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Produtor rural é acusado de comandar massacre contra sem-terra no interior de Minas Gerais (Reprodução G)
Chafik Luedy é acusado de comandar chacina de sem-terra no interior de MG (Reprodução G)

O produtor rural Adriano Chafik Luedy foi condenado a 115 anos de prisão, nesta madrugada, acusado de ser o mandante da Chacina de Felisburgo, quando cinco trabalhadores sem-terra acabaram executados a tiros e outros 12 foram baleados em 21 de novembro de 2004. O crime ocorreu na Fazenda Nova Alegria, propriedade do estado “grilada” pelo agricultor de Itajuípe. O julgamento ocorreu no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte (MG).

Apesar da sentença lida pelo juiz Glauco Soares Fernandes à 1h55min de hoje, Chafik Luedy vai poder recorrer em liberdade, pelo menos, até que a ação de habeas corpus seja julgada em última instância. Washington Agostinho, capataz de Chafik Luedy, foi condenado a 97 anos e seis meses de prisão e também é protegido por habeas corpus, obtido pelos dois réus em setembro deste ano, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando estavam presos, após o adiamento do júri em agosto.

O agricultor sul-baiano foi a júri após três adiamentos obtidos pelo advogado Sérgio Habib. Em 21 de novembro de 2004, Adriano e 14 seguranças enfrentaram os sem-terra no crime que ficou conhecido como Chacina de Felisburgo.

Para o Ministério Público mineiro, o crime foi premeditado. Antes do massacre na cidade mineira, Chafik Luedy havia perdido na Justiça a posse da área considerada terra de propriedade do estado. Os sem-terra resolveram ocupar a fazenda depois da decisão da justiça. O fazendeiro é ainda acusado de ter provocado, ostensivamente, os sem-terra antes da chacina.

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