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ciranda rural 4

Ilhéus tornou-se mais um município contemplado com a Ronda Maria da Penha, ontem (3), com o lançamento do Projeto Ciranda Rural, que visa atender à mulher do campo no enfrentamento e combate à violência. A iniciativa do governo baiano é ação articulada das áreas de segurança, proteção à mulher e desenvolvimento rural.

De acordo com a Polícia Militar, nas áreas onde a Ronda Maria da Penha foi implantada em Salvador, houve redução de 80% dos casos de violência contra a mulher. Somente no primeiro semestre deste ano, a Bahia registrou mais de 23,4 mil casos de violência contra a mulher. A foto, com a Catedral de São Sebastião ao fundo, é de Daniel Thame.

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Major da PM-BA é finalista de maior prêmio feminino da América Latina | Foto Pablo Saborido/Claudia
Major baiana é finalista de maior prêmio feminino do continente || Pablo Saborido/Claudia

Aos 18 anos, Denice Santiago ingressou na primeira turma feminina da Polícia Militar da Bahia. “Tudo era estranho. Havia uma regra segundo a qual mulheres não podiam entrar no quartel após as 22 horas. Tivemos que acabar com aquilo”, conta.

Foi só a primeira das mudanças de que fez parte. Em 2005, ela participou da comemoração dos 50 anos da mulher na polícia de São Paulo. Ali, ouviu depoimentos dramáticos das colegas paulistas. “Havia casos de depressão e até suicídio. Percebi que nós todas vivemos uma realidade parecida e muito dura”, diz.

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A experiência deu origem, no ano seguinte, ao Centro de Referência Maria Felipa, núcleo de gênero dentro da PM baiana que tem a missão de valorizar e melhorar as condições de trabalho da mulher no batalhão.

Entre outras vitórias, o grupo conquistou a aprovação de uma portaria que assegura direitos às policiais grávidas. Ali, Denice passou a receber também queixas de mulheres de PMs agredidas pelos maridos. “Aquilo chamou minha atenção para a violência doméstica”, afirma.

Pouco tempo depois, quando já trabalhava na Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, ela teve a ideia de criar um recurso específico para garantir a segurança de quem está sob medida protetiva (aguardando o processo contra o agressor).

Assim nascia a Ronda Maria da Penha, batalhão especial que faz visitas periódicas e acompanha de perto as vítimas de violência doméstica. Os casos são encaminhados pelo Tribunal de Justiça. Na primeira visita, os policiais avaliam, de acordo com a gravidade da situação, a frequência com que devem voltar àquela residência.

Não à toa, o grupo ganhou o apelido de Salvadores de Marias. “Em menos de três anos de atividade, acompanhamos 1 039 mulheres e realizamos 63 prisões ou, como costumo dizer, evitamos 63 feminicídios”, afirma Denice, que hoje é major. Ela criou também o Ronda para Homens, encontros com agressores ministrados por policiais homens em que discutem as várias formas de violência doméstica. Giuliana Bergamo/Claudia.

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Vanessa Graziotin é autora da proposta.
Vanessa Graziotin é autora da proposta.

Da Agência Brasil

Uma semana após se tornar público o caso do estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro, ocorrido no sábado (21), o plenário do Senado aprovou hoje (31), por unanimidade, projeto de lei que tipifica os crimes de estupro coletivo e de divulgação de imagens desse tipo de crime.

Pela proposta, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a pena para o crime de estupro praticado por duas ou mais pessoas poderá ser aumentada de um a dois terços.

“Temos que a reprovabilidade da conduta nos estupros perpetrados por diversas pessoas, na mesma ocasião, é mais elevada que nos demais crimes contra a dignidade sexual, pois a pluralidade de agentes importa, além da covardia explícita e da compaixão inexistente, em ainda mais sofrimento físico e moral, medo e humilhação para a vítima”, argumentou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), relatora da matéria.

Uma emenda da relatora transforma em crime, com pena de reclusão de dois a cinco anos, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, inclusive sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro.

“A divulgação do estupro e, a partir desse momento, sua virtual e eterna permanência na internet não gera apenas prejuízos morais à vitima, a exemplo de um xingamento ou de uma mera depreciação pessoal. A divulgação perturbará seu convívio familiar, desestabilizará suas relações sociais, deixará sequelas em futuros relacionamentos amorosos e na imagem que a vítima buscará construir a respeito de si mesma”, acrescentou Simone Tebet.

A matéria estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), propôs a apresentação de um requerimento assinado pelos líderes para que a votação fosse levada diretamente ao plenário.

O requerimento foi aprovado no início da noite e, depois de votada as matérias pautadas, o mérito do projeto foi aprovado. O texto segue agora para apreciação da Câmara dos Deputados.

De acordo com o Artigo 213 do Código Penal, constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar sexo ou a praticar ou permitir que com ele se pratique está sujeito ànprisão de seis a dez anos.

Se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 anos ou maior de 14 anos, a pena passa a ser de oito a 12 anos. Se da conduta resultar na morte da vítima, passa a ser de 12 a 30 anos de prisão.

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whatsappO juiz Djalma Moreira Gomes Júnior se valeu do aplicativo WhatsApp para comunicar a uma vítima a decisão quanto a medida protetiva depois que ela foi ameaçada pelo companheiro. Titular da 2ª Vara de Mococa, o magistrado usou o aplicativo no feriado do último final de semana, após a mulher fugir de casa com o filho de 9 anos, informa o Estadão.

A vítima denunciou o marido e acionou a polícia e o Ministério Público, que obteve medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha. E, como havia risco para a vítima, o juiz mandou remeter cópia da decisão à mulher. O atendimento foi realizado no plantão judiciário do feriadão.

De acordo com o juiz Djalma Moreira Gomes Júnior, a intenção da vítima era fazer a denúncia e dormir na rua para, no dia seguinte, viajar até a casa de sua mãe, em outro município.

Ele então proibiu o homem de manter qualquer tipo de contato com a mulher e que respeite distância mínima de 200 metros. Determinou ainda que o não cumprimento das medidas implicará prisão preventiva.

LIDA
Por saber que a mulher estaria viajando para ficar com a mãe, o juiz determinou que ela recebesse cópia da decisão pelo aplicativo WhatsApp. Um escrevente enviou o documento e, depois, encaminhou para o magistrado a resposta da vítima, confirmando a leitura da mensagem.

Através do Tribunal de Justiça, o magistrado declarou que situações como essa “dão um especial sentido à Justiça e ao seu valoroso plantão judiciário”.

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Manu BerbertManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

 

Colocar a violência contra a mulher em discussão não é punir o homem em si. Muito pelo contrário. É orientá-lo sobre sentimentos como o respeito, a compaixão, o amor e a amizade para com elas.

 

 

No domingo, quando o Enem divulgou o tema da redação após o fechamento dos portões, confesso que fiquei em êxtase. Tornar necessário que sete milhões de estudantes reflitam sobre “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” é um marco e deve ser comemorado por todos. As relações interpessoais estão em colapso, e o Ministério da Educação entendeu, enfim, que não basta decorar os assuntos do ensino médio para se tornar alguém apto a se relacionar com outrem e suas futuras profissões.

Li que especialistas confirmaram a pertinência do tema, e que neste ano só há um tipo de posicionamento: contrário à violência. Embora a liberdade de expressão seja o direito de qualquer indivíduo em manifestar suas opiniões e pensamentos, defender qualquer ato violento, seja ele qual for, é se colocar na contramão dos direitos humanos e, assim, ir de encontro às normas que regem o nosso país. Em resumo, só irá atingir uma pontuação significante na prova quem escreveu abominando a violência física, verbal ou psicológica à mulher. “Bingo”, pensei!

Os índices de violência doméstica crescem assustadoramente no Brasil. E não é necessário que se tenha acesso a ambientes judiciais para ter essa noção. Todos os dias, assistimos nos noticiários casos de atos grotescos praticados no âmbito familiar, e isso inclui abuso sexual contra as crianças, maus tratos contra idosos, e principalmente a violência contra a mulher. Ou a escola debate normas comportamentais atuais que orientem as interações entre os indivíduos, ou estaremos predestinados a um “apocalipse” social.

Colocar a violência contra a mulher em discussão não é punir o homem em si. Muito pelo contrário. É orientá-lo sobre sentimentos como o respeito, a compaixão, o amor e a amizade para com elas. Da mesma forma, a Lei Maria da Penha não tem como finalidade punir o homem, e sim punir o homem agressor. E antes que alguém pense “mais um texto de uma feminista do século XXI”, permitam-se um pouquinho mais de clareza: Mulher gosta de carinho, seja ela feminista ou apenas FEMININA, como eu!

Manuela Berbert é publicitária e colunista do Diário Bahia.

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jurema cintra oabJurema Cintra | falecomjurema@gmail.com

Fato acontecido recentemente com uma advogada e professora doutora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), de Ilhéus, foi chocante. Após sua denúncia, apareceram tantos e tantos relatos similares, pavorosos, angustiantes dentro de ônibus urbanos, intermunicipais, estaduais e metrô.

A partir de hoje, toda vez que pegar um ônibus, trem ou metrô vou seguir as regras deste manual, afinal ainda “não sou dona de meu corpo” e estou vulnerável a sofrer violência a qualquer momento:

1- PEGAR  ônibus de calça jeans e blusa de manga comprida, mesmo que esteja fazendo 35 graus ou 40 graus de matar. Na camisa, terá o dizer, na frente e verso: NÃO PASSE A MÃO EM MIM, O CORPO É MEU!!!

2- FAZER adesivo “NÃO PASSE A MÃO EM MIM, O CORPO É MEU!!!” e colar nas malas, no carro, no trabalho, nos banheiros, enfim, eles: os “adoráveis passadores de mão” estão em todos os cantos, temos de monitorá-los;

3 – NÃO ENTRAR em ônibus cheio (entupido), mesmo que perca seus compromissos profissionais, mas não culpe as empresas de ônibus. Coitadas!!! Elas não têm culpa dos ônibus urbanos estarem superlotados e ficarmos sujeitas a tanta falta de segurança, já que assédio sexual e estupro são crimes;

4 – MANTENHA seu celular sempre com a câmera aberta 24 horas para filmar tudo ao redor. Quem sabe não identifica o “tarado”;

5 – Quando a viagem for longa, UTILIZE seu “pau de selfie” e celular, coloque preso no bolsão da frente da poltrona com a câmera ligada e avise ao homem que está do seu lado que ele será filmado durante toda a viagem;

6- PEGUE a câmera GoPro e prenda no cinto filmando a viagem toda. Grave tudo que puder;

7 – Antes de comprar a passagem no balcão da companhia, PEÇA para saber o sexo do passageiro ao seu lado. Só escolha poltrona do lado de mulher;

8 – NÃO PEGUE metrô cheio, só entre no vagão rosa feminino;

9 – LOCALIZE na internet e COMPRE um cinto de castidade medieval, assim, mesmo que tudo isto não funcione, sua genitália estará intocável;

10 – ANDE  com meu megafone portátil na cintura. Se alguém lhe “encoxar”, GRITE para todo o ônibus/metrô ouvir. O megafone dará visibilidade suficiente;

11 – TENHA um segurança particular que será sua eterna testemunha ou então APRENDA umas três artes marciais diferentes. É a chance de entrar no MMA;

12 – Se viajar sozinha, NÃO DURMA. Tome 2 litros de café + guaraná em pó + arrebite + energéticos, faça um coquetel e mantenha-se em ALERTA todo o tempo da viagem e CONVERSE COM todos os passageiros antes de iniciar o trajeto. Assim você terá futuras e possíveis testemunhas;

13 – Se mesmo assim, uma mão boba escorregar para dentro de sua blusa no meio da noite, FIQUE sem tomar banho e guarde toda a roupa, pois afinal o CSI (perícia técnica do Brasil) vai chegar e lhe salvar para obter provas. Tenho certeza que vão colher os resíduos de pele do agressor/assediador que ficaram impregnados em você;

14- Quando o agressor ejacular em cima de você, NÃO SE LAVE mesmo. A perícia(CSI) terá a prova cabal do crime;

15 – SOLICITE as cópias das gravações das diversas câmeras nos ônibus, deve ser algo muito fácil;

16 – GRITE sempre, berre, afinal você fez tudo isso acima e terá provas contra esses covardes, ninguém vai lhe taxar de louca e excessiva ou paranoica, não é?

Bem, depois de tomar todas estas simples medidas de precaução terei muito sucesso para propor uma ação judicial de indenização além das medidas penais contra o agressor com esse arsenal de provas não é? É revoltante saber que toda vez que uma mulher precisa usar um transporte público no Brasil ela, em verdade, está partindo para uma GUERRA. Sim, uma guerra em defesa de seu próprio corpo, pelo direito, pela sua liberdade.

Fato acontecido recentemente com uma advogada e professora doutora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), de Ilhéus, foi chocante. Após sua denúncia, apareceram tantos e tantos relatos similares, pavorosos, angustiantes dentro de ônibus urbanos, intermunicipais, estaduais e metrô. Fiz este manual bizarro por que nós mulheres temos de entender que, infelizmente, estamos numa guerra de gênero, numa guerra em que a violência machista impera, é preciso criar armas para nos defender, enquanto o RESPEITO não for algo tão difícil de se obter. É preciso sensibilidade e políticas públicas efetivas para garantir os direitos das mulheres. Espero chegar este dia em que homens e mulheres não estarão mais em lados opostos e sim caminhando juntos.

Jurema Cintra Barreto é vice-presidente da OAB de Itabuna e defensora dos Direitos Humanos.

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violência contra a mulher1Itabuna está entre os municípios baianos que mais registraram casos de violência doméstica e sexual neste início de ano. Entre primeiro de janeiro e o 2 de fevereiro foram 22 notificações.

O município do sul da Bahia só registrou menos casos de violência doméstica e sexual que Salvador, que contabilizou 64. Em terceiro lugar aparece Feira de Santana, com 17 notificações.

Além de Itabuna, no sul da Bahia novos casos de violência doméstica foram registrados em Ilhéus e São José da Vitória. No estado foram notificados 149 ocorrências neste início de ano.

No ano passado foram registrados 9.979 casos de violência doméstica e sexual na Bahia. Foram notificadas também 154 mortes, das quais 43 em Salvador. Informação d´A Região.

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Mulheres são alvos prefer
Dados da OMS despertam atenção para vulnerabilidade da mulher.

Uma em cada três mulheres é vítima de abusos físicos em todo o mundo, indica uma série de estudos divulgados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre 100 milhões e 140 milhões de mulheres são vítimas de mutilação genital e cerca de 70 milhões se casam antes dos 18 anos, frequentemente contra a sua vontade.
Os dados indicam que 7% das mulheres correm o risco de sofrer violência em algum momento das suas vidas.
A violência, exacerbada durante conflitos e crises humanitárias, tem consequências dramáticas para a saúde física e mental das vítimas.
“Nenhuma varinha de condão vai eliminar a violência contras as mulheres. Mas a prática revela que é possível realizar mudanças nas atitudes e nos comportamentos, que podem ser conseguidos em menos de uma geração”, afirmou Charlotte Watts, professora na Escola de Higiene e Medicina Tropical em Londres e coautora dos documentos.
Os investigadores apuraram que mesmo nos casos em que existe legislação forte e avançada de defesa das mulheres, muitas continuam a ser vítimas de discriminação, violência e falta de acesso adequado a serviços jurídicos e de saúde.
Os autores sustentaram que a violência contra as mulheres só vai retroceder se os governos colocarem mais recursos na luta e reconhecerem que ela prejudica o crescimento econômico.
O documento também sustenta que os líderes mundiais deverem mudar legislações e instituições discriminatórias que encorajam a desigualdade e preparam o terreno para mais violência. Da Agência Brasil.

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) errou ao divulgar o resultado da pesquisa “Tolerância social à violência contra as mulheres”. Hoje, o instituto reconheceu que errou ao informar que 65,1% dos brasileiros apoiavam ataques a mulheres que usam roupas curtas. O percentual correto é 26%, enquanto 70% discordam totalmente. 3,4% se dizem neutros.
A confusão ocorreu, segundo nota do Ipea, ao serem trocados os gráficos dos quesitos “Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar” e “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
A derrapada provocou pedido de exoneração do diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Rafael Guerreiro Osório. O levantamento ouviu 3.810 pessoas, no período de maio a junho do ano passado.

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Alean Rodrigues | A Tarde

Deleon torturou e violentou companheira (Foto Luiz Tito/Ag. A Tarde).
Deleon torturou e violentou companheira (Foto Luiz Tito/Ag. A Tarde).

O torneiro repuxador Deleon Vitória de Santana, de 32 anos, foi preso na noite de segunda-feira, 17, sob suspeita de torturar, violentar e manter a ex-companheira em cárcere privado em Feira de Santana. A violência contra Renata da Silva Bezerra, 26 anos, grávida de 7 meses, durou quatro meses até que ela teve coragem para fugir e denunciar o caso à polícia. Deleon foi preso em flagrante por ameaça já que, no momento em que a polícia se dirigia à residência dele, o mesmo telefonou inúmeras vezes para a vítima ameaçando-a de morte.
“Ele disse a ela que iria cegá-la totalmente e matá-la, e que ela pensasse duas vezes antes de procurar a polícia, mas nós estávamos ao lado da vítima e o prendemos em flagrante”, informou a delegada Clécia Vasconcelos, titular da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM).
As sessões de torturas e agressões duraram quatro meses, até que na última quinta-feira (13), Renata tomou coragem e fugiu, procurando abrigo na casa de uma amiga, mas só denunciou o fato na DEAM na tarde de segunda-feira. A jovem perdeu a visão do olho esquerdo que era constantemente perfurado com um garfo, pelo acusado. Além disto, ele arrancou e quebrou os dentes dela com um alicate, cortou o cabelo e o rosto com uma faca e ateou fogo na sua cabeça.
Leia matéria na íntegra

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Alinne aparece em vídeo para explicar hematoma no olho (Reprodução).
Alinne aparece em vídeo para explicar hematoma no olho (Reprodução).

Cantora e ex-vocalista da Banda Cheiro de Amor, a itabunense Alinne Rosa explica em vídeo as causas do polêmico hematoma exibido nesta semana.

– A violência contra a mulher merece tanta atenção quanto a que eu tive nos últimos dias. A violência contra a mulher é um problema de todos.

Clique no play e confira as explicações da cantora para o “hematoma”.

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violência contra a mulher1Flávia Albuquerque | Agência Brasil

São Paulo – Uma pesquisa elaborada pelo Data Popular a pedido do Instituto Avon revelou que 56% dos homens já tiveram atitudes que caracterizam violência doméstica contra suas parceiras. De acordo com a pesquisa Percepções dos Homens sobre a Violência Doméstica contra a Mulher, divulgada hoje (29), na capital paulista 41% dos brasileiros conhecem pelo menos um homem que tenha sido violento com sua parceira. Para fazer a pesquisa foram entrevistados 995 homens e 505 mulheres a partir de 16 anos em 50 municípios das cinco regiões do país.

A pesquisa mostrou ainda que 16% dos entrevistados admitem já ter sido agressivos com a companheira. Mas quando listada uma série de atitudes consideradas violentas, é que se chega ao resultado de 56% deles admitindo terem sido agressivos. Entre os itens apontados estão: xingou, empurrou, ameaçou com palavras, deu um tapa, um soco, impediu de sair de casa, arremessou algum tipo de objeto, humilhou em público,obrigou a fazer sexo sem vontade e ameaçou com arma.

Segundo o estudo 53% dos homens entram no casamento com expectativa de felicidade, mas a mesma porcentagem atribui à mulher a responsabilidade pelo sucesso da união. Ainda dentro das expectativas 85% acham inaceitável a mulher ficar alcoolizada 69% não concordam que ela saia com amigos sem sua companhia e 46% consideram inaceitável o uso de roupas justas e decotadas.

“RESPONSÁVEL PELO TRABALHO DOMÉSTICO”

O estudo indicou também que a mulher ainda é vista como responsável pelo trabalho doméstico, já que 89% não aceitam que a mulher não mantenha a casa em ordem. Em outro aspecto a pesquisa constatou que 29% dos entrevistados acreditam que o homem só bate porque a mulher provoca e 23% batem porque só assim a mulher “cala a boca”, além de que 12% acha que têm razão em bater na mulher caso ela os traia.

De acordo com o estudo o ambiente na infância pode ser o fator influente no comportamento do homem adulto 67% dos agressores presenciaram discussões dos pais quando crianças, enquanto entre os não agressores esse número cai para 47%. Entre os agressores 21% viram violência física e entre os não agressores esse índice cai para 9%.

Quando questionados sobre a Lei Maria da Penha 92% dos homens se disseram favoráveis, mas 35% afirmaram que a desconhecem parcial ou totalmente. A maioria dos homens não entende que a lei atua para diminuir a desigualdade de gênero. Para  37%  as mulheres desrespeitam mais os homens por causa da lei e 81% defendem que os homens também deveriam ser protegidos pela lei.

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Lei
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No dia em que a Lei Maria da Penha completa sete anos, 7 de agosto, a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, destacou a importância da denúncia para a efetividade da lei e a punição aos agressores que cometem violência contra as mulheres.

“Se as mulheres não denunciarem, não existe crime. Como podemos acabar com a impunidade sem a denúncia? Quero aqui chamar as mulheres para denunciar a violência contra qualquer mulher, criança ou adolescente”, disse a ministra que participou hoje (7) da 7° Jornada Lei Maria da Penha, organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dados divulgados pelo Instituto Patrícia Galvão e Data Popular mostram que, após sete anos de vigência, 98% da população dizem conhecer a lei. Ao fazer um balanço do período, a ministra Eleonora Menicucci apontou a demora do Judiciário em expedir medidas protetivas em favor das mulheres como um dos gargalos a ser resolvido.

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Dois homens invadiram uma casa em Muritiba, ontem à noite, e estupraram uma mulher de 40 anos. O crime ocorreu no distrito de Posto Sanca. De acordo com informações do Correio, Célia Fonseca foi estuprada e queimada pelos bárbaros. A sessão começou por volta das 19h e foi interrompida às 22h, quando vizinhos estranharam o barulho e acionaram a polícia.
A mãe de Célia, Juscelina, 64 anos, foi obrigada a assistir a tudo e também sofreu socos dos marginais. Na sessão de horror, os bandidos ainda colocara o cano de uma escopeta na vagina de Célia, que faleceu a caminho de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) no município. Juscelina encontra-se internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.

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valéria ettingerValéria Ettinger | lelaettinger@hotmail.com

A mulher tem, também, o direito de fazer escolhas, de decidir os seus caminhos, construir sua própria história, compartilhar a vida, amar, ser amada, ser uma cidadã, ser sujeito de direitos, ser livre e digna de muito respeito.

Mais um dia Internacional da Mulher comemorado. Mais um dia para as indústrias cosméticas, de lingeries, de eletrodomésticos e floriculturas usarem da força do mercado e promover o consumo a esses produtos, como se o dia 08 de março fosse a representação do culto a beleza, da maternidade e da sensualidade e sedução. Como se as mulheres estivessem, apenas, desejando rosas, batom, sutiãs e um fogão.
Ninguém lembra que no dia 08 de março de 1857, cerca de 130 mulheres foram queimadas em uma fábrica nos Estados Unidos por estarem fazendo uma greve em prol da garantia de Direitos. Que os índices de violência contra a mulher, ainda, se encontram em um patamar de alto grau de risco e gravidade, como observamos os dados de violência física que matou, no Brasil, nos últimos 30 anos, cerca de 91.932 mulheres, colocando o Brasil no 7º lugar em “feminicídio” no ranking de 84 países, a Bahia em 6º lugar , Salvador em 94º nacional e Itabuna em 33º lugar estadual.
Que no campo do trabalho as mulheres são discriminadas e ganham menos do que os homens, que as mulheres são tratadas como objeto e são culpadas pela violência que sofrem e muitas delas acreditam que deve ser assim, pois a força da dominação do “falo” condiciona as mulheres a acreditarem que elas são submissas e devem estar sempre a serviço do seu homem, seja pai, irmão, marido ou amante.
Esse discurso dominante cria padrões comportamentais e estereótipos que são segregativos e fazem com que os homens estejam longe das mulheres e as mulheres longe dos homens. Padrões que promovem uma verdadeira prisão de valores e comportamentos, como se, desde a gênesis, eles tivessem sido definidos.
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