Maria de Fátima sofreu dois ACVs e tem quadro de saúde estável
Tempo de leitura: < 1 minuto

Maria de Fátima Barletta, 70, ex-primeira-dama e ex-secretária de Assistência Social de Ilhéus, deu entrada no Hospital São José, nesta terça-feira (8), após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela é ex-esposa do ex-prefeito Valderico Reis, que governou o município de 2005 a 2007. O empresário Valderico Junior informou que sua mãe está em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e tem quadro de saúde estável.

Segundo Junior, 24 horas depois do primeiro AVC, Fátima sofreu um segundo, mas reage bem ao tratamento. “Já está sendo alimentada e dando respostas positivas”, disse o empresário, nesta quinta-feira (10), em vídeo divulgado numa rede social.

Ainda não é possível saber se Dona Fátima, como é conhecida, terá sequelas, acrescentou Junior. “Só peço a vocês orações. O que tem que ser feito está sendo feito da melhor [forma]. Todo mundo sabe o carinho e apreço que tenho por minha mãe. É questão de energia. Quando chego do lado dela, ela responde com um sorrisos, acompanha no olhar. [..] Ela tá bem, isso que importa”, concluiu.

O médico Rui Carvalho e o professor e escritor Jorge Araujo
Tempo de leitura: 3 minutos
A chapa foi formada sem maiores constrangimentos, mas não conseguiu encantar o eleitor ilheense, que preferiu votar em Valderico Reis e Newton Lima. E olha que Valderico Reis nunca foi um modelo de beleza a desfilar nas passarelas.

 

Walmir Rosário

O ano de 2004 foi histórico para a política de Ilhéus. Jabes Ribeiro termina o seu governo de forma melancólica, com inúmeras dívidas sem pagar e sua rejeição beirando os 90%. Com isso, o seu inimigo político número um, Valderico Reis, cresce nas pesquisas de opinião de voto em níveis assustadores. Inicialmente, a sensação era de que tudo mudaria na política ilheense.

Não raro se dizia e até hoje há quem afirme que Valderico Reis foi o candidato escolhido por Jabes Ribeiro para ser o seu sucessor, tamanha a confiança que tinha em dar a volta por cima, apostando na péssima administração que faria na Prefeitura de Ilhéus. O comentário era de que, para Jabes, seria a glória retornar ao Palácio Paranaguá nos braços do povo, literalmente.

Do outro lado, o Partido dos Trabalhadores (PT) pretendia “melar” os planos de Jabes Ribeiro, tirando o candidato Valderico Reis da campanha eleitoral, pela via judicial ou pela votação, elegendo o médico Rui Carvalho prefeito de Ilhéus. Alianças com os partidos de esquerda, principalmente com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que teimou em indicar o candidato a vice-prefeito e disso não abria mão.

E o camarada Gustavo César (Gustavão) foi o escolhido para fazer a parceria com Dr. Rui na chapa como candidato a vice-prefeito. A indicação foi considerada uma tormenta, e o candidato petista não queria de forma alguma aceitar o parceiro de chapa. Chega a turma do deixa disso e argumenta a capacidade de aglutinação de Gustavão entre os outros partidos e simpatizantes de esquerda, lembrando que tinha sido questão fechada.

Mas nenhum dos argumentos convenciam Dr. Rui Carvalho, que não aceitava o companheiro de chapa, embora não chegasse a declinar o motivo de tanta rejeição ao camarada Gustavão. Foi aí, então, que os coordenadores da campanha exigiram que Rui Carvalho desse “nome aos bois”, ou melhor, contasse os motivos da recusa, pois até aquele momento ninguém sabia o porquê.

– Já que vocês fazem questão de saber o motivo, pois voltem lá e peça aos comunistas outro candidato a vice na nossa chapa, para ganharmos a eleição sem qualquer tipo de dificuldade. Vejam bem, uma chapa dessas vai ser execrada pela sociedade, inclusive no marketing político. Imagine, nossa chapa vai ser chamada de “o belo e o fera” – disse, numa referência ao conto dos Irmãos Grimm.

Claro que o “belo” era o próprio Rui e o “fera” seu amigo, o comunista Gustavão.

Diante das perspectivas de uma grande vitória nas eleições, os coordenadores voltam ao comando dos “cururus” e, meios sem jeito, explicam a situação, contando a terminante recusa do Dr. Rui em aceitar o candidato a vice. De início, o motivo pareceu muito banal para uma tirar Gustavão da chapa, mas não restavam dúvidas que era preciso fazer mais um sacrifício para sairem vitoriosos na eleição.

Como o importante seria ganhar a eleição, os comunistas resolveram discutir o assunto, ouvindo a opinião dos camaradas. Pensa daqui, pensa dali e não conseguem encontrar um candidato com os atributos de estética (beleza) exigidos por Dr. Rui, até que se lembraram do “velho militante” comunista com domicílio eleitoral em Ilhéus e que poderia ter um forte apelo na sociedade. Mas guardaram o nome até a discussão.

Após mais de uma dezena de telefonemas e reuniões, finalmente os comunistas descobriram uma solução interna. É que eles lembraram do professor, escritor, jornalista e poeta Jorge Araujo (sem acento no u), como a saída para o impasse (era o nome escondido). Afinal, que defeitos o exigente candidato petista colocaria num intelectual acima de qualquer suspeita, e ainda por cima com obras literárias consagradas?

Mas como os traços físicos exteriores de Jorge Araujo não preenchiam os padrões imaginados pelos coordenadores de campanha como sendo os exigidos pelo Dr. Rui, fecharam questão e astuciaram toda a argumentação necessária. Lá chegando, ao dar o nome do candidato a candidato a vice, Dr. Rui franziu o cenho, e antes que sentenciasse a negativa, disseram:

– Olhe, Dr. Rui, nós sabemos que Jorge Araujo não é nenhum modelo de encanto físico, mas que possui uma beleza interior isso ninguém pode negar – emendaram.

A chapa foi formada sem maiores constrangimentos, mas não conseguiu encantar o eleitor ilheense, que preferiu votar em Valderico Reis e Newton Lima. E olha que Valderico Reis nunca foi um modelo de beleza a desfilar nas passarelas.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Tempo de leitura: 3 minutos

No fundo do palanque os marqueteiros Valdomiro Júnior e Vander Prata comemoravam a vitória da campanha. Não deu outra, Valderico Reis ganhou a eleição disparado. Quanto às promessas… deixa pra depois…

 

Walmir Rosário

A campanha eleitoral de Ilhéus corria a solta em 2004, com as candidaturas de Valderico Reis, Soane Nazaré de Andrade, Ruy Carvalho, Ângela Sousa, Roland Lavigne, Correia e Magno Lavigne à prefeitura ilheense. Com base eleitoral mais privilegiada junto aos bairros carentes, onde costumava frequentar bares e botecos famosos pela cerveja gelada e comida pesada (sarapatel, mocotó, dentre outras iguarias), Valderico Reis se sentia nas nuvens e não admitia perder da campanha.

Além de ser bem recebido nesses locais, nos quais era frequentador assíduo – ao contrário dos outros candidatos –, se sentia em casa e era tratado pelos moradores como um membro da família. Bebia cerveja, pagava cachaça para todo mundo, e provava de verdadeiros banquetes durante as caminhadas e nos comícios esses bairros viviam uma verdadeira apoteose.

Valderico Reis era empresário do setor de transportes urbanos e interestaduais e se tornou inimigo figadal do prefeito Jabes Ribeiro, por motivos que aqui não merece uma avaliação mais abalizada. E foram justamente as discussões entre os dois que fizeram Valderico lançar sua candidatura a prefeito, com a finalidade de derrotar o candidato apoiado pelo prefeito Jabes Ribeiro.

Mas para Valderico isso só não bastava, era preciso falar mal de seu inimigo – o prefeito Jabes Ribeiro – e garantir o voto com as promessas de campanha, que jurava ser o primeiro prefeito a cumpri-las, na íntegra, pois era um empresário de sucesso. No discurso, se apresentava como o único candidato que não precisava do dinheiro da Prefeitura, e todo o salário (subsídio) recebido seria doado para a construção de creches, escolas e instituições sociais.

E quando falava que era um empresário de sucesso e não dependia do dinheiro da prefeitura, os eleitores iam ao delírio. Finalmente Ilhéus teria um prefeito que governaria com o povo. E a cada caminhada pelos bairros periféricos e morros Valderico desfiava seu corolário de realizações, que daqui pra frente beneficiaria, sobretudo os mais pobres, gente simples, assim como ele, que falava a língua do povo.

A educação seria tratada como nunca e não ficaria um só aluno fora da sala de aula, recebendo merenda de qualidade e ensino durante todo o dia, com matérias profissionalizantes, para que o jovem aprendesse uma ocupação de verdade. A partir do início do seu governo construiria creches para que os pais pudessem trabalhar o dia inteiro, enquanto os filhos ficariam sob os cuidados da prefeitura.

E as camadas mais pobres da população poderiam ter certeza que Valderico Reis iria a Brasília buscar recursos para construir casas populares, livrando-os dos pesados alugueis. Para isso já teria conversado com deputados e senadores para tirar Ilhéus do atraso, das ruas esburacadas e cheia de lama. Até o final do seu mandato Ilhéus inteira teria asfalto de primeira em todas as ruas.

A saúde era outro segmento que Valderico Reis prometia privilegiar, pois sabia dar valor, por ter origem humilde. Num desses comícios, mais exatamente no bairro Nossa Senhora das Vitórias, iniciou falando do descaso do governo municipal com os moradores, relegados ao abandono, mostrando que não existia esgoto no local, o lixo não era recolhido e nem posto de saúde existia.

Por si só, o bairro carecia de tudo que Valderico prometia fazer para o bem-estar da população. A cada promessa, gritos de apoiado, salva de palmas, o povo entrava em delírio. Não restavam dúvidas de que era o candidato ideal para governar Ilhéus. Lá pras tantas, empolgado com a atenção dos moradores, ao ver umas senhoras de idade, resolveu fazer ampliar as promessas, e disse:

– Quando eu for prefeito vou implantar cirurgia plástica nos postos de saúde e todas as mulheres vão ter direito a ficar com os peitos durinhos – exclamou.

E para demonstrar que estava falando a verdade, pegou nos seios de uma mocinha que estava ao seu lado e se saiu com mais essa:

– Não estou mentindo não, todas vocês vão ficar como essa menina aqui, ó! – e continuou com o discurso, embora não tirasse a mão do corpo da mocinha, para delírio da plateia.

No fundo do palanque os marqueteiros Valdomiro Júnior e Vander Prata comemoravam a vitória da campanha. Não deu outra, Valderico Reis ganhou a eleição disparado. Quanto às promessas… deixa pra depois…

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Jorge Viana, Luiz Uaquim e Valderico: MDB e DEM juntos em Ilhéus
Tempo de leitura: < 1 minuto

O diretório do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Ilhéus decidiu apoiar o empresário Valderico Junior, pré-candidato a prefeito de Ilhéus pelo DEM, nas eleições deste ano. Junior recebeu a decisão com muita alegria e agradeceu a confiança do partido.

O presidente municipal do MDB, Luiz Henrique Uaquim, exaltou a trajetória política do médico Jorge Viana. O ex-deputado federal declinou da própria candidatura para apoiar Valderico.

Segundo Uaquim, a parceria com o DEM é fruto de “um acordo de quem tem caráter, de quem tem personalidade. E, dentro da política, não pode ser diferente. A nova política exige isso. Exige palavra, honestidade e competência”.

Ao falar sobre a decisão, na tarde deste domingo (13), Uaquim explicou que a composição com o DEM é “um projeto de governo, e não um projeto de poder”. “Isso está muito claro nessa junção e esse é o momento histórico, dentro de Ilhéus, onde o MDB coloca à disposição de Valderico Junior todo o seu corpo técnico e todos os projetos desenvolvidos”, disse Uaquim.

Cosme Araújo é um dos entrevistados do "Ponto de Vista" neste sábado
Tempo de leitura: < 1 minuto

O advogado Cosme Araújo é um dos entrevistados da edição deste sábado (9) do Ponto de Vista, apresentado por Rosivaldo Pinheiro na Rádio Nacional. Cosme falará de seu futuro político e avaliará dois dos seus principais concorrentes na disputa à Prefeitura de Ilhéus, Valderico Reis e Mário Alexandre (Marão).

Cosme, que ficou conhecido nacionalmente no Caso Najila Trindade, deverá falar de novidades do imbróglio envolvendo a ex-modelo e o jogador Neymar. Quem também estará no Ponto de Vista deste sábado será o secretário de Segurança, Transporte e Trânsito (Sesttran), Valci Serpa, que é apontado como um dos prefeituráveis de Itabuna. O programa pode ser ouvido pela internet (clique aqui).

Tempo de leitura: 7 minutos

José Nazal Pacheco Soub | nazalsoub@gmail.com
 

Continuarei com a esperança de um dia ver a cidade ser governada por alguém que realmente pense nos interesses de Ilhéus e não do próprio ou de outrem. Como já estou no amiudar da vida, talvez não veja. Porém, vive em mim a certeza de que meus filhos verão e meus netos desfrutarão de uma Ilhéus melhor. 

 
Hoje Ilhéus completa 137 anos de Cidadania, conferida pela Lei Provincial nº 2187 de junho de 1881, tendo sido instalada somente a 14 de agosto, quarenta e sete dias depois da elevação à categoria de cidade. Cidade mãe deste chão sul-baiano, de lá para cá temos diminuído, tanto no aspecto territorial quanto no político. 
Participo formalmente da vida política da Cidade desde 1º de fevereiro de 1977, quando exerci o cargo de Oficial de Gabinete no primeiro mandato de Antônio Olímpio. Naquele tempo, todos tinham a Carteira Profissional assinada. Daí em diante exerci funções comissionadas nos governos seguintes, com exceção para o segundo mandato de Antônio Olímpio, o de Valderico Reis e o último de Jabes. Aprendi muito com todos e com as experiências vividas, aumentando a cada dia o meu amor pela terra onde nasci. 
Lancei pré-candidatura a prefeito no ano de 2016 e, como é do conhecimento de todos, compus uma aliança com Mário Alexandre, colocando-me como candidato a vice-prefeito com total apoio do meu partido, a Rede Sustentabilidade. Não me contentando em ser apenas vice, assumi uma secretaria no intuito de poder colaborar na administração, sobretudo para tentar implantar uma nova política, exigência dos tempos de hoje. Deixei o cargo de secretário há sessenta dias, afastando-me completamente dos processos decisórios do atual Governo, dos quais de minha parte acabaram por ser mais de natureza administrativa e quase nenhuma política. 
Minha última participação no governo foi a de materializar a lei que delimita o território ilheense, identificando os locais indicados legalmente, onde deverão ser colocados os marcos definitivos e eu espero que sejam colocados. Vou entregar o Termo de Referência e a solicitação para a execução, juntamente com o projeto de lei para atualização dos limites distritais e ajuste dos bairros. Entendo que essa ação resguarda nosso pertencimento territorial em relevância política e administrativa, tanto para o momento atual como para momentos futuros. 
Faço esse preâmbulo para questionar a grande festa do Dia da Cidade. O que comemorar? Em minha última conversa pessoal com Mário, há uns quarenta e cinco dias, ele me afirmou que não faria festividades em razão da situação financeira. “Ótimo! Parabéns pela decisão”, foi minha resposta. Na verdade, havia uma sinalização negativa do apoio estadual, face às mudanças no quadro político, permitindo que o governo estadual fizesse um esforço menor, ante ao pleito eleitoral que se aproxima. E fiquei surpreso com o anúncio da festa. 
Convém ressaltar que não sou contra comemorações e festas, porém só faz festa quem pode pagar a conta. A Bahiatursa está ajudando, no entanto, a conta que ficará para o município arcar é igual ou maior. Mesmo que seja um pouco menor, é muito para quem não está com as contas em dia. 
Como fazer festa com a maioria dos aluguéis dos imóveis locados em atraso? Como fazer festa com o setor de atendimento aos tuberculosos faltando “copinho para exame do escarro”? Esse problema foi resolvido com empréstimo por parte da administração do Hospital Regional Luís Viana Filho. 
Como fazer festa se a Escola Municipal de Tibina está sem telhado há cinco anos e meio? Quatro anos do governo passado e um e meio desse governo. E por dever de justiça, afirmo aqui que foi o pedido prioritário da secretária de Educação. Ninguém se importou! 
Como fazer festa sabendo que a Prefeitura de Uruçuca construiu (estou dizendo construiu) uma escola na região do Lajedão, no distrito de Banco Central? Como fazer festa com o município de Uruçuca administrando uma escola na fazenda vizinha à Vila de Castelo Novo? Como fazer festa com a escola Cecília Novaes, administrada por Uruçuca dentro do território de Ilhéus? Como fazer festa com a evasão escolar e a administração de uma escola dentro de Ilhéus sob a responsabilidade do município de Itajuípe? E a repetição desse fato em Buerarema, Itabuna, Coaraci e Una?  
Ninguém se importa! Os governantes em geral não têm noção alguma de quantos alunos de Ilhéus estão sendo contados nos Censos Escolares dos municípios vizinhos. É a comodidade?! Mais fácil o outro tomar conta? Resultado: na próxima revisão territorial perderemos mais chão e, com isso, cada vez mais recursos para cuidar de nossa população! Estive em Banco Central há dez dias e me surpreendi com a quantidade de pedidos para entregarmos o distrito para Uruçuca. Não é demagogia, basta ir e conferir. 
Como fazer festa sabendo que as estradas municipais estão sem receber manutenção e conservação? E não adianta culpar qualquer um dos secretários. Deve ser uma decisão conjunta do governo, com ampliação da frota e patrulha mecânica. A exemplo de optar por não fazer festa e comprar uma motoniveladora ou um caminhão ou um rolo compressor! Um de cada vez. Aí daríamos oportunidade para o morador do campo, para o produtor, evitando inclusive o êxodo rural, com o inchaço da cidade e seus problemas correlatos! 
Como fazer festa, se as estradas não permitem um transporte escolar decente, evitando inclusive a lei ser burlada com o uso de camionetes inadequadas ao transporte, principalmente para a segurança das crianças? É ruim a qualidade do serviço prestado pela empresa contratada. Quem quiser vá conferir. Ônibus velhos e da pior qualidade. 
Como fazer festa, se cheguei a Castelo Novo e as professoras afirmaram que a merenda era biscoito e suco artificial, porque não tem água potável para servir às crianças? Ninguém sequer discute o problema. E esse fato se repete em vários locais do interior. 
Como comemorar, se o atendimento da Atenção Básica à Saúde está deficiente e insuficiente, tanto na cidade como no interior? Houve melhora? Sim, porém, muito pouca face às demandas postas. Comemorar com reforma? Fazer reforma e manutenção é obrigação, não motivo para inauguração e festividade. É básico de um governo que se envergonhe! 
Nunca na história de Ilhéus tivemos o apoio por parte do Estado na área de Saúde. Causou ciúme em gestores passados. Sabe o que aconteceu? Perdemos esse apoio. O que está sendo feito e será feito é apenas o pactuado. O que era extra e espontâneo, nós perdemos. A Unidade de Pronto Atendimento que será “inaugurada” hoje, no prédio da antiga Policlínica Halil Medauar, que já tem quase duas décadas, era para ter iniciado as atividades desde abril, absorvendo os servidores do Hospital Geral Luís Vianna Filho, que encerrou as atividades no início de março deste ano. 
Como fazer festa, se não levamos a sério a questão da coleta e destinação dos resíduos sólidos, obrigando o município a uma despesa volumosa, que poderia ser aplicada em outros serviços essenciais e na melhoria da qualidade de vida da população? Não temos Plano de Saneamento Básico, não temos Plano de Resíduos Sólidos, instrumentos legais obrigatórios para o município. Ninguém se preocupa, ninguém discute. A discussão que se iniciará após a festa da cidade é decidir quantos milhares de pessoas serão anunciadas nos releases, seguido de como será o Réveillon? Depois, como será o Carnaval? A cidade precisa de uma discussão séria, analisando os problemas de fundo, inclusive com a absoluta participação da sociedade, que na maioria das vezes se omite. 
Como fazer festa, se nada se faz para que o município possa receber as pedras que serão retiradas da obra da ponte, para serem colocadas na Sapetinga, São Miguel e São Domingos? É imperativo que os locais estejam ambientalmente licenciados. Mas não se discute o projeto. 
Não fiz campanha e não andei pedindo voto para depois ver o governo deixar de lado os verdadeiros interesses de Ilhéus. Não fiz campanha para encher os cargos de confiança com pessoas de fora, sem compromisso com Ilhéus. Para não ser injusto e por ter sido testemunha do esforço dispensado, excluo dessa lista Gilson Nascimento, que tenho visto sua dedicação exclusiva, sem medir esforços para melhorar nossos problemas no trânsito e mobilidade. Não fiz campanha para ver pessoas ocuparem os mais altos cargos e manterem compromissos com empresas que continuam ligados.
Não fiz campanha para ver uma servidora que ocupava o cargo de Tesoureira ser substituída por um indicado do ex-prefeito de Itabuna, com a alegação de que será feito “um planejamento financeiro para Ilhéus”. Não fiz campanha para ver ex-candidato de outro município ocupar cargo importante sem conhecer os verdadeiros problemas de Ilhéus. Falo isso com conhecimento de causa, pois ocupei durante três anos e meio o cargo de secretário em Uruçuca, tendo dedicado todo tempo que passei por lá a estudar e trabalhar em benefício daquela comunidade. Tenho certeza, sem falsa modéstia, que sai de lá de cabeça erguida, respeitando e sendo respeitado. Quando vou lá sou muito bem recebido. Respeitei e conquistei o respeito até da oposição ao então governo. Aqui é diferente. Quem de Ilhéus conhece os que não são daqui? Quem os vê no dia a dia da cidade? 
Quando me afastei politicamente de Jabes, externei-lhe o que mais me incomodava: governar apenas ele e mais dois. Com Newton assisti ao mesmo filme no segundo governo. Agora, revendo novamente isso acontecer, não posso aceitar. 
Para finalizar, como poderia ir à festa da Cidade, depois de ouvir essa semana (por inconfidência involuntária de um secretário) que o prefeito ia dar ponto facultativo na sexta-feira (29), emendando os feriados de hoje até segunda-feira (2) para passar uns dias nos Estados Unidos com a família? Eu pensei que a cidade seria governada pelos dois homens fortes do governo na ausência do prefeito, porém, ao terminar de escrever esse texto, recebi a informação de que haveria transmissão do cargo. O ato de transmissão foi encerrado há pouco. Informei, de frente, que este artigo estava pronto e que faria esta alteração antes de publicar. Disse também que não procederia a nenhuma exoneração, ainda que desejasse. Meu pensamento é o de que apenas exonerar por três dias não terá o efeito que desejo; se assim fosse, procederia sem titubear. 
Continuarei com a esperança de um dia ver a cidade ser governada por alguém que realmente pense nos interesses de Ilhéus e não do próprio ou de outrem. Como já estou no amiudar da vida, talvez não veja. Porém, vive em mim a certeza de que meus filhos verão e meus netos desfrutarão de uma Ilhéus melhor. 
Saúdo a todos os ilheenses, a todas e todos os que votaram em Mário e em mim, acreditando em dias melhores, saúdo de forma especial àqueles que desejam e lutam para alcançarmos um patamar de governança, cidadania e participação social, comprometidos com o verdadeiro interesse público da cidade e seu povo. 
Salve São Jorge dos Ilhéus!
José Nazal Pacheco Soub é vice-prefeito de Ilhéus.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Jabes-1Deu-se que ontem, após 7 anos, um gestor de Ilhéus teve as suas contas aprovadas pelo TCM. O prefeito Jabes Ribeiro (PP), claro, comemorou. O relatório do Tribunal de Contas dos Municípios ainda não foi publicado, mas o prefeito diz ter sofrido apenas uma advertência do conselheiro José Alfredo Rocha Dias.
A corte de contas recomendou, segundo ele, reduzir o gasto com pessoal (hoje acima dos 54% definido na Lei de Responsabilidade Fiscal). “No entanto, precisamos continuar trabalhando com firmeza para melhorara a eficiência das contas municipais”, completou.
Enquanto isso, a oposição desconfia, tendo como base, dentre outros motivos, a palavra de um especialista. Antes do resultado da análise das contas de Jabes pelo TCM, o Blog do Gusmão publicou matéria com Uildson Nascimento.
O auditor elencou vários deslizes que implicariam na rejeição das contas do prefeito (confira aqui). E já advertia que só as boas relações salvariam o gestor.
Quando avaliados os últimos dez anos, Ilhéus teve contas aprovadas – com ressalvas ou não – somente em 2005 e agora. No bolo dos políticos com contas rejeitadas no período, figuram Newton Lima, Valderico Reis e o próprio Jabes em 2004.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Valderico: condenado (Foto José Nazal).

O ex-prefeito de Ilhéus Valderico Reis (PMDB) foi concenado a dois anos e oito meses de detenção e proibição de exercer cargo político por cinco anos. A decisão é da juíza Jeine Vieira Guimarães, da Comarca de Ilhéus, ao julgar denúncia do Ministério Público Estadual (MP) oferecida contra Valderico, acusado de contratar oito funcionários ilegalmente.

O ex-prefeito teve a pena de detenção substituída pelo pagamento de 200 salários mínimos a instituição de caridade. A contratação dos servidores sem concurso ou sem interesse público ocorreu entre março de 2005 e março de 2007, conforme a denúncia formulada pela promotora Karina Cherubini.

A defesa de Valderico Reis tentou arguir que o ex-prefeito estava “amparado por lei municipal”, o que foi rejeitado pela magistrada. A juíza ilheense também apontou prejuízo duplo ao Estado por Valderico ter lesado os cofres municipais com gastos injustificados e atraso na contratação de servidores concursado. Jeine Vieira Guimarães frisou que existia um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que o município se comprometeu a anular contratações sem concurso.

Tempo de leitura: 2 minutos

Valderico fugiu para a Amazônia e aparece na foto a direita no Museu Chico Mendes (AC).

O ex-prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, foi denunciado pelo Ministério Público estadual por mais uma das centenas de rapinagens enquanto governou o município sulbaiano. Além dele, a ex-secretária de Assistência Social, Magali Lavigne, e Jackson Oliveira dos Santos, da Ksoft Informática, podem pegar até 15 anos de cadeia. Os crimes vão de desvio de verba pública a peculato.
A promotora Karina Cherubini colocou a lupa sobre um contrato de 2007 relativo à compra de 20 computadores e equipamentos de informática. O destino seriam centros de inclusão digital em Inema, Pimenteira e Banco Central, tudo ao custo de R$ 31.596,00.
O valor foi pago à Ksoft com recursos do Fundo Municipal de Assistência Social, mas a entrega não ocorreu. Os centros eram de mentirinha, assim como o governo do empresário. A promotora não tem dúvida de que o trio agiu em conluio, e por isso o denunciou.
Fala a promotora Karina Cherubini:
– A intenção de fraude e desvio de verba pública fica evidente. Houve compra sem licitação, declaração falsa de recebimento de bens, além do pagamento a um empresário por bens que nem sequer foram entregues ao município.
Valderico está em lugar “incerto e não sabido”, a secretária Magali Lavigne não foi encontrada para comentar a ação na qual será ré, assim como o representante da Ksoft, Jackson Oliveira Santos. A promotoria também requer que o trio parada dura devolva o que foi subtraído do erário.

Tempo de leitura: 2 minutos
PF indicia Valderico (à esq.) e Newton.

A Polícia Federal indiciou o ex-prefeito Valderico Reis e o atual gestor, Newton Lima, na operação que investiga o desvio de mais de R$ 52 milhões em prefeituras do sul e sudoeste da Bahia. A Operação Vassoura-de-Bruxa foi deflagrada em dezembro de 2008 e deteve prefeitos, secretários municipais e empresários no sul da Bahia.

Eduardo Assis, delegado que presidiu as investigações, disse ao Blog do Gusmão que a lista de irregularidades cometidas nas gestões de Valderico (cassado em agosto de 2007) e do atual prefeito Newton Lima é imensa, anotadas em 14 laudas (folhas).

De acordo com o delegado, a Justiça autorizou 60 dias de interceptações telefônicas que comprovaram irregularidades nas duas administrações. A PF já pediu a preventiva de vários dos indiciados, inclusive ocupantes de cargos comissionados em Ilhéus.

A Operação Vassoura-de-Bruxa apura um grande esquema de corrupção que desviava dinheiro das áreas de educação e saúde em prefeituras como as de Ilhéus, Itabuna, Itapé, Ibicaraí, Itapebi, Floresta Azul e São José da Vitória, no período de 2005 a 2008.

O esquema consistia na emissão de notas fiscais frias e pagamento por serviços não realizados. A Polícia Federal também investiga ex-secretários e o ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes.

Polícia também investiga esquema na prefeitura de Itabuna (Foto Pimenta).
Tempo de leitura: < 1 minuto

O empresário e ex-prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, anda sumido, mas não perdeu a influência sobre o atual gestor do município, Newton Lima. Segundo o blog Políticos do Sul da Bahia, um providencial telefonema de Valderico foi o suficiente para Newton rever uma determinação do governo.
Tratava-se de um pedido de autorização, feito pelo empresário Valderico Reis Júnior, para a instalação de uma boate itinerante na Avenida Soares Lopes. Inicialmente, a secretária responsável pela liberação negou o pedido, observando que o local não é compatível com o funcionamento de uma boate.
Pois bastou a ligação do ex-prefeito para Newton Lima dar ordem para que tudo fosse resolvido sem transtornos para o Juninho. Em nome da boa convivência, a boate começa a ser instalada nesta quarta-feira, 08, e funcionará a partir do dia 18.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Valderico é campeão de condenações.

O ex-prefeito de Ilhéus, o sumido Valderico Reis, sofreu nova condenação por parte do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por ter utilizado R$ 30 mil para uma campanha promocional da Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus (CDL).
O tribunal considerou irregular a aplicação do ca$calho, a título de subvenção social, no ano de 2005. Valderico terá de devolver os R$ 30 mil aos cofres públicos, além de pagar multa de R$ 500,00. O conselheiro do TCM, Fernando Vita, considerou irregular a aplicação do dinheiro público.

Tempo de leitura: 2 minutos

"Ficha-suja", Veloso pode não disputar reeleição.

O trio ilheense Raymundo Veloso, Jabes Ribeiro e Valderico Reis também fazem parte do listão dos “fichas sujas” enviado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Jabes Ribeiro anunciou ontem a sua desistência da candidatura a deputado estadual. Descartou que a causa tenha sido legal e alegou falta de estrutura financeira para disputar a campanha. Por baixo, a previsão de entendidos é a de que – na contabilidade real – uma campanha à Assembleia Legislativa neste ano vá custar entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão.
Valderico Reis (PMDB) está sumido da política ilheense. Foi prefeito do município entre janeiro de 2005 e agosto de 2007. Acabou cassado por diversas irregularidades e desvio de dinheiro público. Sumiu de cena e, segundo o Ministério Público estadual, está em lugar “incerto e não sabido”. Familiares afirmam que Valderico vive atualmente na Amazônia.
Já o deputado federal Raymundo Veloso (PMDB) tenta disputar a reeleição. Ele consta na lista “Ficha Suja” do Tribunal de Contas dos Municípios por ter cometido diversas irregularidades no período em que foi presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, anos de 2005 e 2006.
Dos três “ilheenses”, Veloso é o único que continua na peleja eleitoral. Quer continuar em Brasília, mas a lista do TCM pode tirá-lo do páreo. A decisão se ele é ou não inelegível será do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Veloso teve as suas contas rejeitadas devido à emissão de cheques sem fundos e outras irregularidades, além de ser condenado a devolver aos cofres públicos R$132.476,46.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Ontem, o Tribunal de Contas dos Municípios multou em R$ 30 mil o ex-prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, por irregularidades cometidas no exercício de 2005. Cabe recurso da decisão.

O termo de ocorrência foi lavrado pelo TCM por falhas em contratações e serviços, passando desde a realização de contratos com empresas em situação cadastral irregular, adiandamentos sem comprovação, saldo elevado em caixa, pagamentos com publicidade autopromocional e vícios em licitações.

Leia mais