Para não ficar paraplégico, Valentin precisa de cirurgia orçada em R$ 520 mil || Instagram/Reprodução
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O destino reservou a Valentin provações que o desafiam a fazer justiça ao significado do próprio nome. No ano passado, com apenas 2 anos e 9 meses de idade, ele foi diagnosticado com um tipo de câncer raro na coluna. O tumor maligno se espalhou pela região torácica a ponto de amassar os pulmões e desviar o coração e a traqueia do pequeno itabunense para a direita.

Clarissa Ávila, mãe de Valentin, explica que, até obter o diagnóstico do caso em São Paulo, a família levou a criança a hospitais em Itabuna e Salvador. Segundo ela, na cidade do sul da Bahia ele chegou a ser submetido a uma drenagem errada, que agravou seu estado de saúde e causou uma infecção bacteriana. Valentin precisou ser transferido às pressas para Salvador. A viagem na UTI aérea custou R$ 22.000,00 e não foi coberta pelo plano de saúde.

Após a primeira cirurgia na capital baiana, ele foi levado para a cidade de São Paulo, onde fez quimioterapia e radioterapia. Valentin venceu a batalha contra o câncer, mas com sequelas dolorosas. Na segunda cirurgia, os médicos retiraram três costelas do pequeno guerreiro, além de partes de três vértebras. A remoção óssea foi necessária, mas deixou sua coluna instável. Ele desenvolveu desvios posturais que acabaram por comprimir sua medula, o que implica em risco grave de perda dos movimentos das pernas.

Com dores lancinantes, Valentin tem dificuldade de se movimentar. Os dias de brincadeira e vivacidade foram substituídos por medicações que o deixam prostrado, a exemplo da morfina. Ver o neto nesse estado é o que mais abala a comerciante Léia Ávila, conforme relatou ao PIMENTA em conversa por telefone nesta sexta-feira (3). “Ele não tem mais a alegria de brincar, de correr, está bem paradinho”.

Agora, Valentin Ávila depende de uma terceira cirurgia para superar as dores e não ficar paraplégico. O único médico especialista habilitado para fazer o procedimento não pode ser pago por meio do plano de saúde. Com os recursos esgotados devido às despesas com viagens, hospedagem e tratamentos, a família de classe média constatou que não tem condições de pagar a cirurgia de descompressão medular – orçada em R$ 520.000,00 – lançou uma campanha para arrecadar doações. Clique aqui para acessar a página da Vakinha. Até o fechamento desta matéria, o valor arrecadado era de R$ 25.850,00.

Clarissa usa o perfil @ovalentevalentin para contar história do filho no Instagram

AVÓ DECIDE VENDER APARTAMENTO E MÓVEIS DE LOJA PARA AJUDAR VALENTIN

Além da campanha criada por Clarissa, Léia colocou o próprio apartamento à venda e decidiu usar o dinheiro das vendas da sua loja de móveis, a La Decor, no tratamento do Neto. O estabelecimento fica no Condomínio Cidadelle, em Itabuna.

Clarissa usa o Instagram para contar a história do filho, compartilhando informações sobre a campanha e a rotina da família na capital paulista. O nome do perfil é @ovalentevalentin.

Vários artistas participam de sarau nesta sexta (30)
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O irresistível tripé música, dança e poesia dará o tom do 1º Sarau da Vakinha para Dona Maurina, marcado para esta sexta-feira (30), a partir das 18h, pelo Canal Vozes Encena Interior, no YouTube. Como o nome sugere, o evento é uma mobilização de cantores, atores e poetas, para registrar o apoio de amigos artistas à vakinha para que a lavadeira aposentada Maurina dos Anjos Oliveira, de 89 anos, ter de volta uma casa própria.

Afinal, ela foi alvo de ação de despejo que lhe tirou a residência onde vivia há quase 60 anos, no bairro Banco Raso. Desde o mês de janeiro, a idosa vive numa residência alugada e então nasceu uma vakinha (clique aqui para doações) e uma série de manifestações de amigos e amigas manifestando solidariedade.

Dona Maurina, ainda na antiga residência da qual foi despejada

Eis o contexto que embala o sarau, cuja programação terá uma sequência de apresentações com artistas como Aldenor Garcia, Danilo Ornellas, Elaine Belavista, Lucas Oliveira, Brisa e Mitter Aziz (Banda Manzuá), Sandra Oliveira, Sílvia Smith. Também umas palavras da jornalista Celina Santos e a apresentação está a cargo de Delliana Ricelli, formada em filosofia e especialista em Linguagens e Representações.

A proposta é promover uma noite de celebração à arte e, ao mesmo tempo, colaborar para que mais pessoas sintam-se motivadas a aderir à causa. Relembre a história sobre o despejo de que dona Maurina foi vítima clicando aqui.

Flávio luta para se formar em Medicina na Argentina
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Casado e pai de quatro filhos, o itabunense Flávio Santos Souza enfrenta uma batalha diária na busca da realização do sonho de tornar-se médico. A vida do ex-coordenador de atendimento no antigo Hospital São Lucas nunca foi fácil. De família humilde, ele começou a trabalhar cedo e entre os seus projetos está a formação acadêmica.

Na busca da realização do sonho, o itabunense partiu com a família para Argentina, onde ingressou na Universidade Nacional de La Plata. A dificuldade para permanecer no curso, que já era grande, só fez aumentar com a pandemia do novo coronavírus. A disparada dos preços vem dificultando ainda mais a vida de Flávio Souza no país vizinho.

O dinheiro que ganha trabalhando como garçom à noite e ajuda da esposa não têm garantido renda suficiente para a cobertura das despesas de Flávio Souza. Por isso, os amigos que ele conquistou na época em que trabalhou nos hospitais São Lucas e Calixto Midlej Filho estão realizando uma “vakinha” virtual com a meta de arrecadar R$ 50 mil. Acesse aqui para contribuir.

A organizadora da “vakinha”, a enfermeira Sayara Aragão diz que o dinheiro arrecadado será destinado, prioritariamente, para o pagamento de aluguel. “Atualmente em seu primeiro ano no Curso de Medicina, galgando os primeiros passos da missão tão linda, que é salvar vidas, Flávio não está mais em condições de sustentar a família e continuar estudando”, conta a amiga.

Sayara Aragão relata que, além de ser um batalhador e apaixonado pela família, Flávio Souza é um dos melhores seres humanos que conhece. “Ele sempre foi muito respeitado e querido pelos colegas de trabalho. Todo mundo gosta de Flávio. É tanto que muita gente contribuiu com uma campanha anterior que fizemos”, relata.