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Jabes diz que copiou, mas foi autorizado.

O candidato a prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP), confirmou que copiou trechos do programa de governo de 2008 de José Fogaça. Segundo ele, o uso foi autorizado pelo ex-prefeito, que “não apenas cedeu o material de seu programa como disponibilizou sua equipe para auxiliar na elaboração do plano”. Em 2008,  Fogaça disputou a reeleição a prefeito de Porto Alegre (RS).

O programa é uma miscelânea de experiências bem-sucedidas em municípios do sul e sudoeste do País, segundo o candidato ilheense. O programa de governo apresentado por Jabes ao Tribunal Superior Eleitoral, no entanto, não faz referência às experiências destes municípios, limitando-se apenas a copiá-las.

Luiz Antônio Araújo, especialista em planejamento estratégico participativo em gestão pública, segundo Jabes, foi o responsável pelas “linhas mestras e orientações metodológicas do programa de governo”.

Jabes, que tenta o quarto mandato, diz que sua campanha conta com conselho técnico-político com a participação do ex-reitor da Uesc, Joaquim Bastos, do procurador federal Israel Nunes e do arquiteto Antônio Vieira. O núcleo, afirma, “não participou da elaboração das linhas mestras, uma vez que o mesmo foi criado após a apresentação formal à Justiça Eleitoral”. Confira a nota de esclarecimento ao clicar em “leia mais”.

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE DENÚNCIA DE PLÁGIO

A coordenação de campanha do candidato Jabes Ribeiro aproveita as especulações em torno das diretrizes gerais para a construção do plano de governo, inscrita como ato formal no TSE, para reafirmar, sim, que parte do seu conteúdo teve inspiração e até transcrição de alguns trechos por tratar-se de diretrizes gerais adotadas por gestores de administrações municipais bem sucedidas, a exemplo de Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Campo Grande (PB), Cuiabá (MT), Itajaí (SC), Guarujá (SP) e Chapecó (SC).

Reiteramos que os trechos mencionados por este veículo fazem parte de um documento gentilmente enviado à Coligação “Por Amor a Ilhéus” pelo ex-senador e ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, cujo êxito administrativo serve de modelo e inspiração para todo gestor público. A utilização dos trechos apontados não constitui plágio, mas uso autorizado de um material ao qual recorremos com a consciência de que a moderna administração pública torna imprescindível aproveitar e reproduzir as boas experiências. O ex-senador Fogaça, amigo de Jabes, não apenas cedeu o material de seu programa de governo como disponibilizou sua equipe para auxiliar na elaboração do plano.

A lanterna que realçou os trechos transcritos não iluminou outras partes dos postulados que Jabes Ribeiro adotará para construção do seu programa de governo, onde afirma que “as diretrizes básicas do processo de construção da proposta do Plano de Governo para o Desenvolvimento Sustentável do município de Ilhéus define como princípios: maior participação e representatividade nas definições dos projetos executivos, em consonância com as demandas levantadas nos fóruns, conselhos e/ou assembléias do orçamento participativo que serão transformadas em planos e projetos orçamentários plurianuais, exigido pela lei de diretriz orçamentária e de responsabilidade fiscal, assim, promovendo uma melhor articulação federativa entre os orçamentos dos governos municipal, estadual e federal, ampliando possíveis e viáveis parcerias.     

As linhas mestras e orientações metodológicas tiveram a responsabilidade de Luiz Antônio Araújo, especialista em planejamento estratégico participativo em gestão publica, que vem secretariando um conselho técnico político, contando com as contribuições de renomados profissionais conhecedores da realidade de Ilhéus e Território de Identidade Litoral Sul da Bahia, a exemplo do ex- reitor da UESC Joaquim Bastos, do procurador federal Israel Nunes, do arquiteto e especialista em gestão ambiental Antônio Vieira, e outros competentes profissionais da sociedade ilheense.

Esse núcleo não participou da elaboração das linhas mestras, uma vez que o mesmo foi criado após a apresentação formal à Justiça Eleitoral. Grupos de Trabalho Setoriais serão constituídos, utilizando algumas ferramentas elementares para os DRPs – diagnósticos rápidos participativos, sinalizando os principais problemas, ameaças, potencialidades e oportunidades, convertendo-os em propostas a serem transformadas em programas, projetos e consequentes metas. No documento final do plano serão citadas todas as fontes consultadas, o que, evidentemente não cabe no texto básico.

 

22 respostas

  1. hahaha. autorizado e escondido o verdeiro autor. plágio e crime, por sinal. o grupo copiou, não citou a fonte e se apropriou da idéia dos outros. e mais grave: Jabes pra sair de baixo, joga o problema no colo de um ex-reitor e de um procurador fdederallllllll. Pooooooode?

  2. kkkkkkkkkkkkk copiar boas idéias realmente não é crime e acho até valido obedencendo alguns criterios. Mais copiar idéias de cidades com caracteristicas completamentes diferentes de Ilhéus, dizendo que foi as “cabeças pensantes de Ilhéus”, ta errado. Isso é coisa de quem subestima a inteligencia do povo de Ilhéus.

  3. Zelão diz: – “Só óleo de peroba, para tamanha cara de pau!”

    “Menos sêo Jabes!”

    Se não houve realmente uma “apropriação indébita” do programa do ex-prefeito de Porto Alegre, José Folgaça e tudo foi de “uso consentido,” não explica que Jabes, sem aviso prévio ao povo de Ilhéus, tenha utilizado como “engodo eleitoral” um projeto que nada tem a ver com a realidade da cidade de Ilhéus.

    Mesmo que bem articulado, o projeto da capital porto-alegrense, foi feito para atender a uma realidade sócio-cultural, política e econômica, completamente diversa da ilheense.

    Pego na mentira, Jabes tenta assumir uma postura magnânima em assumir o “engodo tentado,” adotando uma postura – a meu ver cínica e prepotente – de quem sabe o que é o melhor para Ilhéus, em total desrespeito ao que o povo pensa e necessita.

    Às vezes o cinismo é a arma utilizada por alguém que é pego, vergonhosamente, “com as calças arriada,” com a “bunda” à mostra. Exibem “cara de paisagem” como se nada de errado tivesse feito.

    O povo de Ilhéus tem a oportunidade de enxergar, por trás do véu de cinismo com o qual Jabes tenta esconder a sua inescrupulosa ação de engodo, a verdadeira face e nela a verdadeira intenção do candidato de enganar ao povo, mesmo antes de chegar ao poder. Se as suas “propostas de governo” são falsas, o que se pode esperar da concretização das mesmas se o “cara de pau” chegar ao poder?

  4. Jabes está certo, nao houve nenhuma cópia, mesmo porque esse plano foi elaborado por jonh, brandão, kalif ribeiro, raul profeta, fábio barreto, henrique meleca e césar cão. Equipe idônea e muito competente.

  5. Estão fazendo tempestade em copo d’agua. O que foi entregue à Justiça Eleitoral não é o Plano de Governo, mas as suas linhas mestras, como bem explicou a coordenação da campanha. Não há nada de errado em copiar boas idéias, e se tiverem o cuidado de lerem a proposta base, verão que os trechos copiados podem ser adaptados a qualquer município brasileiro.

    É certo importar boas idéias, mas a oposição não se contenta com isso. Alguem já leu a proposta base completa? Se lerem terão idéia completamente diferente do que tentam passar à opinião pública. Não há plágio quando existe autorização do autor, que além de enviar o documento ainda colocou à disposição sua equipe para ajudar.

    Vocês querem o que? Que Jabes não traga propostas inovadoras de outras cidades? Conversei com muitas pessoas hoje e todas afirmaram que não vêm problema algum nisso. É ignorância achar que administrações exitosas não exportam suas ações inovadoras para outros municípios. O PT tem o chavão “jeito petista de governar”, e isso é o que? Lembrem-se, não se ganha eleição com factóides.

  6. Isso deve ter sido obra dos espertalhões da “tchurma” de jabes que se acham os tais. Como não sabem fazer um plano de governo, foram pelo lado mais simplório, copiar algum plano na sua íntegra, para não dar trabalho nenhum. O pior é que os espertalhões acham que todo muito é bobo, só eles é que são espertos, é o outro lado de jabes.

  7. A oposição desesperada de campanha do outro partido, tenta tirar proveito da expeculação de cópia de plágio do Projeto de Governo do ex-senador e ex-prefeito Jose Fogaça RS, amigo pessoal de Jabes Ribeiro, que cedeu gentilmente e devidamente autorizado à cópia do documento de propostas inovadoras, que deu certo em Porto Alegre RS.O que deu certo la, pode ser adotado aqui,como modelo de gestão inovadora.

    Vamos ao exemplo de um projeto que deu certo no RJ e foi modelo, cópia para outros Estados, inclusive Ilhéus. Construido pelo ex-prefeito Jabes Ribeiro e hoje abandonado pelo gestor Newton Lima.CIEPs(Centros Integrados de Educação Pública) em tempo integral para o ensino fundamental de 1º a 4º série.

    Criador dos CIEPs:Antropólogo, professor, educador DARCY RIBEIRO, ex-vice prefeito do Rio de Janeiro, gestão do Governador Leonel Brizola PDT 1983/87.

    No tapetão,na rasteira, não ganha eleição!Eleição ganha nas urnas.
    Kalif Rabelo

  8. Plágio é Crime

    Senhor Guilherme

    Quando não menciona a fonte é plágio e plágio é crime. Não é factóide o argumento da falta de elaboração própria no plano de governo do candidato Jabes Ribeiro porque os textos exibidos neste blog não deixam dúvidas. Não é invenção, está configurado o crime. Jabes mesmo admitiu o crime. É engano achar que só a autorização do autor é suficiente.

    A estratégia de criticar os adversários, me parece fracasada, pois não esconde os erros cometidos pela coordenação do candidato do Partido Progressista.

    O senhor disse que “é certo importar boas ideias”. Concordo com isso, mas fico pensando como seria adotar em Ilhéus, propostas elaboradas para o quinto maior município do país.

    O título do texto mostra que se trata de plano de governo. Mas, não importa se são “linhas mestras’, o que se discute é a cópia, como o senhor mesmo admite. Cópia é plágio e como disse anteriormente, plágio é crime.

    O “rigor na preservação de valores éticos” como foi mencionado no documento entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se configura devido à constatação do plágio.

    Portanto, não se trata apenas de “copiar boas idéias” como o senhor diz, mas de copiar o texto. Não houve preocupação de produzir texto próprio já que o plano teve contribuições de “cabeças pensantes” de Ilhéus.

    Ailson Oliveira
    Professor/UNEB

  9. Só para reflexão… Ou como fonte de inspiração !

    O que deve conter um plano de governo municipal
    Denis Alcides Rezende

    Em tempos de eleição nos municípios brasileiros, o que não falta são planos de governo de candidatos a prefeitos. No entanto, um plano de governo focado nas intenções individuais ou de grupos de pessoas para quatro anos nem sempre contempla todas as necessidades de um município.

    O atendimento das necessidades dos municípios, principalmente os que buscam melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes, deve ser planejado estrategicamente, para mais de quatro anos. Inquestionavelmente, tal estudo deve levar em conta propostas coerentes, integradas e viabilizadas por meio de políticas públicas factíveis e participativas. Muitas delas podem ser viabilizadas pelas iniciativas privadas (ou parcerias público-privadas).

    São inúmeras e divergentes temáticas municipais que devem ser contempladas quando se pensa em desenvolvimento local e regional dos municípios, como por exemplo: agricultura, ciência e tecnologia, comércio, cultura, educação, esporte, habitação, indústria, lazer, meio ambiente, saúde, segurança, serviços, setor social, transporte, turismo etc.

    Quando se discute aberta e participativamente essas temáticas municipais observa-se na prática da gestão municipal que um grande número de municípios está passando por desafios políticos, sociais, ambientais, financeiros e na sua forma de gestão. Isso requer a aproximação e equalização dos interesses pessoais e coletivos, sejam públicos ou privados. Do ponto de vista dos valores positivos e das intenções coletivas, isso não é ruim para os municípios. Mas devem ser levados em consideração outros fatores operacionais e estratégicos do município, lembrando principalmente que o foco é o cidadão – e não somente a remuneração dos políticos ou o lucro das organizações.

    No meio desses interesses está o munícipe (ou cidadão), que deve ser respeitado e priorizado. Claro que todos nós somos cidadãos, mas o foco aqui está no menos privilegiado nas temáticas municipais, principalmente as que se referem às questões de educação, habitação, lazer, meio ambiente, saúde e transporte (não excluindo as anteriormente citadas).

    Pensar estrategicamente essas temáticas municipais, de forma integrada, factível e participativa, muito além do “plano de governo” significa propiciar aos munícipes uma qualidade de vida mais adequada e de longo prazo.

    Nas pesquisas acadêmicas e trabalhos práticos executados em municípios, constata-se essas afirmações. Mas infelizmente também identificamos a falta de cultura e preparo dos munícipes para usar os instrumentos de planejamento de seus municípios. Lamentavelmente, observa-se que temos mais o hábito de reclamar do que de participar de maneira efetiva e constante na condução do município, seja de forma individual ou coletiva, por meio da sociedade civil organizada. Parece que estamos sempre “mordendo a cauda”.

    De um lado estão os políticos dizendo que o “povo” não participa, mas também não fazendo muita questão disso, pois não propiciam atividades para sua participação (além das audiências públicas obrigatórias). De outro lado, estão os cidadãos afirmando que não pode participar ou que não sabem como participar – eles desconhecem e não exercem os seus direitos básicos. Ambos os grupos vão se conformando e confortando, o que é lamentável para um país que se diz democrático e quer se destacar no mundo.

    Como cidadão, peço que todos os demais brasileiros reflitam para que tenhamos “planos de governo” que possam ir além dos quatro anos de um governo e que também contemplem inúmeras e divergentes temáticas municipais para que se possa pensar estrategicamente, agir operacionalmente e gerir competentemente os diferentes municípios brasileiros. Desse modo, vamos efetivamente contribuir para o desenvolvimento do nosso país. Proponho elaborar um planejamento estratégico do município para mais de quatro anos. Se não for possível agora, pelo menos que o “plano de governo” dos candidatos tenha um caráter abrangente, coerente, factível operacional e estratégico para além de sua própria gestão.

    Denis Alcides Rezende é pós-doutor em administraçãomunicipal, consultor e professor da PUCPR e da Unifae.
    http://www.denisalcidesrezende.com.br

    OBS.: Para não me acusarem de plágio…
    Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=811067
    acessado em 23/07/12

  10. ESSE CARA NEM GANHOU JA TA USANDO A MESMA PRATICA DA MENTIRA? SACANAGEM, ISSO VAI SE APLICAR EM TUDO NA SUA PRETENSA ADMINISTRAÇÃO, ELE SEMPRE FOI DISSO, USAR ENGODOS É SEU FORTE, O POVO DE ILHEUS NÃO MERECE MAIS ISSO DAI. A POLITICA DOS MAU INTENCIONADOS TA CANSANDO NO BRAZIL TODO, NÃO TEMOS MAIS TOLERANCIA.

  11. NÃO É CERTO IMPORTAR IDEIAS NESSE CASO, CERTO É CRIA-LAS EM CIMA DA NOSA REALIDADE SOCIAL. É MUITO FACIL CRIAR ILUSÕES, COMO UM CONTO DE FADAS, SENDO QUE ISSO É PARA ENGANAR, USAR DE MÁ FE, DESPERTAR O SENTIMENTO DAS PESSOAS PRA UMA ESPERANÇA QUE NUNCA VAI EXISTR. jA NÃO VAMOS TER MAIS ATOLERANCIA DE OUTROS TEMPOS, É BOM QUE VC SAIBA QUE FICAREMOS ATENTOS ESSAS MANOBRAS, ACHANDO QUE TODOS SOMOS IGNORANTES, QUE TODOS SOMOS O POVÃO DA GALINHA E PEIXE.

  12. Quero ver a coragem dessa turma subindo e descendo morros, empencados em palanques, nos programas gratuitos da rede de TV, nas entrevistas das rádios locais, distribuindo anúncios escritos em matérias muitas vezes pagas de jornais, espalhando propagandas impressas, seja lá qual for para dizer que seus projetos tiveram enormes repercussões no desenvolvimento da nossa cidade, e se continuar no poder vai continuar trabalhando. Muitos atribuem a responsabilidade pela situação ao próprio eleitor que não sabe escolher seus representantes: “A culpa é nossa (do povo). Cada cachorro tem o osso que merece”. Muito Interessantes esses políticos, e como ficam bons quando saem do poder! Valeria a pena que os políticos de diferentes partidos e latitudes dessem uma olhada nos demais comentários das nossas ruas para entender melhor o sentimento dos seus eleitores e a realidade em que vivem.

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