalizar a democracia interna para reascender esta tarefa.

Em outro campo, não menos importante, a UFSB produziu ainda em 2013 uma adesão ampla aos mecanismos recém-consolidados de inclusão e ação afirmativa: o ENEM, o SISU e a Lei de Cotas. Sobre esta última, a opção por aplicar integralmente a lei (que só previa a obrigatoriedade da aplicação integral em 2016) já no primeiro processo seletivo, foi efetivada por meio da ampliação simbólica da reserva de 50% para 55%, acompanhado da criação dos Colégios Universitários, enquanto mecanismo de aproximação com os egressos de escola pública (refletido na cota específica de 85%).Desde então, pouco avançamos em nossa adesão à Lei de Cotas. Demoramos, e eu diria, até resistimos ao imperativo legal da aplicação da Lei 12.711/2012 também na transição do primeiro ao segundo ciclo da graduação.

Talvez influenciados por uma leitura romântica e antissociológica da formação geral e da formação interdisciplinar do primeiro ciclo – que teria o potencial de equalizar desigualdades de oportunidades educacionais que reconhecíamos existir na passagem do ensino médio para a universidade – acabamos induzidos a esta demora excessiva para discutir tal questão.

Há que se dizer que esta vacilação foi encontrada também na UFBA, que só passou a aplicar a lei de cotas na passagem ao segundo ciclo agora em 2017, e em outras universidades baianas que também têm regime de ciclos (de modo complementar), como a UFOB e a UNILAB.

Mas, na UFSB, o incômodo quanto à possibilidade de termos uma representação étnico-racial no segundo ciclo – especialmente em áreas simbolicamente tão importantes na reprodução de status quo como a Medicina -, bem distinta daquela que efetivamos no primeiro ciclo com a Lei de Cotas, chamou a atenção de uma parte dos professores e gestores, bem pequena, diga-se de passagem. Eu mesmo, que passei os últimos dois anos estudando e militando por esta causa, fui instado a esta reflexão pela professora Joana Angélica, vice-reitora, que, após um conjunto de reuniões com os estudantes, me solicitou a produção de um estudo sobre o perfil provável dos ocupantes das vagas na Medicina sem a aplicação da Lei de Cotas. Pouco ou nenhum efeito teve este estudo.

Reunião do Conselho Universitário em que foi aprovado percentual de cotas para o segundo ciclo ||Foto Saulo Carneiro
Reunião do Conselho Universitário em que foi aprovado percentual de cotas para o segundo ciclo ||Foto Saulo Carneiro

Os estudantes, empoderados justamente pelo ideal de inclusão proposto em nossos documentos oficiais, resolveram comprar esta briga. E em junho de 2016 iniciaram a qualificação do debate por meio de um grupo de discussão no Facebook, chamado Cotando UFSB. E, aqui, cabe o registro histórico, para a devida localização daqueles sujeitos responsáveis por um conquista que, no futuro, terá papel fundamental na transformação social e política do sul-baiano.

Nomes como Letícia Lacerda, Emerson Mendes, Kaline Goncalves, Jorge Miguel, Vicente Izidro e Saulo Carneiro, dentre muitos outros, precisam ser lembrados por mim – enquanto pesquisador do tema – enquanto sujeitos destacados deste processo. Com estes, tive a oportunidade de discutir diversas vezes, muitas madrugadas inclusive, cada aspecto legal, cada demanda específica e cada estratégia política diante da tarefa de garantir o óbvio: a aplicação do que determinava a Lei de Cotas em seu Artigo 1o.

As instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. (grifo nosso)

Mas se para mim já era um grande feito garantir os 55%, já aplicados no primeiro ciclo, na passagem aos cursos do segundo ciclo, para estes estudantes isso era pouco. Era preciso radicalizar ainda mais o caráter inclusivo da UFSB para aqueles que aqui já estavam – em sua ampla maioria cotistas – e para aqueles que aqui ainda não estavam, por conta das próprias limitações da lei, como quilombolas, indígenas aldeados e populações transgêneros.

E, nesta direção, demostrando uma coragem ímpar, insistiram na proposição de 75% de reserva para egressos de escola pública, apoiados nos dados da composição atual dos estudantes da UFSB; apoiados no fato de termos muitos estudantes ingressos através da ABI com sua cota de 85%; e apoiados nos dados dos egressos de escola pública e da população preta, parda e indígena da região sul da Bahia.

E, no histórico dia 1º de setembro de 2017, foi aprovado o novo sistema de reserva de vagas da UFSB, com 75% para egressos de Escola Pública e adoção de vagas supranumerárias para outros segmentos que não são especificamente citados pela lei.

Cabe também o destaque acerca da sensibilidade demostrada pela maioria do Consuni sobre a necessidade de um programa de transição, que considere o direito dos estudantes já ingressos na UFSB pela ampla concorrência de alcançarem o seu lugar no segundo ciclo, a partir de parâmetros condizentes com aqueles previstos na sua entrada. É preciso como passo urgente, formalizar e organizar estas normativas internas, sob pena de aumentarmos as condições de angústia e adoecimento em curso por conta da demora institucional em organizar este processo.

Agora, cabe aos gestores, aos estudantes e aos demais interessados no tema a tarefa de consolidar esta conquista e qualificar os mecanismos de seleção e subdivisões internas, garantindo ao máximo os resultados desejados com o novo sistema de cotas da UFSB.

Vida longa ao desejo de fazer desta universidade um instrumento real de transformação social, uma coisa pública que ajude a superar o histórico de desigualdades do sul da Bahia, sobretudo sobre a sua população majoritariamente negra e indígena.

Vida longa aos estudantes que lideraram esta batalha. Que estes nomes sejam lembrados, como sujeitos históricos em luta, nos livros que virão a contar os caminhos desta conquista.

Sandro Ferreira é professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

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UFSB anuncia novo concurso público para professor || Foto Pimenta
UFSB anuncia novo concurso público para professor || Foto Pimenta

Menos de uma semana após anunciar processo seletivo para contratação temporária de professor substituto, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) informou que está concluindo edital de concurso público com 57 vagas para docentes efetivos.

A previsão é de que o edital seja publicado na próxima terça (22).

As vagas do certame, conforme a reitoria da UFSB, serão distribuídas entre os três campi da universidade em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Das vagas que devem ser oferecidas, 18 são para professores com carga horária semanal de 40 horas e dedicação exclusiva. As outras 39 são vagas para professores com carga horária semanal de 20 horas.

As vagas estão destinadas a professores de áreas da Medicina, Direito, Engenharias, Artes e Ciências, dentre outras. O edital será publicado no Diário Oficial da União (DOU) e no site da UFSB.

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Alunos da UFSB pedem adoção irrestrita de sistema de cotas (Foto Gabriel Oliveira).
Alunos da UFSB pedem adoção irrestrita de sistema de cotas (Foto Gabriel Oliveira).

Alunos da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) iniciaram movimento para que seja implantado sistema de cotas para o segundo ciclo de todos os cursos de graduação. Por meio das redes sociais, estudantes começaram a coletar assinatura, feita por meio de uma plataforma digital (confira aqui). Somente os estudantes participam do abaixo-assinado. No sul da Bahia, instituições públicas de ensino como a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) adotam o sistema de cotas.

Diferentemente de outras instituições, a UFSB adota sistema inovador de bacharelado e licenciatura interdisciplinares para os semestres iniciais (primeiro ciclo), quando os alunos de cada área escolhida estudam conteúdos comuns. As cotas funcionam apenas para esta fase inicial.

As disciplinas específicas são oferecidas a partir do segundo ciclo, período em que o aluno escolhe o curso em uma das quatro áreas de bacharelados (Artes, Ciências, Humanidades e Saúde) ou licenciatura (Artes, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais, Linguagens e Códigos e Matemática e Computação).

“Entendemos que as cotas se constituem como um mecanismo imprescindível para a promoção da equidade nos cursos de 2º ciclo propostos pela UFSB. É imperativo afirmar que esta luta se constitui como demanda comum a todos os cursos, não sendo restrita a progressão para Medicina. Assinam este documento, portanto, discentes das diversas áreas do conhecimento e saberes existentes na instituição”, expressa o documento.

Os articuladores do sistema de cotas ainda citam repúdio coletivo a “toda tentativa de desqualificação e silenciamento da discussão das cotas, entendemos esta como uma luta de princípio”. “Além de tudo, é importante reiterar que o território do Extremo Sul da Bahia se constitui como região eminentemente indígena e negra, dessa forma uma não politica afirmativa neste sentido feriria o Plano Orientador da instituição, este que assume compromisso com o desenvolvimento regional, econômico e social.” Atualizado às 14h37min.

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Universidade divulga resultado das provas (Foto Gabriel Oliveira).
Universidade divulga resultado das provas (Foto Gabriel Oliveira).

A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) divulgou, há pouco, o resultado do concurso público para preenchimento de 53 vagas para servidores técnicos-administrativos.

Cerca de 7,3 mil candidatos fizeram as provas, no último dia 5, para cargos de níveis médio e superior. Os aprovados serão contratados para os campi da UFSB em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Confira o resultado.

NÍVEL SUPERIOR

Analista de Tecnologia da Informação

Demais Cargos

NÍVEL MÉDIO

Técnico em Tecnologia da Informação

Demais Cargos

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Álamo-PimentelÁlamo Pimentel

 

O que se apresenta é apenas o início de uma transformação há muito reivindicada mas, até o momento, bloqueada pela ausência de projetos capazes de articular de forma orgânica e eficaz diferentes esferas do poder público na implantação de políticas educacionais.

 

A integração dos Sistemas de Ensino no Brasil constitui um dos mais importantes desafios para as políticas educacionais nacionais nos últimos anos. É preciso superar os obstáculos que hoje separam as esferas municipal, estadual e federal e geram desigualdades nos processos e estruturas de gestão na educação pública.

A Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB, em cooperação com a Secretaria Estadual de Educação, adianta-se no cumprimento desta importante missão histórica e inicia neste fevereiro de 2016 a implantação dos Complexos Integrados de Educação (CIEs) da rede estadual de ensino médio do Sul da Bahia.

Essa iniciativa implica profunda transformação dos modelos escolares que até então conhecemos. As escolas que aderirem ao projeto CIE passam de turno único para turno integral (manhã e tarde), implantando o conceito de Educação Integral. Para tanto, a UFSB assume a coordenação pedagógica das escolas, tornando-as campo de práticas para que os estudantes das Licenciaturas Interdisciplinares possam qualificar seus conhecimentos no convívio com os cotidianos e práticas escolares, oferecendo residências pedagógicas articuladas a programas de formação continuada dos profissionais da educação e produzindo inovações curriculares capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Os primeiros CIEs instalam-se nos municípios de Itabuna, Porto Seguro e Itamaraju. A previsão é que, nos próximos anos, novos CIEs sejam criados com efetiva ampliação da participação de outras instituições. Ao articular ensino superior e educação básica, historicamente apartados, o projeto CIE busca, também, consolidar a qualificação do trabalho docente desenvolvido nas escolas. Assim, a formação de futuros profissionais da educação se dará em diálogo amplo e profundo com o contexto real das escolas e da região em que cada escola se localiza. Acrescente-se a este aspecto o trabalho incessante na busca por inovações pedagógicas em consonância com o que hoje preconizam os Planos Nacional e Estadual de Educação.

O que se apresenta é apenas o início de uma transformação há muito reivindicada mas, até o momento, bloqueada pela ausência de projetos capazes de articular de forma orgânica e eficaz diferentes esferas do poder público na implantação de políticas educacionais. Assim, a UFSB busca um novo modo de ver, fazer e sentir a escola e a educação. Acreditamos na transformação do presente visando à construção de um futuro viável para a elevação da qualidade da educação pública na Bahia, e, quem sabe, no Brasil.

Álamo Pimentel é diretor de ensino-aprendizagem da Pró-Reitoria de Gestão Acadêmica da UFSB.

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Naomar Almeida anuncia início de obras da sede definitiva da UFSB.
Naomar Almeida anuncia início de obras da sede definitiva da UFSB.

As obras de construção do novo campus Jorge Amado, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Itabuna, começarão em novembro, de acordo com o reitor Naomar Almeida em entrevista ao Blog do Thame. O governador Rui Costa virá a Itabuna para a assinatura da ordem de serviço, na próxima sexta (6.nov.15).

O campus será erguido construído em um terreno entre os municípios de Ilhéus e Itabuna. Desde 2013, quando foi instalado, o campus Jorge Amado e a reitoria da UFSB funcionam em um imóvel em Ferradas, às margens da Rodovia Itabuna-Ibicaraí (BR-415).

A licitação para construção do campus está sendo feita nesta quinta (29). Segundo o reitor Naomar Almeida, 13 empresas participam do certame. Este é o primeiro passo para a implantação da sede definitiva da universidade.

A UFSB iniciou as atividades acadêmicas em 2013. Hoje possui 163 docentes, sendo 162 deles doutores, 140 servidores e matriculados 1.410 alunos. A instituição conta com três campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas). Confira mais no site.

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Felipe de PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

 

Uma Universidade de fato apropriada pelo povo pode promover revoluções inimagináveis. Tudo isso, por ser o que ela deve ser sempre: um Lugar de Arte.

 

Se questionado fosse a respeito de qual lugar a universidade deve ocupar, me atreveria a assinalar: um lugar de e da arte. Universidade, para muito além de distribuir diplomas e oferecer capacitação técnica, deve ser um espaço de capacitação humana. Independente da área de formação escolhida pelo estudante, o exercício e a fruição da arte se configuram como ações essenciais para o indivíduo contemporâneo.

Em tempos de uma vida cada vez mais acelerada, de mais atribuições e menos tempo disponível, não despendemos mais tempo para a contemplação. O ensinar e o aprender, outrora praticados com preciosismo, convertem-se em mera troca comercial a ser realizada com rapidez a fim de aumentar os ganhos. Trabalhemos por uma universidade onde se capacite um bom profissional, mas se transmitam também o respeito, o cuidado com o outro, a sensibilidade na formação. Tais atributos devem estar presentes em um bom médico, um bom advogado, um bom filósofo, um bom engenheiro, em qualquer profissional, em qualquer pessoa.

A universidade é lugar de produzir arte e de fruirmos arte. Na UFSB, temos logo no primeiro período letivo, como componente obrigatório para todas as áreas o Experiências do Sensível. A partir de um tema norteador, os estudantes são convidados a repensar e observar seu cotidiano sob uma perspectiva sensível, ligada à terra, à água, aos sons e aos saberes que formam seu território.

Exercícios expressivos, sob perspectiva artística, estimulam futuros engenheiros, médicos, professores, agrônomos e outros sujeitos em formação, a praticarem a contemplação produtiva em suas vidas. Como resultado, esperamos profissionais mais comprometidos, com uma perspectiva mais humanista e maior percepção de coletivo. Enquanto planejávamos o componente curricular, imaginávamos encontrar resistências entre os discentes. Encontramos, em sua absoluta maioria, emoções e depoimentos impressionados belo bem que tal prática oferece.

Universidade também é lugar de produção artística. De jovens (ou não) estudantes, ocuparem o campus com suas mais variadas formas de intervenção. Artes visuais, poesia, exposições fotográficas, teatro, música. Os estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Artes do Campus Jorge Amado (arte até no nome), turma noturna 2015.2, criaram e executam sob minha orientação o projeto Universarte.

Semanalmente o campus é tomado por apresentações nos intervalos das aulas. Bandas musicais, cantores solo e exposições fotográficas já tomaram o espaço universitário. Poesia, teatro e mais música ainda virão pela frente. Talentos diversos que fazem um papel fundamental para o sucesso de uma universidade: a comunidade acadêmica (ou não, afinal têm surgido visitantes externos para as apresentações) entender aquele espaço como dela. E uma Universidade de fato apropriada pelo povo pode promover revoluções inimagináveis. Tudo isso, por ser o que ela deve ser sempre: um Lugar de Arte.

Felipe de Paula é professor do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da UFSB.

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Veridiano aprova parceria institucional de Ceplac e UFSB (Foto Pimenta).
Veridiano aprova parceria institucional de Ceplac e UFSB (Foto Pimenta).

O diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Sintsef), José Carlos Veridiano, o Badega, elogiou a parceria institucional entre a Ceplac e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) que resultou, entre outros avanços, na doação de um terreno onde será erguida a primeira etapa do patrimônio físico da universidade. A transferência da área de 37 hectares ocorreu na terça-feira (9).

De acordo com o sindicalista, a parceria vai permitir à Ceplac se reinventar como órgão fomentador do desenvolvimento regional. “A Ceplac, em sua atual configuração, já não consegue dar as respostas que um dia deu, embora ainda seja o principal órgão público com essa vocação na região. Por seu lado, a universidade ainda não dispõe dos meios e da expertise que nós temos, mas chega com um time de especialistas e com tecnologias que muito nos ajudarão em nossa missão”.

Segundo Badega, que é servidor da Ceplac, o terreno é uma pequena parte dentro de um grande arco de ações que resultarão, em breve, em mais desenvolvimento, mais empregos e melhores condições de vida para nossa região.

“Eu vejo, por exemplo, o atendimento ao produtor – de um público específico – por meio de videoconferência, a partir da tecnologia de banda larga que a UFSB está trazendo. Mas vejo também professores, estudantes e nossos pesquisadores interagindo em busca de soluções para os problemas do cacau e das demais culturas que estiverem sendo desenvolvidas aqui”.

AVANÇOS

Badega lembra que ainda durante governo do hoje ministro da Defesa Jaques Wagner, ele, juntamente com outros ceplaqueanos, se reuniram por algumas vezes com o então governador, para tratar da parceria com a USFB, da reestruturação da Ceplac e posterior realização de concurso para contratação de pessoal.

Ele observa que esse esforço levou o mundo político a referendar a modernização da Ceplac, em forma de assinatura de um pedido conjunto, pelos deputados estaduais da Bahia, de sua reestruturação e a posterior realização do concurso. “Então, essa parceria Ceplac/UFSB tem sido benéfica e vai nos ajudar enquanto instituição, mas trará um resultado muito mais expressivo para o desenvolvimento regional”, declara José Carlos Veridiano.

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Reitor Naomar Almeida em solenidade que assegurou terreno para a UFSB (Foto Josivaldo Dias-SecomBA).
Reitor Naomar Almeida em solenidade que assegurou terreno para a UFSB (Foto Josivaldo Dias-GovBA).

O processo de consolidação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) avançou com a assinatura, nesta terça-feira (9), do Termo de Cessão de um terreno da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão do Ministério da Agricultura. A área de 37 hectares, localizada em Ilhéus e parte em Itabuna, vai ser utilizada para a instalação da reitoria e do campus Jorge Amado.

A área, como o PIMENTA mostrou no sábado (6), abrigará laboratórios, salas de aulas e demais estruturas do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, do Centro de Formação em Tecnociências e o Centro de Formação em Agroflorestais.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Manoel Mendonça, que representou o governador Rui Costa na solenidade, destacou ser “este um momento histórico para o sul da Bahia, já que a educação é o caminho para a retomada do desenvolvimento regional”.

AÇÕES INTEGRADAS

Para o reitor da UFSB, Naomar Almeida, a cessão do terreno pela Ceplac vai agilizar a instalação dos equipamentos, incluindo um polo de tecnologia. “A universidade tem um papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico do sul da Bahia”, afirmou, defendendo ações integradas pelos governos federal e estadual e a sociedade organizada, a exemplo do Programa Todos pela Educação, que tem a UFSB como parceira.

Para a reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Adélia Pinheiro, a UFSB e a Uesc vão somar esforços para superar os desafios. Estes desafios, disse, “passam por um período de transformações em que a cultura do cacau é importante, mas inclui setores como serviços, tecnologia e agroindústria, gerando um modelo de desenvolvimento sustentável”.

Já o prefeito de Ibicaraí e presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), Lenildo Santana, destacou a união em torno de “um projeto que trabalha por uma educação universalizada e de qualidade, do ensino fundamental ao ensino superior, que resulta em inclusão social e oportunidades para todos”.

Além da área cedida pela Ceplac, a Universidade Federal do Sul da Bahia vai dispor de mais 40 hectares doados pela Prefeitura de Itabuna e outros 40 hectares pela Prefeitura de Ilhéus, totalizando 117 hectares para o campus Jorge Amado.

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Juvenal, da Ceplac, e o reitor da UFSB, Naomar Almeida.
Juvenal, da Ceplac, e o reitor da UFSB, Naomar Almeida.
Áreas da Ceplac que serão doadas para a UFSB (Clique para ampliar).
Áreas da Ceplac que serão doadas para a UFSB (Clique para ampliar).

Será concretizada durante solenidade na terça-feira (9), a doação do terreno onde será construída a primeira etapa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) vai formalizar a doação, pela Ceplac, de uma área de 37 hectares. Após a solenidade, a universidade deve lançar o edital de licitação para a construção dos módulos.

Nessa área vão funcionar o Centro de Formação em Ciências e Tecnologias Agroflorestais e o Centro de Formação em Tecnociências e Inovação, além de outros equipamentos do campus Jorge Amado.

De acordo com o reitor da UFSB, Naomar Almeida, esse evento vai marcar o lançamento do plano diretor ambiental e de construções do patrimônio físico da universidade. “Com isso, já vamos poder desencadear os processos licitatórios que, por sua vez, necessitam dos projetos arquitetônicos, também já encaminhados”.

O superintendente da Ceplac, Juvenal Maynart, que encaminhou a doação, não vê prejuízos para a instituição. Pelo contrário, enxerga uma volta por cima para a Ceplac. “O que está ocorrendo é uma mudança de paradigma, com a Ceplac saindo de uma condição de estagnação institucional para a de sócia e artífice de um novo ciclo de desenvolvimento regional”.

DESAPROPRIAÇÃO SEM FIM

Como era até previsível, embora a construção do campus comece por Ilhéus, nada tem a ver com a doação prometida pelo município que foi levado ao mundo pelo patrono da universidade. Assim como o colega Claudevane Leite, prefeito da terra onde nasceu Jorge Amado, Jabes Ribeiro ainda não concretizou a parte que lhe cabe – doar – nesse pequeno latifúndio. O processo de desapropriação segue – sem fim – nas terras de Jorge.