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Preço mínimo pode assegurar melhor cotação para cacau.

A baixa cotação do cacau no mercado interno levou Conab, Ceplac e produtores a discutir a garantia de um preço mínimo para o produto. A proposta ainda será formatada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, posteriormente, entregue aos ministérios da Agricultura e da Fazenda.

A intenção é evitar maiores perdas para os produtores que, hoje, pagam, na média, R$ 10,00 a mais a cada arroba comercializada. Ontem, 9, a arroba do cacau era cotada a R$ 65,00, mas o produtor paga até R$ 78,00 para colher, secar e pôr o produto à venda.

O economista Antônio Zugaib, da Ceplac, vai abordar os custos de produção no III Congresso Brasileiro de Cacau, evento que começa amanhã, 11, às 19h, em Ilhéus. Com o preço mínimo, a ideia é garantir ao produtor a remuneração da atividade. O desafio enfrentado é mostrar que a amêndoa de cacau é cotada em bolsa de valores, mas os produtores amargam prejuízos por anos seguidos.

Juvenal cita “retorno” do cacau à mídia.

Responsável pela commodity cacau na Conab, Mario Cézar Luz Ferreira acrescenta a concorrência externa. Nos países africanos, por exemplo, não há preocupação ambiental nem com a remuneração dos trabalhadores, o que torna a relação, no entendimento de Mario Cézar, injusta com os cacauicultores brasileiros.

Superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart vê essa discussão como parte “de um contexto maior” em que o cacau volta a ter importância na mídia e a produtividade chega até a superar o período anterior à vassoura-de-bruxa, que dizimou a lavoura sul-baiana. “É um processo positivo e isso, sem dúvida, é reflexo da atuação da Ceplac”, disse.

3 respostas

  1. Caro Pimenta,

    O Brasil, na condição de Estado Democrático que respeita as convenções internacionais em prol dos direitos humanos, deveria proibir a importação do Cacau da África. Pois, sabemos que a cultura do cacau naquele continente traduz o desrespeito e a escravidãao do homem pelo homem. Vale ressaltar ainda que inexistem leis trabalhistas e outros direitos assegurados aos trabalhadores. Por fim espero que as ONGS e outras entidades que lutam pela dignidade humana se aglutinem em torno de uma campanha dessa natureza.
    Agradecido.

  2. Que saudade do meu tempo de barcaçeiro! Eu sabia de onde a chuva vinha! A hora que iria cair! Nesta Fazenda tinha 60 familia,7 barcaças e 1 secador. Era um “furmigueiro” humano. O cacau saía do armazem da Fazenda Minerva,Mutuns,nas carretas,entregue a manoel Joaguim de carvalho,aqui em Itabuna.
    A Vila de Mutuns,tinha 5 vendas de secos e molhados,matava um boi todo final de semana,dois porcos e 1 carneiro,o dinheiro girava,tinha um chube social,todo fim de semana tinha matinê.
    Titiu Brandão sempre aparecia e levava alegria a esta vila,sem
    contar a presença de circo. Toda noite de novena na Igreja. Mesmo com o fim da estrada de ferro na década de 60,o movimento continuou com o pneu de borracha. Contudo,no meu tempo de barcaçeiro o cacau não era assim feio cheio de impureza,era lipíssimo,cristalino fazia gosto se vê! As amêndoas eram soltas,agente pisava o cacau com
    muito gosto e prazer,virava o cacau mole no cocho para evitar que apodrecesse os frutos,no demais era trabalhar com o rodo e sempre retirando as impurezas e no final o que se via era uns frutos de cacau cristalino totalmente diferente destes que hora
    consta acima na barcaça. Portanto,os meus pensamentos me troxeram muita saudades do meu tempo de barcaçeiro !

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