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As reclamações sobre a qualidade do transporte público de Ilhéus são recorrentes. A escassez das linhas para os distritos é dos problemas mais criticados pela população. Usuários costumam divulgar fotos e vídeos de ônibus lotados. Os atrasos são frequentes. O acúmulo da insatisfação descamba em protestos, que desgastam a avaliação do governo municipal.

A revelação do acordo milionário da Prefeitura com a Viametro e a São Miguel, feita pelo vereador Tandick Resende (Cidadania), engrossou o caldo da insatisfação popular e deu origem à Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Transporte, instaurada em outubro de 2021.

Antes do início das oitivas da Comissão, em fevereiro passado, o presidente da Câmara de Vereadores, Jerbson Moraes (PSD), levou ao plenário requerimento do vereador Alzimário Belmonte, Gurita (PSD). Então líder do governo na Casa, Gurita solicitou a extinção da CEI, o que foi assegurado pela maioria governista (relembre aqui).

No último sábado (16), pouco mais de dois meses após o fim da CEI, o governo divulgou vídeo sobre reunião do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), com representantes das empresas Viametro e São Miguel, ocorrida na quinta-feira (14).

No vídeo, a repórter pergunta a Mário se o problema do transporte público vai ter solução. “Se não tiver, vai ter que ir embora”, responde o prefeito, referindo-se às concessionárias do serviço. “A gente não aguenta mais. Eu sei que é um problema nacional, mas Ilhéus não pode deixar de ser atendido”, emendou. Recentemente, as empresas sinalizaram que pretendem cumprir o contrato até o prazo final, em 2030.

O governo tem feito sua parte na tentativa de reduzir os impactos da pandemia no serviço de transporte, diz Marão. “Mas, essa parceria tem que ser de mão dupla. Ou seja, nós temos que ajudar, mas eles [as concessionárias] têm que atender o nosso povo”.

Na reunião, conforme o prefeito, ele exigiu 100% da frota nas ruas (120 ônibus) e a regularização das linhas dos distritos aos domingos e feriados. Assista.

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O Grupo Brasileiro anunciou, nesta segunda-feira (7), a criação da sua Universidade Corporativa. O projeto será tocado em parceria com o Instituto Politécnico de Ensino a Distância (iPED). Segundo a empresa, inicialmente os cursos serão voltados aos gestores das empresas do grupo nas áreas de administrativa, financeira, comercial, operacional, manutenção, marketing, gente & gestão e tecnologia da informação

As atividades internas da Universidade Corporativa, projeto da Diretoria de Desenvolvimento, sob a orientação da diretora Elaine Carletto, são coordenadas pelo núcleo Gente & Gestão (RH), baseado na sede regional do Grupo Brasileiro, em Itabuna, Sul da Bahia.

Os cursos disponibilizados na modalidade Educação a Distância (EaD), com carga horária entre 20 e 80 horas aula, podem ser acessados pela plataforma do iPED, e contam para o currículo e desempenho dos profissionais envolvidos.

GENTE & GESTÃO

Jaciara Santos, ao centro, coordena RH do Grupo Brasileiro

A coordenadora corporativa de Gente & Gestão, Jaciara Santos, explica que o programa da Universidade Corporativa pode ser realizado dentro do horário de trabalho e não tem caráter obrigatório. Nesta primeira fase, explica Jaciara, a universidade corporativa busca o desenvolvimento da equipe gestora vinculada às áreas administrativa, financeira, comercial, operacional, manutenção, marketing, gente & gestão e tecnologia da informação.

As universidades corporativas surgiram como solução para o alinhamento das iniciativas de treinamento com a estratégia da organização e de criação de vantagem competitiva, por meio de aprendizado permanente. A plataforma iPED oferece cerca de mil opções de cursos para a capacitação profissional, mas a trilha de cursos a ser seguida pelos colaboradores do Grupo Brasileiro é sugerida pela coordenação da Universidade Corporativa.

O Grupo Brasileiro envolve as empresas Cidade Sol, Cidade Real, Pauma, Brasileiro, Rota Transportes e Viametro. Todas possuem certificação de qualidade ISO 9001. O grupo gera total de 4.000 empregos diretos e indiretos e atua na Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Acidente envolveu terceiro veículo
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Um ônibus e dois carros se envolveram em um acidente no Distrito Industrial de Ilhéus, no início da tarde desta quinta-feira (17). Um dos veículos, um Fiat Strada, perdeu a roda dianteira esquerda após bater na lateral do ônibus da Viametro.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra o motorista do Fiat sendo amparado por populares, ainda dentro do carro, cuja lateral dianteira foi danificada de modo severo. Aparentemente, o terceiro veículo envolvido na colisão, da Renault, não sofreu maiores danos.

Ainda não há informações sobre o estado de saúde das pessoas que estavam nos três veículos. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu-192) foi chamado ao local.

Augustão apresenta requerimento para contratação de terceira empresa de transporte || Foto FP
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O vereador Carlos Augusto, Augustão (PT), apresentou requerimento para solicitar que a Prefeitura de Ilhéus contrate uma terceira empresa de transporte público. Atualmente, as concessionárias do serviço são a Viação São Miguel e a Viametro.

O Requerimento nº 055/2022 está na pauta de votação da sessão ordinária desta terça-feira (15). Se aprovado, o documento será encaminhado ao prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), a quem cabe decidir se contratará ou não outra empresa.

Augustão também é autor de requerimento para que os membros do Conselho Municipal de Transportes sejam empossados. Instrumento típico da democracia participativa, o conselho não está em atividade.

Transporte público é tema de reunião entre representantes da Faculdade, da Sutram e das empresas de ônibus
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O diretor administrativo da Faculdade de Ilhéus, Alan Frisso, e o coordenador do Colegiado de Direito, professor Joilson Vasconcelos, reuniram-se com o diretor da Superintendência de Transporte, Trânsito e Mobilidade (Sutram), Valci Serpa, para reivindicar melhoria do transporte coletivo, alvo de muitas reclamações no município. Os gerentes das concessionárias, Carlos Bahia (Viametro) e Josemir Sobrinho (Viação São Miguel), também participaram da reunião, na última terça-feira (8), na sede da instituição de ensino.

Segundo Alan Frisso, a receptividade por parte da Sutram e das empresas foi a melhor possível. “Eles se colocaram totalmente à disposição para facilitar a mobilidade urbana. Ficou acordado que as empresas vão colocar dois fiscais para observar o fluxo de estudantes e, se houver a demanda, o número de veículos será aumentado. E a Sutram vai sinalizar a saída em frente à Faculdade de Ilhéus”, acrescentou.

RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS

Há preocupação com o retorno às aulas no modo presencial diante da perspectiva do aumento do número de estudantes no campus, com a chegada dos estudantes da Faculdade Madre Thais, que foi adquirida pela Faculdade de Ilhéus.

Os estudantes dos cursos de Direito, Enfermagem, Administração e Engenharia Civil que eram da Madre Thaís iniciam suas atividades no dia 21 de fevereiro. Já os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Engenharia Elétrica, Farmácia, Fisioterapia, Gastronomia, Gestão de Recursos Humanos, Logística e Serviço Social terão o início do semestre letivo no dia 3 de março.

Tendo em vista o fluxo de trânsito na Avenida Tancredo Neves, à margem da BA-001, foi acordado – para garantir a segurança dos estudantes – que o tráfego de ônibus será priorizado pela Avenida Nossa Senhora Aparecida, na Barreira. “Os estudantes terão à sua disposição duas portarias de acesso ao campus da Faculdade de Ilhéus, uma localizada na Avenida Tancredo Neves e a outra na Avenida Nossa Senhora Aparecida”, explica Alan Frisso.

Para facilitar o acesso ao transporte público, a Faculdade de Ilhéus antecipou o horário do início das aulas para as 18h30min, com término às 22h.

O QUE DIZ O DIRETOR DA SUTRAM

O diretor da Sutram, Valci Serpa, falou ao PIMENTA sobre o desfecho da reunião. Segundo ele, as empresas asseguraram o atendimento da demanda da Faculdade de Ilhéus, principalmente à noite.

Após a aquisição da Madre Thaís, conforme Serpa, a Faculdade de Ilhéus passou a ter quase 6 mil alunos. Por isso, assim como as empresas, a Sutram também vai escalar um fiscal para avaliar a prestação do serviço aos estudantes. Caso haja necessidade, o transporte será reforçado com mais ônibus, explica o gestor.

Votação no plenário virtual abre ano legislativo nesta terça-feira (1º)
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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga o acordo de R$ 15 milhões da Prefeitura de Ilhéus com as empresas de ônibus Viametro e São Miguel terá seu destino definido em sessão remota da Câmara de Vereadores, a partir das 16h desta terça-feira (1ª). O plenário da Casa vai decidir se a investigação deverá ou não continuar neste ano.

O presidente da Câmara, Jerbson Moraes, correligionário do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), suspendeu a CEI no último dia 11, sob o argumento de que a continuidade da investigação em 2022 depende da aprovação do plenário da Casa.

Segundo Jerbson, vale em Ilhéus a Lei Federal 1.579/1952, que, no segundo parágrafo do quinto artigo, condiciona a prorrogação da CEI após o fim do ano legislativo no qual foi criada à deliberação do plenário (relembre).

Membros da Comissão, os vereadores Fabrício Nascimento (PSB) e Cláudio Magalhães (PCdoB) afirmaram, em pedido de reconsideração feito no último dia 17, que a decisão de Jerbson Moraes foi ilegal, pois o regimento interno da Câmara prevê expressamente a continuidade da CEI durante o recesso legislativo. Portanto, segundo os parlamentares, a lei federal não tem eficácia para impedir o funcionamento do órgão municipal (veja aqui).

A sessão de abertura do ano legislativo será transmitida pelas redes sociais da Câmara, além do canal no Youtube.

Ao lado de Bebeto, Marão (à esquerda) destaca autoridade da Câmara para investigar acordo
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Na noite desta terça-feira (26), em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), falou pela primeira vez sobre o acordo da Prefeitura de Ilhéus com as empresas Viametro e São Miguel.  As concessionárias do transporte municipal vão receber R$ 15 milhões do município como subsídio.

Ontem, a Câmara de Vereadores instaurou Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o negócio jurídico. Ao lado do vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB), Mário Alexandre enfatizou que o Legislativo tem a prerrogativa de apurar os atos do Executivo, mas destacou a transparência da transação, que teve o aval do Judiciário.

Além disso, segundo o prefeito, acordos similares foram feitos em outras cidades brasileiras. Confira o pronunciamento.

Grupo quer investigação do acordo por meio do qual Prefeitura aceitou pagar R$ 15 milhões a empresas
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Um grupo de manifestantes decidiu se reunir em frente à Câmara de Vereadores de Ilhéus nesta terça-feira (26), às 15h, para exigir que o presidente da Casa, Jerbson Moraes (PSD), instaure a Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre o transporte público. O pedido de abertura da investigação foi apresentado por sete vereadores, número suficiente para iniciar a apuração.

A gota d’água no pote das reclamações sobre o transporte público foi a revelação de que a Prefeitura de Ilhéus aceitou pagar R$ 15 milhões às empresas Viametro e São Miguel. O acordo foi divulgado pelo vereador Tandick Resende (veja aqui).

Além do pagamento dos R$ 15 milhões, a Prefeitura aceitou aumentar a tarifa e vai permitir que as empresas cobrem passagem mais cara aos moradores dos distritos rurais. Está acordada também isenção de ISS para as concessionárias do transporte, com vigência mínima de 2 anos.

Quando soube dos termos do acordo, Jerbson Moraes o tratou como “absurdo” e não descartou a instauração da CEI (relembre).

Ouvida pela PIMENTA, a vereadora Enilda Mendonça (PT) disse que, uma vez instaurada, a comissão convocará qualquer pessoa ou autoridade pública cujo depoimento seja importante para a investigação (veja aqui).

O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), ainda não se manifestou sobre a decisão do seu governo. Segundo a Prefeitura, o pagamento acordado é uma forma de subsídio (leia o esclarecimento aqui).

Pedido de abertura de CEI já foi protocolado na presidência da Câmara de Ilhéus || Foto Clodoaldo Ribeiro
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Está no forno a Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre o subsídio de R$ 15 milhões que a Prefeitura de Ilhéus aceitou pagar às concessionárias do transporte público.  pedido de investigação já tem as 7 assinaturas necessárias para que a comissão seja instaurada.

A CEI é um instrumento da minoria parlamentar, por isso pode ser criada com o apoio de apenas sete vereadores, sem depender da bancada de sustentação do governo.

Ao PIMENTA, a vereadora Enilda Mendonça (PT) informou que, uma vez instaurada pelo presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Jerbson Moraes (PSD), a CEI pode investigar e convocar qualquer pessoa, inclusive autoridades do Executivo. “Quem achar que é necessário para fazer oitiva”, escreveu a parlamentar, em conversa via WhatsApp.

Além de Enilda, o pedido de investigação foi assinado pelos vereadores Abraão Santos (PDT), Augustão (PT), Edvaldo Gomes (DEM), Vinícius Alcântara (PV), Marisvaldo dos Anjos (PSDB) e Tandick Resende (PTB).

“ACORDÃO”

Nos bastidores da Câmara, o entendimento da Prefeitura com as empresas de ônibus ganhou o apelido de “acordão”, pois, além do pagamento dos R$ 15 milhões, o acordo prevê aumento da tarifa de ônibus, com valores diferenciados para as zonas urbanas e rurais. Está acordada também isenção de ISS, que deverá ter período mínimo de vigência de mais ou menos 2 anos e 4 meses.

Foi o vereador Tandick Resende quem revelou o acordo da Prefeitura de Ilhéus com as empresas Viametro e São Miguel, na última quarta-feira (20), em discurso no plenário da Câmara (veja aqui). Na noite de quinta-feira (21), a Prefeitura de Ilhéus divulgou nota de esclarecimento sobre o acordo (leia aqui).

Jerbson Moraes diz que situação do transporte em Ilhéus ultrapassou todos os limites
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O presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Jerbson Moraes (PSD), não descartou abertura, no âmbito do legislativo, de investigação da situação do transporte coletivo e do contrato milionário assinado pela Prefeitura de Ilhéus com as empresas de ônibus. Citando como exemplo a CPI da Covid no Senado, Jerbson defende que os donos das empresas Viametro e São Miguel devem ser responsabilizados criminalmente.

O presidente assegurou que se os vereadores derem entrada bem argumentada em um pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) e tiverem o número mínimo necessário para aprová-la, ele vai constituir os seus membros e iniciar imediatamente o processo de investigação do contrato das empresas com a Prefeitura de Ilhéus.

– Não dá para ter um discurso diferente, porque estaria rasgando os votos que recebi do povo, rasgando o meu mandato. O serviço de transporte é diferente do banco, da loja da esquina. É o serviço essencialmente público. O nome é concessão, justamente porque o município concede às empresas uma autorização para desenvolver o serviço. E quando você concede é preciso fiscalizar se a concessão é feita como a lei manda. Se ela não honra a concessão ela não pode continuar. Se a gente abrir a CEI e intimar o dono da empresa e ele não vir, a polícia vai lá e busca ele – disse ele.

Ontem (20), ao participar da sessão ordinária, o vereador Tandick Resende (PTB) denunciou um acordo judicial das empresas Viametro e São Miguel, com a Prefeitura de Ilhéus, para que estas fossem indenizadas em R$ 15 milhões, que serão pagos em 25 parcelas sucessivas de R$ 600 mil devido a supostos prejuízos causados durante o período da pandemia, quando, em parte deste tempo, deixaram de circular.

CONTRATO DE “MÃE”

O contrato prevê, além do pagamento dos R$ 15 milhões, aumento da tarifa de ônibus, com valores diferenciados para as tarifas urbanas e rurais, e redução ainda maior da frota em caso de não cumprimento da parcela acordada. Pior ainda, a prefeitura deverá se abster de instaurar processo administrativo em desfavor das empresas visando apurar eventual descumprimento do contrato de concessão.

A negociação também prevê que não sejam adotadas quaisquer medidas coercitivas, sanção política, direta ou indireta, visando a retaliação das empresas de ônibus. Está acordado também aprovar uma isenção de ISS que deverá ter período mínimo de vigência de mais ou menos 2 anos e 4 meses e combater o transporte alternativo.

E O MINISTÉRIO PÚBLICO, HEIN?

“Isso é um absurdo”, definiu o presidente da Câmara, Jerbson Moraes, do mesmo partido do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD). “Quando a Prefeitura aceita um acordo desse, ela assume uma culpa. Algo que ninguém no mundo assumiu. É a Prefeitura culpada pela pandemia?”, questiona.

“Acreditem se quiser, mas o Ministério Público anuiu esse acordo, o mesmo Ministério Público que tinha ingressado com o processo para cumprimento do decreto de retorno da frota em 100%, e o juiz já sentenciou a homologação do acordo, que tem força de título judicial. Detalhe, a sentença já transitou em julgado, de modo que não cabe mais recurso, até mesmo porque houve acordo”, afirmou o denunciante, durante seu discurso.

SEM NOTAS FISCAIS E PLANILHA

De acordo com o vereador Tandick Resende, nos anexos do acordo oficializado há, ainda, uma planilha de cálculos onde só constam as despesas, mas sem apresentar notas fiscais, e sem apresentar receitas provenientes do serviço de publicidade que as empresas de ônibus exploram, sem considerar as benesses oriundas do Governo Federal em relação aos custos das empresas. “A planilha do Governo ainda não encontrei no processo, se resume a uma folha de cálculo no Excel. É tudo muito nebuloso”, disse mais cedo na Câmara.

Segundo Tandick, governo aceitou pagar R$ 7,5 milhões a cada empresa do transporte municipal
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O vereador Tandick Resende (PTB) afirmou nesta quarta-feira (20), em discurso na Câmara de Ilhéus, que o governo do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), fez acordo para indenizar a Viametro e a São Miguel em R$ 15 milhões. Conforme o parlamentar, o valor será dividido em partes iguais pelas empresas. Firmado em junho de 2021, o pacto teve anuência do Ministério Público do Estado da Bahia e do Poder Judiciário.

Ainda segundo Tandick, o pagamento da indenização foi exigido judicialmente pelas empresas, em decorrência dos decretos municipais que, em 2020, impediram a circulação de ônibus por causa da pandemia de covid-19. Ou seja, prevaleceu o entendimento de que caberia aos cofres públicos bancar os prejuízos alegados pelos empresários.

A Prefeitura de Ilhéus e as empresas ainda não se manifestaram sobre o pronunciamento do vereador, que falou em tom de denúncia e sugeriu a instalação de inquérito parlamentar sobre o caso. Para Tandick Resende, a situação exige que a Câmara convoque o prefeito e auxiliares a prestar esclarecimentos à sociedade. Assista.

O prefeito Mário Alexandre e o vice Bebeto em reunião com Gustavo Santana (ao centro), presidente do Sindrod || Foto Clodoaldo Ribeiro/Secom-Ilhéus
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O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), e o vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB) se reuniram, na tarde desta quarta-feira (28), com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Ilhéus (Sindrod), Gustavo Santana. O sindicalista pediu que a Prefeitura intervenha, como mediadora, nas negociações da categoria com as empresas São Miguel e Viametro, concessionárias do transporte público municipal.

Segundo a Prefeitura, o objetivo do sindicato é evitar novas demissões e negociar reajuste salarial para motoristas e cobradores. Nos últimos 18 meses, o salário dos rodoviários foi reajustado em 3,5%, 5% a menos do que o percentual almejado pela categoria.

Mário Alexandre garantiu que a Prefeitura vai mediar o diálogo dos rodoviários com as empresas. Também assumiu o compromisso de renovar o convênio do município com o sindicato para a prestação de serviços médicos e odontológicos aos trabalhadores. Além disso, solicitou agendamento de nova reunião, dessa vez, com a presença de representantes das concessionárias.

Bebeto Galvão destacou que o governo tem o dever de sensibilizar as concessionárias para que negociem com os rodoviários, com objetivo de evitar a paralisação do serviço. “O município se sensibiliza com a demanda apresentada para ajudar na negociação, isso pela responsabilidade que nós temos de não permitir que o sistema paralise as atividades em prejuízo da população”, declarou o vice-prefeito.

Incêndio destrói ônibus em garagem da Viametro, em Ilhéus
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Um incêndio destruiu vários ônibus da empresa Viametro, do Grupo Brasileiro, em Ilhéus, na manhã desta segunda-feira (27). O sinistro ocorreu na sede da Viametro, na Esperança, em Ilhéus e destruiu ao menos cinco veículos. No momento, ao menos metade da frota da empresa que opera no transporte público do município ainda estava na garagem.

As chamas levantaram uma grande coluna de fumaça escura que assustou moradores do entorno da sede da empresa. O Grupamento do Corpo de Bombeiros foi acionado e debelou as chamas. Ninguém ficou ferido.

Uma investigação será aberta para apurar as causas do incêndio. Confira vídeo feito por um morador da Avenida Esperança, em frente à Viametro. A empresa ainda não se pronunciou quanto ao incêndio.

Viametro promove demissão em massa em Ilhéus
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Na manhã desta terça-feira (24), quase 100 trabalhadores da empresa de ônibus Viametro foram surpreendidos com aviso de demissão. A viação, que opera o transporte coletivo de Ilhéus, alega que a medida drástica foi adotada por causa da crise causada pelo coronavírus.

Na noite de segunda-feira (23), motoristas e cobradores foram informados que deveriam comparecer à sede da empresa logo na manhã de hoje. Ao chegar, receberam um aviso com as explicações para o desligamento em massa.

No documento, a Viametro informa aos trabalhadores que, por motivos de força maior, alheios à vontade da empresa, e por causa das medidas restritivas impostas pelas autoridades que paralisaram o transporte público no município por conta da pandemia do coronavírus, estava encerrando os seus contratos.

Os trabalhadores ficaram ainda mais apreensivos porque a empresa informou que não pagará os 40% de FGTS a que eles têm direito. Os funcionários reclamam que as demissões vieram no momento em que mais precisam de recursos financeiros por causa da dificuldade gerada pelo coronavírus.

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Defensoria Estadual pede suspensão de reajuste da passagem em Ilhéus

A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) ajuizou Ação Civil Pública contra o município de Ilhéus e as empresas São Miguel e ViaMetro e pede a suspensão imediata do aumento da tarifa de ônibus. Desde dezembro do ano passado, o ilheense paga R$ 3,80 pela tarifa. De acordo com a Defensoria, “as condições de segurança, qualidade e acessibilidade nos veículos da frota municipal estão sendo descumpridas pelas empresas”.

A ação ainda pede o pagamento de uma indenização no valor de R$ 974.390,40. A defensora pública Fabianne de Oliveira Souza, que atua em Ilhéus e propôs a ação, qualifica como “contínuo desrespeito” o serviço prestado pelas empresas que operam no sistema de transporte coletivo de passageiros e pelo município.

“A DPE/BA espera, ao provocar o Judiciário sobre este tema, fazer com que cessem tais ilegalidades, mas também que se abra um espaço para discussão e participação da sociedade na construção de um modelo mais justo”, afirmou Fabianne Souza.

Na ação proposta pela Defensoria são citados diversos fatos não cumpridos que foram prometidos como parte do acordo entre Prefeitura e concessionárias de transporte público em dezembro de 2018. A passagem passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 em dezembro, reajuste de 8,57%.

ÔNIBUS PRECÁRIOS E FALTA DE ABRIGO

Entre os motivos do pedido da DPE-BA estão a precariedade da situação da frota e da deficiência na prestação dos serviços das empresas concessionárias, a falta de estruturas e até de existência de abrigos para passageiros, a ausência de acessibilidade para pessoas com deficiência, devido à demora na renovação da frota, equipamentos subutilizados, danificados e ainda funcionários não adequadamente treinados. Além disso tem o aumento acumulado de 39,87% nos últimos quatro anos, que supera com folga os 23,66% do acumulado da inflação no país neste mesmo período.

De acordo com a defensora Fabianne Souza, o juiz que está com o caso já despachou para que a Prefeitura se manifeste sobre o assunto em até 72 horas, mas o Município ainda não foi oficialmente intimado.