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O colunista Ousarme Citoaian, que assina a coluna Universo Paralelo aqui no Pimenta, afirmou – em resposta a comentário do leitor Ricardo Seixas – que “ética nada tem a ver com diploma de jornalista”.

Ousarme considera ter sido essa interpretação equivocada da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubar a pretensão da exigência do diploma, agora aprovada pelo Senado.

Para ele, o mercado, distante das interpretações do STF e do Senado, não está nem aí para diploma, beca e capelo. E brinca ao afirmar que o mercado “emprega quem tem competência (e, valha-nos Deus, até quem não tem)”. O. C. “conversa” com seus leitores às terças.

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7 respostas

  1. Concordo que ética nada tem haver com diploma. Alguns diplomados não possuem ética e outros sem diploma são éticos.Para exercer qualquer profissão, não basta apenas ter ética. Dependendo da profissão é preciso formação superior no respectivo curso.
    O mercado é obrigado a respeitar a lei. Se a lei exige o registro profissional (DRT) para que o exércicio da profissão, o mercado terá que cumprir ou o empresário será multado. Por analogia, seria como um médico exercer a profissão sem Cremeb, ou advogado sem o número do registro na OAB. Exércício ilegal de profissão é crime. Lembrando que após a votação na Câmara dos deputados, se a exigência do diploma para jornalistas for aprovada, o registro profissional somente será emitido para os diplomados. Quem quiser ser jornalista, que vá estudar em uma universidade. A exigência do diploma não significa impedimento para que alguém possa escrever em jornal ou ter um blog. não se trata de cercear a liberdade de expressão, e sim a valorização e a regulamentação da profissão. Até prostituta tem regulamentação no Ministério do Trabalho. Por que os jornalistas não podem ter sua profissão legalizada,regulamentada? Não basta apenas saber ler e escrever para ser jornalista. Procurem conhecer a grade de disciplinas que compõe um curso de jornalismo. De 1969 até 2007 o diploma de jornalista foi legalmente exigido. O equívoco não foi da Fenaj e sim do STF.O que os donos das emissoras de rádio, TV e jornais querem é pagar salários miseráveis para analfabetos ocuparem o lugar dos profissionais diplomados. A não exigência do diploma para jornalistas somente interessa aos donos das mídias e aos que não estudaram.

  2. Data venia, meu caro Ousarme, eu, em meu comentário, não condicionei o exercício ético de qualquer profissão à posse de diplomas.

    O que eu falei foi que se é pra sair das faculdades analfabetos funcionais, então que as mesmas são dispensáveis. Abraços.

  3. Vamos partes, como faria o esquartejador (ninguém mais aguenta esta gracinha):
    Jorge Roriz
    Concordo, não in totum (você fez o mesmo em relação ao meu comentário). Mas escolher quem se equivocou é mera opinião, não é questão técnica: você diz que é o STF, eu digo que é a Fenaj, e ficaremos empatados.
    Também não disse (sou, rigorosamente um escravo da lei, quem me conhece sabe disso) que a lei que virá, não deva ser seguida (eu jamais diria isso, nem no quarto uísque). O que afirtmei, e mantenho, é que o mercado, hoje, regula a matéria (amanhã, ninguém sabe). A Folha de S. Paulo, por exemplo, é famosa por não fazer caso do diploma de jornalista.
    Também dizer que a não exigência de diploma é causa de “pagar salários miseráveis para analfabetos ocuparem o lugar dos profissionais diplomados” é uma afirmação e tanto, pois não conheço veículo que pague mais aos diplomados do que aos não diplomados.
    Mas acho que sua intervenção, mesmo que não tenha minha concordância total, foi relevante para agitar esse problema do diploma.

    Ricardo Seixas
    Peço desculpas, pois não quis dizer que você disse o que você não disse. Com a expressão “em resposta ao comentário do leitor…” eu quis apenas dizer que respondia a seu comentário – e a opinião sobre ética-diploma foi somente minha. Creio que fui (um pouco) mal…
    Por nada ter a acrescentar à discussão, não pretendo voltar ao assunto diploma. Se o fiz neste momento (embora “meu dia” seja terça-feira) foi em atenção aos dois leitores – a quem muito agradeço pela participação.

  4. Breve teremos exigència de diplomas para garis, garçons, churrasqueiros, carroceiros, comerciários, etc. etc. Será mais fácil o aparelhamento e controle da sociedade. Sem esquecer a obediêcia às cotas, é claro.

  5. Quantos doutores anti-éticos temos no mundo! Ética tem a ver com caráter, valores morais e não com conhecimento acadêmico! Entretanto a exigência do diploma favorece e incentiva à qualificação dos profissionais (em qualquer área). Vejo como ponto positivo.

  6. Excelente a sua colocação, Jorge Roriz, “A não exigência do diploma para jornalistas somente interessa aos donos das mídias e aos que não estudaram”.

  7. Tenho muitos amigos diplomados sem emprego,ou tentando passar em provas do tipo a OAB…e muitos ainda que possuam diploma,não possuem o “feeling” para colocar a “mão na massa”

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