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André Valadão fecha programação de shows do festival (Foto Divulgação).
André Valadão fecha programação de shows do festival (Foto Divulgação).

Os shows de André Valadão, Lordão e Padre Cristo encerram nesta noite desta segunda (21) a programação de espetáculos do Festival Aleluia Ilhéus, na Avenida Soares Lopes. Os shows começam às 21 horas.
Padre Cristo e Lordão apresentam-se no palco Reizinho, próximo à Praça Castro Alves, enquanto a apresentação de Valadão está prevista para o palco Saul Barbosa, ao lado da Catedral de São Sebastião.
A segunda edição do evento de negócios e artes atraiu uma média de 15 mil pessoas, por noite, à avenida. Desde a última quinta (17), passaram pelo palco do Aleluia Ilhéus atrações como Fábio Jr., Zélia Duncan e Nando Reis.
Nando Reis fez uma grande apresentação entoando músicas da sua carreira solo e dos tempos dos Titãs. Até chamou o público para um dueto – e foi atendido – ao cantar De janeiro a janeiro. Houve quem perdesse parte do show, porque, prevista para a meia-noite, a apresentação começou às 23h do domingo.
Abaixo, confira o “ruivão” em Por onde andei, em vídeo gravado por Claudiana Figueiredo/Sebrae.

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EVENTO AINDA REÚNE NANDO REIS, ZÉLIA DUNCAN E ANDRÉ VALADÃO

Grandes atrações se apresentam na Avenida Soares Lopes, em Ilhéus.
Grandes atrações se apresentam na Avenida Soares Lopes, em Ilhéus.

O cantor Fábio Jr. é a primeira das grandes atrações da música brasileira a  se apresentar na edição deste ano do Festival Aleluia Ilhéus, a partir das 21 horas.
O evento de negócios e artes terá, ainda, Zélia Duncan, Nando Reis, André Valadão, Banda Lordão e OQuadro, dentre outras atrações. As atrações vão se apresentar num palco ao lado da Catedral de São Sebastião, no centro histórico.
Grupos teatrais vão se apresentar na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus (TPI), na Soares Lopes, durante os cinco dias do festival.
Teodorico em cena: sucesso de público e crítica (Foto Karoline Vital).
Teodorico em cena: sucesso de público e crítica (Foto Karoline Vital).

A abertura da programação do TPI no Aleluia Ilhéus será nesta quinta, às 18h, com Cine Incidental. Na sequência, a sátira em cordel do Teatro Popular de Ilhéus Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito, às 20h.
Na avenida Soares Lopes, o visitante poderá conferir exposição de artes e produtos de 40 participantes do evento. Confira a programação musical no “leia mais”, abaixo.
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Tropa do Exército em exercício nas ruas de Ilhéus (Foto Danilo Matos/Blog Ilhéus24h-Arquivo).
Tropa do Exército em exercício nas ruas de Ilhéus (Foto Danilo Matos/Blog Ilhéus24h-Arquivo).

As tropas do Exército farão a segurança de Ilhéus enquanto durar a greve da Polícia Militar. Ontem, dois representantes se reuniram com o prefeito Jabes Ribeiro. Coronel Silva Neto e o comandante da 18ª Circunscrição Militar, coronel Roosevelt, abordaram o plano de segurança para a cidade turística no período do feriadão da Semana Santa e Tiradentes.
A preocupação maior no município é com a segurança dos cidadãos e de um grande evento que reúne artes, negócios e grandes shows, o Festival Aleluia Ilhéus.
O evento começou ontem e, a partir de hoje (17) terá atrações como Fábio Júnior, Zélia Duncan, Nando Reis, André Valadão e OQuadro, além de apresentações artísticas na Tenda do Teatro Popular (TPI), na Avenida Soares Lopes.
Além do Exército, Polícia Civil, Guarda Municipal e segurança privada foram acionados para dar tranquilidade aos visitantes do festival, segundo o prefeito.
Desde ontem, tropas das Forças Armadas chegaram à Bahia. A previsão é de que até nove mil homens façam serviços de patrulhamento, vistoria e prisão em flagrante nas principais cidades do estado. A vinda das tropas de Pernambuco, Alagoas e São Paulo foi autorizada pela presidente Dilma Rousseff, após solicitação do governador Jaques Wagner.

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Fábio Júnior, Zélia Duncan, OQuadro e Nando Reis são atrações do festival.
Fábio Júnior, Zélia Duncan, OQuadro e Nando Reis são atrações do festival.

O Festival Aleluia Ilhéus deste ano trará, novamente, grandes nomes da música brasileira e uma revelação do hip-hop nacional. Hoje, saiu a grade de atrações do evento. O secretário de Turismo de Ilhéus, Alcides Kruschewsky, confirmou Fábio Jr., Nando Reis, Zélia Duncan e OQuadro. O evento começa no dia 16 e vai até 21 de abril. Os shows são gratuitos, na Praça da Catedral, centro histórico.
Fábio Jr. é a primeira das grandes atrações musicais do Aleluia Ilhéus, dia 17. Na sequência vêm Márcio Thadeu e Filarmônica Capitania dos Ilhéos (dia 18); Zélia Duncan e Thiago Côrrea (dia 19); e Nando Reis e OQuadro (dia 20). O encerramento será com o Concerto para Gabriela, dia 21.
O festival é realizado pela prefeitura, Convention Bureau da Costa do Cacau e Associação de Turismo de Ilhéus (Atil). Ao longo da Avenida Soares Lopes, serão instalados 40 estandes de expositores. Um seminário sobre chocolate e feira de arte e literatura também movimentam o Aleluia Ilhéus na Semana Santa.

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MALTRADA, A VIDA SE DESMANCHA NO AR

Ousarme Citoaian
Ouvi, ad nauseam,  falar da coincidência de que  Amy Winehouse morreu aos 27 anos – com a citação de que na mesma idade morreram Janis Joplin (foto), Jimi Hendrix e Jim Morrison. Um repórter pouquinha coisa mais bobo chamou a isso de ”Maldição dos 27 anos”. Besteira. “Maldição” (vinda das múmias do Egito ou que outra origem tenha) rima com alienação: é algo criado por nós mesmos, não pelos deuses ou demais forças impalpáveis. Se maltratamos o corpo (com drogas, comida imprópria, descanso insuficiente), ele tende a apressar seu fim, como ocorre com todo tipo de vida (o amor também, maltratado, cedo fenece). Infringida esta regra, a morte não é razão de espanto.

A MÍDIA NÃO CONHECE DA LISTA A METADE

Mas o noticiário, mesmo repetido, não corrigiu a ignorância por ele disseminada. As drogas (na suposição de que seja este o caso) mataram muitos artistas, sobretudo músicos, norte-americanos e ligados ao jazz/blues (e disso já falamos aqui). Pior: esqueceram de Noel Rosa e Robert Johnson (foto), também mortos aos 27 anos. O primeiro (um dos maiores da MPB), de tuberculose; o outro (um dos maiores do blues), assassinado, provavelmente. Nenhum dos dois era padrão de vida saudável. Destaco Noel e Johnson por mera preferência pessoal, mas a lista dos “amaldiçoados”, que colho na internet, vai muito além da vã filosofia da mídia mal informada e má informante. A seguir, alguns desses nomes.

“MALDIÇÃO” TEM MUITO A VER COM DROGAS

Aqui, 26 músicos mortos aos 27 anos, de 1908 a 2006 (a lista completa tem uns 40!), a maioria devido a drogas: Louis Chauvin (1908), Nat Jaffe (1945), Jesse Belvin (1960), Rudy Lewis (1964), Malcolm Hale (1968), Brian Jones (1969), Arlester Cristian (1971), Linda Jones (1972), Ron McKernan (1973), Wallace Yohn (1974), Peter Ram (1975), Cecilia Sobredo Galanes (1976), Helmut Kollen (1977), Chris Bell (1978), Jacob Miller (1980), D. Bun (1985), Alexander Bashlachev (1988), Pete de Freitas (1989), Mia Zapata (1993) Kurt Cobain (1994), Richey James Edwards (1995, na foto), Patrick McCabe (2000), Rodrigo Bueno (2000), Maria Serrano (2001), Bryan Ottoson (2005), Valentin Elizalde (2006).

O DIRETOR QUE APARECIA EM SEUS FILMES

Alfred Hitchcock (foto) tinha excentricidades de gênios de anedota. Entre elas, a de aparecer em seus próprios filmes. Na juventude que me abandonou há uns 300 anos (quando cinema era coisa banal) me diverti identificando a presença do mestre em seus trabalhos. Mas isto não é tão fácil quanto parece, pois o velho Hitch divertia-se também com esse expediente, “disfarçando-se”, de maneira que sua figura rotunda nem sempre ficasse evidente. Em Um barco e nove destinos ele pensou em aparecer como um cadáver boiando próximo ao barco, mas trocou a ideia macabra por outra do tipo “Antes & Depois”: um anúncio de remédio para emagrecer, exibido durante o filme, mostra o diretor redondo (antes) e, na outra foto, mais magro.

UM PACATO CIDADÃO COM SEUS CÃEZINHOS

Outras aparições hithcockianas: Em Festim diabólico, o ilusionista, de novo, tenta nos enganar: aparece logo no início, atravessando a rua. Mais tarde, quando a gente pensa que a xarada está morta, ele ressurge, com sua caricatura num neon que incide sobre a janela do apartamento dos assassinos. No começo de Intriga Internacional, lá vem ele correndo para pegar o ônibus (a porta se fecha, antes que ele entre!); em Topázio, o diretor está numa cadeira de rodas, e se levanta para cumprimentar um homem. Depois dos 12 minutos iniciais de Correspondente estrangeiro vê-se um senhor de chapéu, lendo o jornal. É ele. Em Os pássaros, Hitchcock passa pela calçada de uma loja de animais, levando dois simpáticos cãezinhos para passear.

ATRIZ BICADA POR PÁSSAROS ENFURECIDOS

Contam que Hitchcock preferia aparecer de forma que não complicasse o entendimento da história, não roubasse a cena. Mas isso não funcionava, pelo menos com a fauna que comigo ia ao cinema naqueles tempos: buscávamos a figura famosa e não descansávamos até identificar o reconchudo diretor. Era um jogo de esconde-esconde que só terminava quando o “apanhávamos”. Outras esquisitices ele deixou transparecer em Os pássaros: tornou-se obcecado pela atriz Tippi Hedren, a ponto de contratar uma equipe de detetives somente para seguí-la e informá-lo de tudo o que ela estivesse fazendo. E na famosa cena do ataque ele usa pássaros realmente enfurecidos para bicar a pobre moça, para horror dos outros atores.

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GAITA E VIOLA: O BLUES VISITA O SERTÃO

O paraibano Bráulio Tavares (foto), dono de incomum inquietude intelectual (é poeta, prosador, compositor popular, estuda cinema, faz pesquisa em literatura fantástica, escreve coluna de jornal e roteiros de filmes), chama a atenção para a convergência do blues com a cantoria nordestina (a que chamam “cordel”). Apenas na forma: a cantoria é montada, ao menos em seu formato mais comum, em sextilhas (estrofe de seis versos), e o blues também. Na origem, ficam distantes, pois a sextilha, até prova em contrário, é “ibérico-catingueira” (creio que Ariano Suassuna aprovaria esta invenção) e, ao contrário do blues, nasceu em área de baixa densidade negra e tem raríssimos cantadores negros.

ROBERT JOHNSON E O PACTO COM O CAPETA

O poeta da terra dos grandes Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda faz um inesperado aproach do canto nordestino com o sofrido blues de raiz plantada nos algodoais racistas do sul estadunidense. Para tanto, Bráulio contou com o gaitista carioca Flávio Guimarães (foto), velha fera do blues brasileiro, fundador da banda Blues etílicos e que já gravou com meio mundo: Ed Motta, Alceu Valença, Renato Russo, Rita Lee, Zélia Duncan, Titãs, Luiz Melodia, Paulo Moura, Zeca Baleiro e outros. Na letra de Bráulio, música e voz de Flávio, uma homenagem a Robert Johnson – que alimentou a lenda de ter aprendido a tocar o diabo. Meia-noite, numa encruzilhada, évidement. Como se o capeta tocasse blues tão bem.

O BLUES É SOMA DE TRISTEZA COM POESIA

Balada de Robert Johnson é a história romanceada do artista negro. Tem 93 versos, mas logo no primeiro bloco há seis sextilhas que “pagam” o poema: “Vinte e sete anos vividos/lá nos Estados Unidos/passou veloz como a luz//Naquela terra sombria/onde a tristeza e poesia/se dava o nome de blues”. Já na abertura (são nove blocos de dez versos, mais três sextilhas finais), Bráulio nos brinda com um achado: “Seu nome era Robert Johnson/cantador d´outro sertão”, ligando a temática da miséria nas plantations de algodão (berço do blues) à seca nordestina (onde vige a cantoria). Mas é bom deixar que o leitor faça suas próprias descobertas.

(O.C.)

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