Tempo de leitura: < 1 minuto

Uma reunião que acontece na manhã desta quinta-feira, em Salvador, pode estar selando a composição da chapa majoritária encabeçada pelo governador Jaques Wagner para as próximas eleições. Um grupo se articula para que o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), seja o candidato a vice.

Nessa costura, Otto Alencar (PP) seria candidato a senador, juntamente com Lídice da Mata. Esta, por sua vez, deseja Otto como companheiro na chapa, rejeitando a ideia de que  o petista Walter Pinheiro ocupe a vaga.

Há quem não apoie a indicação de Nilo para a vice, por considerar que ele tem pouca expressão no Estado. De qualquer forma, a costura pró-Nilo é mantida a sete chaves.

Tempo de leitura: 2 minutos

Geddel mira o poder com práticas carlistas (Foto Pimenta – 30.08.2009).

Figura com uma visão clara da cena política baiana conversava com o Pimenta, e largou essa: “César Borges oscilou entre a sedução democrática de Wagner e o chicote de Geddel Vieira Lima. Preferiu o chicote”.

E se pôs a observar – e apontar – “trejeitos” (como diria Jonas Paulo) carlistas de ser dos peemedebistas, Geddel Vieira Lima à frente. Claro, tudo isso com o fim de fazer pespegar na figura maior do peemedebê a imagem do autoritarismo. Pelo menos, o deputado federal peemedebista colabora nesse sentido em atos e gestos.

Um exemplo vem da deputada estadual Maria Luiza Carneiro, primeira-dama de Salvador. As mesmas razões que aproximaram César Borges e Geddel seriam aquelas que afastaram da coligação peemedebista a deputada do PSC.

– Por convicção pessoal, não pertenço ao grupo de apoio à candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima. E sei que isso já me custaria a perda da legenda partidária -, discursou Maria Luiza, no plenário da Assembleia Legislativa.

A parlamentar disse ter sido submetida a um pau-de-arara (“sessão pressão”) para engolir a seco o apoio irrestrito a Geddel e, ainda, ter transformado a sua vida num inferno ao decidir sair candidata a federal. Inferno porque resistia à pressão familiar e à do peemedebista.

Enfim, o ar na coligação peemedebista não seria o recomendável para quem procura oxigênio puro. O autoritarismo de Geddel e seus métodos políticos tornados públicos aqui e ali o aproximam dos métodos dos quais são adeptas as viúvas do carlismo. E aí, a maldade. César Borges piscou ao sentir esses sinais.

Dois exemplos de autoristarismo enxergados pela fonte:

1 – O prefeito de Malhadas, Valdemar Lacerda, deixou escapar que o então ministro da Integração Regional, Geddel Vieira Lima, teria encomendado vaias ao governador Jaques Wagner, quando este foi ao município para inaugurar a ponte Malhadas e Carinhanha, às margens do rio São Francisco (relembre). O prefeito se negou a articular as vaias ao petista.

2 – A prefeita de Governador Mangabeira, Domingas Paixão, teria sofrido pressão psicológica e ameaça de expulsão ao se aproximar do governador petista e hipotecar-lhe apoio.

Esperemos as cenas dos próximos capítulos. Geddel, claro, nega que seja a personificação da figura que, ainda viva, viu o seu capital político escapulir. A certeza é a de que o peemedebista conseguiu produzir o principal fato político deste período de pré-campanha.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O governador Jaques Wagner enfatizou no programa Conversa com o Governador desta terça-feira (13) as ações que a Bahia vem empreendendo na área da segurança pública. O Estado promove, durante esta semana, o 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal.

Clique no player para ouvir o programa:

Tempo de leitura: 2 minutos

Ary Carlos

Em comentários recentes em alguns blogs, afirmei que só um fato novo movimentaria as posições políticas na eleição majoritária da Bahia. E disse que este fato novo poderia ser o não apoio do senador César Borges a Jaques Wagner (fato dado como certo por todos; inclusive, o governador). Não que o senador seja um puxador de votos – não o é-, mas muito mais pelo fato político criado.
.
De objetivo muda, de imediato, o tempo de rádio e TV de Wagner e Geddel Vieira Lima. Se antes o placar era 11min a 05min para wagner, agora é de 09 a 07. Se levarmos em conta que os candidatos Paulo Souto, Geddel, Bassuma e o do PSOL são oposição a Wagner, poderemos ter aí um placar de 21 a 09min para a oposição.
.
A política de alianças posta em prática por Wagner visava aniquilar os adversários (palavras dele), para ganhar as eleições já no primeiro turno, sem depender dos humores incertos do pleito nacional – ou a desgastante negociação com o PMDB regional em um possível segundo turno aqui na Bahia.
.
A opção do senador Borges por Geddel passa aos indecisos a sensação de que nada está definido e abre para a oposição a perspectiva de união para um provável segundo turno, estancando, por ora, a debandada de lideranças políticas em direção à chapa governista, fato que ocorreria se saísse a união Borges/Wagner.

Na luta contra o PT, Wagner perdeu e o PT não ganhou.

Wagner sabia de tudo isso e se empenhou para fechar a aliança com o PR. Como se sabe, também ainda há por definir apoio para majoritária dos pequenos partidos. PRB, PSL, PSDC, PRP,PTC, PMN, PHS e PTdoB (PTN apoia Souto e PRTB a Geddel) podem acrescentar alguns segundos às coligações que apoiarem. São os chamados partidos redondos – ou seja, não tem lado, coligam-se onde obtiverem mais vantagens. São, digamos, pragmáticos.

Mas, no final, Wagner errou. Acreditou na história contada por Jonas Paulo que o PR estava isolado e, portanto, viria de qualquer jeito. As últimas declarações públicas de Wagner já transparecia isto. As outras lideranças do PT já tinham certeza. Houve salto alto. Subestimaram os adversários, velhas raposas políticas. Esta adesão de César a Geddeel tem ainda outro efeito colateral: aumentará o nível de exigência da base aliada.

Na luta contra o PT, Wagner perdeu e o PT não ganhou, pois a não-coligação proporcional com o PR não altera para melhor as pespectivas eleitorais do partido. E, digo mais, enfraquece a tese do presidente do partido de fazer várias coligações na proporcional.

Ary Carlos é historiador, pesquisador e dirige o instituto de pesquisas de opinião Inpei.
Tempo de leitura: < 1 minuto

Após afirmar que sairia sozinho na disputa por vagas à Assembleia Legislativa, o PCdoB deu um ‘cavalo de pau’ e conversa com o PSB. Os cururus querem renovar os mandatos de Javier Alfaya e Álvaro Gomes e ampliar a sua presença com a eleição de outros três nomes. Do outro lado, o PSB tem nomes novos na disputa mas o de maior densidade na disputa a deputado estadual é o militar Capitão Tadeu. Os dois partidos são da base aliada de Wagner.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Marco Wense

A irritação dos democratas com o senador César Borges, quando a cria de ACM se aproximava do governador Jaques Wagner, foi amenizada com o acordo entre o republicano e o PMDB do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Como o DEM acredita que Paulo Souto vai disputar o segundo turno com Wagner, a ordem na cúpula democrata e no ninho tucano (PSDB) é aceitar a coligação do PMDB com o PR sem fazer nenhuma insinuação de que o senador Borges traiu o carlismo.

Os democratas e os tucanos esperam o apoio de Geddel no segundo round. O senador César Borges seria a ponte que ligaria os peemedebistas ao ex-governador Paulo Souto.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Geraldo: críticas à área política do governo.

O deputado Geraldo Simões, vice-líder do PT na Câmara Federal, creditou à área política do governo a derrota nas negociações com o PR baiano e o senador César Borges. “A coordenação política não trabalhou bem. Quem trabalhou melhor, levou a composição”, disse.

À provocação do Pimenta, sobre o elogio indireto ao ministro Geddel Vieira Lima, o petista não pestanejou:

– Nessa operação, ele foi mais competente que a área política do governo.

Para o parlamentar federal, no entanto, a reviravolta nas negociações não complica as chances de eleição de Wagner no primeiro turno. “Mas não deixa de ser um reforço para a candidatura de Geddel”.

Geraldo acredita que, mais do que nunca, o PT terá que desempenhar um papel mais ativo na campanha à reeleição de Wagner, sem que isso signifique, especificamente, mais um nome do partido na chapa majoritária. “Vamos ter que trabalhar mais [para que Wagner seja reeleito]. O PT tem que ser mais consultado, ouvido”.

Tempo de leitura: 2 minutos
Jonas 'atira' em senador e no PR (Foto Max Haack/B.Notícias).

O presidente do PT baiano, Jonas Paulo, assina nota pública em que, praticamente, chama o PR para a briga. Acusa o “chifre” político ao dizer que, “por razões próprias, o PR encerrou as negociações” para compor com a chapa governista – e cair nos braços do adversário Geddel Vieira Lima.

Jonas considera que o PR do senador César Borges fechou com os peemedebistas “certamente por sentir-se mais próximo dos métodos, da forma e dos trejeitos do PMDB de fazer política, decidiu buscar os ares em que melhor se adapta”.

Trata-se de menção subliminar (ou nem tanto) à imagem de autoritarismo atribuída aos irmãos Vieira Lima, que comandam a legenda peemedebista, e à origem dos líderes das duas legendas: tanto Geddel como César Borges derivam do carlismo.

A nota deixa claro que o fracasso das negociações com César Borges e o PR não vai alterar o perfil da chapa governista. Ou seja, uma das vagas ao Senado pertencerá a uma legenda mais alinha com o centro e a direita. Assim, Otto Alencar volta novamente a ser um dos nomes para a Senatoria, abrindo o espaço de vice possivelmente para Walter Pinheiro, do PT de Jaques Wagner.

“Reafirmamos o perfil e a composição da chapa majoritária de centro-esquerda e uma das vagas do Senado ocupado pela esquerda; além da abertura do nosso partido às coligações proporcionais”. A nota também esclarece que o PT lutará por composições, nas proporcionais, que garantam o crescimento das bancadas da própria legenda à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. Confira a íntegra da nota clicando em “leia mais, logo abaixo:

Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

Luiz Inácio Lula da Silva, em conversas reservadas, restritas a pessoas de sua inteira confiança, não cansa de dizer que só se elegeu presidente da República depois que conseguiu se livrar da ala do PT contrária a qualquer tipo de aliança.

O governador Jaques Wagner também se queixa dos petistas que só pensam no próprio umbigo, deixando o projeto maior – sua reeleição para o Palácio de Ondina – em segundo plano.

O grande perdedor do definitivo acordo do PMDB de Geddel com o PR do senador César Borges é, sem dúvida, o governador Jaques Wagner. Quem “ganha” são os petistas que fizeram de tudo para evitar uma coligação do PT com o PR.

Agora, com o PMDB e o PR unidos, junto com o PTB, PSC e o PRTB, a possibilidade de Wagner ser reeleito logo no primeiro turno fica mais difícil. A expectativa em torno de uma nova pesquisa de intenção de voto é grande.

Uma coisa é certa: o governador Jaques Wagner tem que assumir pessoalmente o comando das negociações políticas em torno da sua reeleição, sob pena de ressuscitar a hipótese de um segundo turno com Souto e Geddel.

É o PT versus PT, para o desespero do presidente Lula e do governador Jaques Wagner.

PS – O ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões, foi o principal protagonista do movimento “Fora César Borges”.

RENATO COSTA

O bom médico Renato Costa, pré-candidato a deputado estadual, pode, mais uma vez, ser prejudicado pelo partido pelo qual tenta retornar ao Parlamento estadual.

Na eleição passada foi prejudicado pelo PSB de Lídice da Mata.  Agora, com a coligação na proporcional do PMDB com o PR, corre o risco de não se eleger, o que seria uma grande perda para a Região, principalmente para o sul da Bahia.

Vale ressaltar que Renato, que é o presidente do diretório do PMDB de Itabuna, já foi eleito o melhor deputado estadual pela imprensa baiana.

Às 11h56min – A assessoria da presidenta do PSB, Lídice da Mata, entrou em contato com o Pimenta e nega que a coligação PMDB-PSB tenha prejudicado o ex-deputado Renato Costa. “Ele já concorreu pelo PMDB”, observou a assessoria.

Marco Wense também é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Apesar das conversas do senador César Borges (PR) com o deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB), o governador baiano Jaques Wagner não considera a hipótese de que o primeiro deixe de fazer parte de sua chapa majoritária.

Durante um encontro da Juventude Progessista, o governador elogiou “velhos e novos aliados”, mencionando o PP, que o teria apoiado no momento em que o PMDB abandonou o barco governista.

Com relação a César Borges, Wagner afirmou que há muita especulação, mas que a aliança com o PR está firmada. Falta apenas definir a formação das coligações proporcionais, sendo que o “chapão” está descartado.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Rosemberg Pinto, ex-assessor da Petrobras e pré-candidato a deputado estadual baiano, afirmou ao Pimenta que os partidos da base aliada do governador Jaques Wagner já discutem as melhores composições para as eleições à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, o que evidencia que a proposta de formar “chapão” é coisa do passado.

Segundo ele, deve haver entre duas ou três coligações para deputado federal no arco de alianças governistas e mais ou menos a mesma quantidade para estadual. “Só para estadual, temos cerca de 300 candidatos. Um chapão reduziria bastante esse número”.

Rosemberg também acredita que o chapão é danoso para o plano governista de fazer o maior número possível de deputados, seja na Assembleia ou em Brasília. Com coligações fortes, exemplifica, podemos fazer entre 24 e 25 deputados federais. O discurso petista é esse. Tá fechadinho. Mas a palavra final é do barbudinho de Salvador, Jaques Wagner.

Tempo de leitura: 3 minutos

– Assassinos e mandantes tiveram proteção do aparato policial

Valéria, Denise, Wagner e Marcel: reparação à morte de Manuel Leal (Foto Manu Dias).

A família do jornalista e proprietário do jornal A Região, Manuel Leal, assassinado em 14 de janeiro de 1998 em Itabuna, recebeu das mãos do governador Jaques Wagner a indenização de R$ 100 mil recomendada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), num ato ocorrido há pouco, no CAB.

Participaram do ato na governadoria os filhos Marcel e Valéria Leal e a superintendente da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Denise Tourinho. O governador baiano disse que “a indenização não devolve a vida do jornalista, mas é um passo a mais contra a impunidade no estado”.

A indenização é paga no Dia do Jornalista, 7 de abril. Também é um reconhecimento do estado de sua inoperância (ou negligência) no caso. Todas as investigações, sejam policiais ou conduzidas pela própria família, apontavam para uso do próprio aparato policial do estado para proteger mandantes e assassinos.

Leal morreu quando denunciava irregularidades na prefeitura de Itabuna (Foto Arquivo).

Manuel Leal foi assassinado quando chegava à sua residência, no bairro Jardim Primavera, em Itabuna, há 12 anos. Três homens desceram de uma caminhonete GM Silverado e executaram o jornalista com seis tiros. Apesar da residência de Leal estar situada entre o complexo policial de Itabuna e o 15º Batalhão da Polícia Militar, e a menos de 400 metros de um e de outro aparelho policial, ninguém foi preso.

A investigação se arrastou por muito tempo e registrou vários “equívocos” de delegados do caso, dentre eles Jacques Valois Coutinho, Gilberto Mouzinho e Raimundo Freitas, e o promotor público Ulisses Campos Araújo. Apenas um dos apontados como executores do jornalista chegou a ser preso, o ex-agente da polícia civil Monzar Brasil, que foi demitido da Secretaria de Segurança Pública da Bahia em 4 de dezembro do ano passado.

O inquérito do  caso deverá ser reaberto. Dos apontados como envolvidos na execução, também foi a júri o ex-presidiário Marcone Sarmento, que acabou sendo absolvido por um conselho de sentença formado por parentes do ex-prefeito e ex-deputado Fernando Gomes e funcionários da prefeitura de Itabuna à época. Dias antes do assassinato, Leal recebeu ameaças de assessores diretos do prefeito, o que fez aumentar as suspeitas da autoria do atentado à liberdade de imprensa.

Fernando era sempre citado no rol de mandantes do crime contra Leal, assim como a ex-secretária de Governo Maria Alice Pereira Araújo e o delegado da polícia civil, Gilson Prata. Marcone tinha ligações com Maria Alice e Fernando Gomes. Hoje ele é funcionário do diretório itabunense do DEM e nega relação com o crime.

Leal foi um dos dez jornalistas e radialistas assassinados na Bahia nos anos 1990. Nenhum dos mandantes de crimes estão na cadeia. Em 1998, momentos depois da morte de Leal, o ex-governador Paulo Souto visitava Itabuna e afirmava que esclarecer o crime era “uma questão de honra” para o estado. Não esclareceu.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Com o PSC praticamente definido na chapa do peemedebista Geddel Vieira Lima Lima, há muita gente interessada em saber que tipo de estratégia passa pela cabeça da deputada estadual Ângela Sousa, membro do partido.

Ângela está incrustada na máquina estadual, com cargos em diversos setores, além de gostar de se afirmar aliada de primeira hora do governador Jaques Wagner.

A onipresença alimenta piadas como a de que a deputada consegue a proeza de estar com um pé na “canoa” de Wagner, outro na de Geddel e ainda coloca a mão na jangada de Paulo Souto. Neste último caso, por conta do filho de Ângela, o vice-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, que é secretário do PSDB.