Ministro Lewandowski deixa STF após 17 anos || Foto Fernando Frazão/ABr
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixa hoje (11) o cargo, após ter antecipado em um mês sua aposentadoria. Ele completa 75 anos em 11 de maio, data em que seria aposentado compulsoriamente.

Lewandowski deixa o gabinete com um acervo de 780 processos, que devem ser herdados por seu sucessor. A partir desta terça-feira (11), cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um novo nome para a cadeira do ministro. Quando anunciou sua aposentadoria, o ministro disse não ter feito indicações a Lula.

Não há prazo para a nova indicação. Lula embarca nesta terça para a China, de onde retorna no próximo domingo (16). Em café da manhã com jornalistas no início do mês, o presidente disse “não ter pressa” para fazer a indicação. “A escolha do substituto dele [Lewandowski] será feita por mim no momento que eu achar que tenha que fazer”, afirmou.

Até o momento, o único nome citado publicamente por Lula foi o do advogado Cristiano Zanin, que o defendeu nos processos da Operação Lava Jato. Nas últimas semanas, intensificaram-se as pressões e campanhas por outros cotados, em especial uma mulher, preferencialmente negra. Lula, contudo, tem rejeitado assumir qualquer compromisso sobre o perfil do indicado.

Antes de assumir, o indicado pelo presidente deverá ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ser aprovado no plenário da Casa, por maioria absoluta (41 votos).

CARREIRA

Com a saída do Supremo, Lewandowski deverá voltar a advogar e focar na carreira acadêmica, segundo contou a jornalistas. Ele é formado pela Universidade de São Paulo (USP), mesma instituição pela qual se tornou mestre e doutor e na qual leciona desde 1978.

Sua passagem pelo Supremo, onde chegou em 2006 por indicação do próprio Lula, ficou marcada pelo chamado garantismo, corrente que tende a dar maior peso aos direitos e garantias dos réus em processos.

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A médica Adélia Pinheiro será a nova secretária de Saúde do Estado da Bahia. Ela substitui Tereza Paim, neonatologista que ocupava o cargo, interinamente, desde agosto de 2021. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (4), pelo governador Rui Costa, que agradeceu a Tereza pela dedicação e pelos serviços prestados ao estado.

A nomeação será publicada na edição de sábado (5) do Diário Oficial. Adélia Pinheiro tem mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Ela já foi reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), da qual é professora concursada, e estava à frente da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Cláudia Latronico fala sobre os distúrbios nesse período de pandemia
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Estresse e ansiedade têm sido consequências da pandemia e do isolamento social. Segundo a médica Ana Cláudia Latrônico, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado de São Paulo (USP), a alteração hormonal afeta as noites de sono, a alimentação, a libido, a capacidade de concentração e, em determinados casos, pode necessitar de auxílio médico.

Cláudia Latrônico explica que o estresse na pandemia pode ser ocasionado pelo medo, preocupação com a própria saúde ou de seus familiares, mudanças nos padrões de sono e alimentação e levar a dificuldades de atenção, memória e processos cognitivos.

Ela conta que alguns pacientes tiveram agravamento dos seus problemas de saúde crônicos, às vezes relaxaram a atividade física e o uso de medicamentos. E uma preocupação que eu tenho é o maior consumo de álcool, cigarro e drogas nesse período de isolamento.

A médica informa que o estresse é uma resposta a situações de perigo ou medo e leva o organismo a responder com mobilização de energia, preparação do sistema nervoso central e ativação intensa do hormônio cortisol, que faz parte do sistema hormonal ligado à glândula suprarrenal.

REAÇÃO POSITIVA

É uma reação positiva no primeiro momento, mas o estresse pode levar ao excesso de cortisol, o que causa impactos. “Pessoas muito estressadas podem ter diminuição do sistema reprodutivo, então algumas mulheres vão deixar de menstruar, alguns homens e mulheres vão ter menos libido”.

Ela acrescenta que às  vezes vai ter mudança no padrão alimentar, com a necessidade de aumentar a quantidade de energia e ingestão de carboidratos. “Esse estresse contínuo pode ter, sim, impacto não só no sistema ligado ao cortisol, mas aos sistemas endócrinos interligados, entre eles o sistema reprodutivo e a parte metabólica”.

Para Cláudia Latrônico, em casos leves ou moderados de estresse, não há necessidade de medicação, mas há recomendações para cuidar do corpo e da mente. “Primeiro, cuide do corpo. Se acalme, tente ter refeições saudáveis e equilibradas, se possível faça uma atividade física regular, tente dormir o suficiente, evite o excesso de álcool e tente manter uma rotina”.

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Pesquisadores estudam a Covid-19|| Foto Sandra Meira
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Uma pesquisa genômica que está sendo realizada no recém-inaugurado Instituto de Pesquisa para o Câncer (Ipec), em Guarapuava, Paraná, terá como objetivo identificar fatores genéticos que possam estar relacionados com a gravidade da covid-19.

Para realizar o estudo, que possui participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), serão coletadas, ao longo de quatro meses, amostras de sangue e tecidos de pacientes com manifestações clínicas leves, moderadas e graves da doença, obtidas de instituições de saúde dos estados do Paraná e de São Paulo.

O professor Wilson Araújo da Silva Jr., do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, explica que o grande diferencial é que serão observados dois aspectos que já estão sendo estudados, mas não em conjunto: as características genéticas do paciente e do vírus que o infectou. Wilson está colaborando com o estudo.

FATORES DE RISCO

A covid-19 possui alguns fatores de risco como idade avançada, obesidade e a presença de comorbidades como câncer, diabete e doenças cardiovasculares. Além disso, os homens são levemente mais propensos a morrer de covid-19 do que as mulheres.

O estudo será composto com pacientes que contraíram o novo coronavírus, divididos grupos, um deles formado por pacientes com quadro clínico grave e mantidos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com ventilação pulmonar. O segundo grupo composto por pacientes com quadro clínico moderado, internados na enfermaria, que foram curados sem a necessidade de transferência para a UT.

O terceiro  e o último grupo formado por pacientes com quadro clínico leve ou assintomáticos em isolamento social. As pesquisas também terão um olhar especial em casos de síndrome respiratória aguda grave com evolução clínica atípica.

Bahia tem quase 90 mil casos confirmados de covid-19
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Uma vacina por spray nasal é a nova aposta da Universidade de São Paulo (USP) contra a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. O modelo de imunização, já testado em camundongos contra hepatite B, foi redirecionado para tentar frear a disseminação do vírus SARS-Cov-2.

A equipe, coordenada pelo médico veterinário Marco Antonio Stephano, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, desenvolveu uma nanopartícula a partir de uma substância natural. Dentro dela, foi colocada uma proteína do vírus.

Uma vez administrada, dentro das narinas, espera-se que o corpo produza a IgA secretora – anticorpos presentes na saliva, na lágrima, no colostro e em superfícies do trato respiratório, intestino e útero. “Além de inibir a entrada do patógeno na célula, a vacina impedirá a colonização deles no local da aplicação”, explica Stephano.

NANOPARTÍCULA

A nanopartícula criada pelos pesquisadores possui propriedade muco-adesiva, ou seja, permite que o material permaneça nas narinas de 3 a 4 horas até ser absorvido pelo organismo e ativar a resposta imune. Essa especificidade impede, também, que o antígeno seja expelido pelo organismo por meio de espirros.

A imunoglobulina A (IgA) é um anticorpo produzido por plasmócitos – células de defesa diferenciadas a partir dos linfócitos B – quando há um agente invasor, juntamente com outras imunogloblinas, como a IgG.

Já a IGA secretora (sIgA) é a imunoglobulina A presente nas secreções e superfícies dos organismos e, devido ao componente secretor, tem a capacidade de atravessar as membranas das mucosas. Desta forma, a IgAs torna-se o primeiro anticorpo a neutralizar o vírus.

Stephano trabalha no desenvolvimento de modelos vacinais na USP desde 2009. O primeiro foi desenhado para imunizar filhotes de cães contra a parvovirose. “Pensamos nos animais que ficam desprotegidos do desmame até a primeira dose da vacina injetável v8, aplicada aos 40 dias de vida”, diz o veterinário.

Logo depois, um aluno de doutorado procurou o pesquisador com a ideia de produzir uma vacina contra a hepatite B. “Testamos em camundongos e, depois de 15 dias, eles estavam imunizados”, comemora. A tecnologia serviu de base para o desenvolvimento da vacina contra a COVID-19.

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Extrato de cannabis é liberado para tratamento
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A Universidade de São Paulo (USP) informou, nesta segunda-feira (11), que o primeiro extrato de canabidiol desenvolvido no Brasil já está sendo comercializado nas farmácias de todo o País. O produto é resultado de uma parceria entre a indústria farmacêutica e cientistas da USP, que há décadas pesquisam possíveis aplicações farmacêuticas para compostos derivados da planta Cannabis sativa — a maconha.

Fabricado pelo laboratório Prati-Donaduzzi, no Paraná, o produto foi liberado para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 22 de abril, e os primeiros lotes foram entregues ao mercado neste início de semana. Mas não adianta procurar por ele nas prateleiras — a venda está condicionada à apresentação de receituário tipo B (azul), de numeração controlada, a exemplo do que já ocorre com calmantes, antidepressivos e outras substâncias psicoativas, que atuam sobre o sistema nervoso central.

Diferentemente do medicamento Mevatyl (ou Sativex) — único canabidiol disponível no mercado nacional até agora, produzido pela britânica GW Pharma —, que tem indicação específica para o tratamento de espasticidade (contrações musculares involuntárias) relacionada à esclerose múltipla, o produto brasileiro foi registrado como um fitofármaco (fármaco de origem vegetal), sem indicação clínica pré-definida. Isso significa que ele pode ser receitado para qualquer condição em que o canabidiol seja considerado potencialmente benéfico para o paciente.

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Médica Carol França participa de congresso de oftalmologia da USP
A médica Carol França, do Hospital Beira Rio, em Itabuna, participou do 22° Congresso de Oftalmologia e do 21º Congresso de Auxiliares em Oftalmologia da Universidade de São Paulo (USP). Os dois eventos foram encerrados no último sábado (30), no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista, reunindo profissionais em oftalmologia de todo o país.

Os congressos técnicos ofereceram programa para atualização e educação continuada, com simpósios e palestras abordando as diversas subespecialidades da Oftalmologia. Também foram ofertados mais de 30 cursos com abordagem sobre os aspectos mais importantes da especialidade. Os congressos tiveram a participação de palestrantes internacionais e nacionais associados ao corpo docente de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da USP.

A médica Carol França é especialista em Catarata. Para a direção do Hospital Beira Rio, a participação da médica reforça o compromisso do hospital na formação continuada de seus profissionais e modernização permanente de seus equipamentos para assegurar qualidade e segurança no atendimento oftalmológico.

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Cláudio Rodrigues
 
 

Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito afirmou desejar um Brasil “semelhante ao que tínhamos há 40, 50 anos atrás”. Se voltarmos 50 anos, cairemos em 1968. Precisamos ter a esperança de que o futuro ministro da Justiça não faça como o colega e também ex-ministro Gama e Silva

 
 
1968 foi um ano conturbado, marcado por fatos que viraram de ponta cabeça o Brasil e o mundo. O jornalista e escritor Zuenir Ventura é um estudioso do referido ano. Em seu livro 1968: O Ano que não Terminou (Nova Fronteira – 1989), Zuenir cita importantes personagens, obras e músicas que fizeram parte do período.
Figuras emblemáticas como a atriz italiana e esquerdista Claudia Cardinale, o militante do MR-8 César Benjamin, “Cesinha”, que participou da luta armada, e Carlos Lamarca, “O Capitão da Guerrilha”, que militava na VPR e do MR-8 são personagens da obra de Zuenir. O livro faz referência a artistas que tiveram papel de suma importância nos anos que se passaram, a exemplo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Geraldo Vandré, que agitavam os festivais com suas músicas. Já o teatro era a representação do momento peças como Roda Viva. Atraíam uma geração com muita fome e sede de cultura.
Na política, o Brasil vivia uma grande tensão, passados quatro anos do Golpe Militar. A censura, punições, cassações, tortura, exílio e repressão eram a marca do governo dos generais. Diante do Regime, os estudantes inspirados no movimento Maio de 68, que acontecia em Paris, sentiram a necessidade de criar um movimento estudantil articulado politicamente e crítico em relação à Ditadura Militar.
Ao movimento estudantil os militares responderam com mais e mais repressão, e em 13 de dezembro de 1968, no governo do general Artur da Costa e Silva, o seu ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, foi o redator e locutor do Ato Institucional nº 5. O AI-5 foi o golpe dentro do golpe: fechava o Congresso Nacional, autorizava o presidente da República a cassar mandatos e a suspender direitos políticos, o habeas corpus deixava de existir, a censura estava oficializada e outras medidas repressivas foram adotadas.
Gama e Silva foi jurista, juiz do Tribunal de Contas, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e reitor da mesma USP. Enquanto reitor da USP, elaborou a lista com nomes de professores universitários, colegas seus, que viriam a ser processados no Inquérito Policial Militar da USP, entre os quais Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso. Pelo papel de dedo-duro de Gama e Silva foi agraciado com o cargo de Ministro da Justiça.
Outubro de 2018! O deputado e capitão reformado do Exercito Brasileiro Jair Messias Bolsonaro é eleito presidente do Brasil, na oitava eleição direta pós-Ditadura Militar. O presidente eleito escolhe para chefiar a futura super pasta da Justiça o juiz de direito Sérgio Fernando Moro. Moro tornou-se uma espécie de “herói nacional” depois de ser o juiz da Operação Lava-Jato, que desvendou um esquema de corrupção que envolvia políticos e seus partidos, empreiteiros e grandes empresários.
Juiz de primeira instância, Sérgio Moro usou e abusou da prisão preventiva, sem previsão, para obter delações premiadas. As delações tinham aceitação e valia rápida quando envolvia pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Dessa forma o “juiz herói”, mandou para a cadeia figuras de proa do PT, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista era líder nas pesquisas de intenções de voto e maior nome da esquerda na América Latina, em uma ação muito questionada por juristas do Brasil e do exterior, inclusive o Comitê de Direitos Humanos da ONU.
Mesmo preso e impedido pela justiça brasileira de disputar o pleito de outubro último, o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores lançaram seu candidato e a apenas a seis dias da disputa do primeiro turno das eleições o “juiz herói”, liberou parte da delação do ex-ministro dos governos petistas Antônio Palocci, delação rejeitada pelo Ministério Público Federal e aceita pela Policia Federal e o juiz Sérgio Moro. A divulgação da delação de Palocci fez a festa dos opositores do PT e por pouco o capitão reformado não levou a disputa já no primeiro turno.
Passado a eleição, o “juiz herói” é agraciado com o convite para assumir o Superministério da Justiça. Mais: o capitão reformado e presidente eleito diz, em entrevista à imprensa, que o trabalho do “juiz herói” o ajudou a crescer politicamente. Já o vice-presidente eleito, o general Hamilton Mourão, que não tem papas na língua, soltou que o convite ao juiz foi feito ainda durante a campanha, o que deixa uma imensa suspeita no ar em relação ao papel do “juiz herói” no processo eleitoral.

Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito afirmou desejar um Brasil “semelhante ao que tínhamos há 40, 50 anos atrás”. Se voltarmos 50 anos, cairemos em 1968. Precisamos ter a esperança de que o futuro ministro da Justiça não faça como o colega e também ex-ministro Gama e Silva, uma vez que existem algumas semelhanças nos “méritos” que os levaram a chefiar a pasta. Zuenir Ventura acertou: 1968 é o ano que insiste em não terminar.

Cláudio Rodrigues é consultor e colaborador de Pimenta.

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Kalid recebeu título de professor emérito pelo CNPq (Foto UFSB).
Kalid recebeu título de pesquisador emérito pelo CNPq (Foto UFSB).
O professor Ricardo Kalid, da Universidade Federal do Sul da Bahia, recebeu o título de Pesquisador Emérito pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A escolha foi feita pelo Conselho Deliberativo do CNPq em reconhecimento à contribuição do professor Kalid para a área das Engenharias e à sua carreira acadêmica e profissional. A solenidade, realizada no último dia 9, na Escola Naval, teve a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e do presidente do CNPq, Mario Neto Borges.

O título de Pesquisador Emérito foi instituído em 2005 e é concedido anualmente ao pesquisador brasileiro ou estrangeiro, radicado no Brasil há pelo menos 10 anos, pelo conjunto de sua obra científico-tecnológica e por seu prestígio junto à comunidade científica.

Além do diploma de Pesquisador Emérito do CNPq, o cientista agraciado recebe o direito a passagens e até seis diárias para participação em congresso científico no país ou no exterior, de sua escolha, que poderão ser utilizadas até 2018.

O pesquisador premiado também pode solicitar que o valor equivalente às diárias e passagens seja utilizado para custear despesas com pesquisador visitante, aquisição de insumos ou em atividade relacionada com a pesquisa científica e tecnológica.

Graduado e mestre em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e itabunense, Kalid é doutor em Engenharia Química pela USP (Universidade de São Paulo), além de decano pro tempore do Centro de Formação em Ciências, Tecnologias e Inovação da UFSB. Ele acumula prêmios de inventor pela UFBA (2009) e pelo IFBA (2011).

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Pílula contra o câncer terá fases de testes concluída em 7 meses (Foto Marcello Casal Jr.)
Pílula contra o câncer terá fases de testes concluída em 7 meses (Foto Marcello Casal Jr.)

A fosfoetanolamina, substância que vem criando polêmica nos últimos meses por ter sido anunciada como cura para o câncer, terá sua primeira fase de testes pré-clínicos – aqueles feitos em cobaias, antes de a substância ser usada em humanos – concluída em sete meses.

O anúncio foi feito hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera, que explicou que os testes serão feitos a partir de duas amostras da molécula. Uma, que será requisitada à Universidade de São Paulo (USP), e outra, que será manufaturada com base na descrição do composto registrado no pedido de patente apresentado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).Segundo o MCTI, depois da primeira etapa de análises, estão previstas as fases seguintes do estudo em humanos.

O composto gerou controvérsia após sua distribuição ter sido aprovada, por decisão judicial, para alguns pacientes em tratamento contra o câncer. No último dia 12, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o fornecimento da substância, mas os debates em torno da eficácia da substância continuam.

“Existe uma polêmica provocada por decisões judiciais no sentido de mandar a Universidade de São Paulo distribuir essa molécula. Não existe informação, por parte da Anvisa, nem de nenhum outro órgão, que certifique o uso desse remédio no Brasil ou no mundo; não há ninguém que tenha certificado essa molécula como remédio de combate a doença”, afirmou hoje o ministro Pansera, em entrevista coletiva.

A molécula foi sintetizada pela equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos, e ficou conhecida nas redes sociais como “pilula do câncer”. Isso ocorreu antes de a sbstância ter passado oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela legislação, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado por seres humanos.

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Renato Janine Ribeiro assume Educação.
Renato Janine Ribeiro assume Educação.

Presidência da República anunciou hoje (27) que o filósofo e professor Renato Janine Ribeiro será o novo ministro da Educação. Ribeiro ocupará a vaga deixada por Cid Gomes na semana passada, depois que o então ministro acusou deputados de serem achacadores e oportunistas.

O novo ministro da Educação é professor titular de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP) e especialista na obra do filósofo inglês Thomas Hobbes, sobre quem focou suas pesquisas de mestrado e doutorado. Sobre o filósofo, Ribeiro publicou os livros A Marca do Leviatã e Ao Leitor Sem Medo.

Ribeiro escreveu ainda ensaios sobre filosofia política focando a realidade brasileira. Ele venceu o Prêmio Jabuti em 2001 com a obra A Sociedade Contra o Social: O Alto Custo da Vida Pública no Brasil. O filósofo tem ainda publicações que tratam de democracia, da relação da universidade com a sociedade e sobre a forma de fazer política em geral. Ao todo Ribeiro tem 18 livros editados, além de ensaios e artigos em publicações científicas.

No serviço público, além de ter sido aprovado no concurso para professor da USP, Janine atuou como membro do Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (1993-1997), do conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) (1997-1999), secretário da SBPC (1999-2001) e diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008).

Além disso, foi membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP e é membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), segundo informações do Palácio do Planalto.

Ribeiro fez mestrado na Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne, doutorado pela USP e pós-doutorado pela British Library. O novo ministro foi convidado hoje pela presidenta Dilma Rousseff para assumir o cargo e tomará posse no dia 6 de abril.

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Barbeiro é agente transmissor da Doença de Chagas (Imagem USP).
Barbeiro é agente transmissor da Doença de Chagas (Imagem Fiocruz).

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo nova molécula para tratamento da Doença de Chagas. Segundo a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, vinculada à USP, Ivone Carvalho, a substância é menos tóxica e mais eficiente no tratamento do que os medicamentos usados atualmente. “Nesses estudos, ela mostrou uma resposta interessante. Não foi tóxica para a célula. Teve maior atividade para matar o parasita do que o próprio fármaco”, destacou em entrevista à Agência Brasil.
Os estudos tiveram como base a estrutura do benznidazol, remédio utilizado no Brasil para combater o Trypanossoma cruzi, parasita transmitido pelo inseto conhecido como barbeiro e causador da doença. Ivone explica que a ideia é aperfeiçoar o tratamento. “Nós temos problemas com o tratamento atual, que é antigo. O medicamento disponível tem problemas de toxicidade, de ineficácia na fase crônica. E também desenvolvimento de resistência ao tratamento”, explicou.
Na fase inicial, a doença tem sintomas como febre e mal-estar, podendo ser confundidas com outras enfermidades. Caso não seja tratado adequadamente, o paciente pode desenvolver a forma crônica da doença, quando o Trypanossoma se hospeda nos tecidos e pode causar o crescimento de órgãos como o coração e o esôfago.
O medicamento usado atualmente tem efeitos limitados para eliminar o parasita nessa segunda fase do mal de Chagas. Segundo o Ministério da Saúde,  existem entre 2 milhões e 3 milhões de pessoas infectadas no Brasil, a maior parte na fase crônica.
A descoberta da molécula já foi patenteada pela Agência USP de Inovação. Além de ser mais eficiente, a nova substância deverá ter menos efeitos colaterais do que a usada hoje, que pode causar enjoos e dores estomacais. “Nós temos aí uma entidade química promissora”, comemora Ivone sobre a molécula que até agora só foi testada in vitro. O próximo passo serão os testes com camundongos, a serem feitos na Faculdade de Medicina da USP.

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Campus da USP em São Paulo: universidade é a mais bem colocada (Foto Marcos Santos/USP Imagens).
USP é a mais bem colocada em ranking internacional (Foto Marcos Santos/USP Imagens).

Paulo Saldaña | Estadão
Um ranking internacional de ensino superior aponta quatro universidades brasileiras entre as 50 melhores do mundo em oito áreas do conhecimento – entre 30 citadas. O QS Quacquarelli Symonds University Rankings – organização internacional de pesquisa em educação – foi divulgado por áreas nesta terça-feira, 26, e mostra duas estaduais de São Paulo em destaque entre as instituições brasileiras: a Universidade de São Paulo (USP) e de Campinas (Unicamp). Mas nenhuma brasileira conseguiu figurar entre as “top 10”.
Os rankings tomam por base índices de citações de pesquisas, além de estudos de reputação. A área em que as brasileiras vão melhor é a classificada como Agricultura e Silvicultura. A Unicamp ficou como a 22.ª melhor do mundo na área, seguida por USP (27.ª) e Universidade Estadual Paulista (Unesp, 50.ª). A Unicamp ainda lidera entre as brasileiras nas áreas de Filosofia (42.ª) e História (34.ª). Na área de História, a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aparece em 42.ª no mundo.
No ranking mundial, a instituição com melhor desempenho foi a Universidade Harvard, que ficou em primeiro lugar em 11 das 30 disciplinas, duas a mais que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Leia a íntegra

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Uma rede social que inclui compulsoriamente informações sobre as atividades de senadores, deputados e até vereadores pode mudar a maneira de o eleitor encarar o candidato que elegeu, conforme proposta do professor Luli Radfahrer, da Escola de Comunicação e Arte (ECA), da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ele, a ideia é fazer com que todas as atividades dos parlamentares sejam postadas nesse sistema e automaticamente repassadas para as redes sociais já conhecidas, como Facebook, Orkut e Twitter.
– Esse seria um sistema supersimples, que poderia ser desenvolvido sem qualquer dificuldade com software livre, ou seja, com custo zero. O custo seria, digamos, da mão de obra. Aí você pode seguir o seu deputado, entre seus amigos, em qualquer rede social da qual você já faz parte e vai ficar sabendo tudo que ele está fazendo – explicou Luli, que trabalha com internet desde 1994 e é PhD em Comunicação Digital pela ECA-USP. Informações d´O Globo.